Essa é a essência do filme Mr. Nobody (Sr. Ninguém, no Brasil), dirigido por Jaco van Dormael, diretor premiado em Cannes e indicado ao BAFTA e ao Leão de Ouro em Veneza. O filme narra a história de Nemo Nobody, que com cerca de 120 anos de idade, é o último dos mortais do planeta.
Como era de se esperar, aos 120 anos, Nemo não consegue concatenar as idéias e, suas memórias são tratadas como um "reality show", já que todos estão curiosos de uma tempo de mortalidade que não mais existe entre as pessoas.
Longe de ser um filme somente de ficção científica, com efeitos especiais, não é no futuro que o filme concentra sua atenção. É no passado, aliás, nos múltiplos e possíveis passados que Nemo Nobody pode/poderia ter vivenciado.
Longe de ser um filme somente de ficção científica, com efeitos especiais, não é no futuro que o filme concentra sua atenção. É no passado, aliás, nos múltiplos e possíveis passados que Nemo Nobody pode/poderia ter vivenciado.
O filme tem um toque de humor, pois um jornalista do futuro, tenta saber "como era um mundo em que as pessoas adoeciam, morriam, amavam e faziam sexo". Mas é bom deixar claro aos mais desavisados: o filme mistura três ou quatro histórias possíveis, construindo uma linha temporal e, logo em seguida, desconstruindo.
O charme do filme se concentra na idéia da "escolha/decisão" de um lado e, do outro, o abandono do certo pela sorte e o acaso. Não é um filme convencional e precisa de atenção as constantes construções/desconstruções de cena. Mas vale cada minuto, deixando no ar um gosto de: "E se....".
Parece superinteressante! Lembrou-me o delicioso "Mais estranho que a ficção" em que um auditor fiscal tem a sua vida escrita/definida por uma escritora famosa, mas deprimida. A trama envolve a corrida de Harrison Crick para descobrir se sua vida é uma comédia ou tragédia, se vai morrer ou viver no fim do romance/sua vida.
Vale a pena cada minuto dos 35mm. ;-)