As questões relacionadas ao gênero tem estado em pauta na última década, seja pela eclosão de movimentos sociais ou mesmo filosófico-históricos. É caso do livro Comunicação e Gênero: a aventura da pesquisa, publicado pela PUC-RS e organizado por Ana Carolina D. Escosteguy.
O livro é uma coletânea dividida em 3 eixos: o primeiro apresenta um mapeamento da questão, tanto no Brasil, quanto no espaço anglo-americano; o segundo, se configura em estudos sobre uma determinada audiência feminina (mulheres-presidiárias); e, a terceira, trata-se de uma análise de representações midiáticas em relação à mulher e ao homem.
Escosteguy, ao introduzir a obra, dá o tom das discussões:
Não tenho a intenção, aqui, de revisar a trajetória do conceito de gênero nem enumerar suas distintas e variadas possibilidades interpretativas. Existem inúmeras obras especializadas na sua história. Apenas sinalizo que o entendimento assumido diz respeito a um construto social, distanciado, portanto, de um determinismo biológico. Investido de significado social, implica na existência de valores, regras, posturas, obrigações e deveres que expressam o que é ser homem ou ser mulher numa dada cultura ou sociedade.
Destaco, no entanto, que essa problemática esteve sempre relacionada a outros temas importantes e já consolidados na área da Comunicação, por exemplo, os diferentes gêneros e formatos da mídia, a recepção, as representações midiáticas.Vamos ver o que os colegas discutem nesse campo ainda tão novo da interface entre comunicação e relações de gênero.
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