Nas últimas duas décadas, a discussão das questões ambientais tornou-se mais intensa, sobretudo pelo surgimento e consolidação de entidades ativistas, tais como WWF, Greenpeace, Oxfam, dentre outras. É inegável que, boa parte do "barulho" ouvido, seja resultado desse trabalho sistemático e, menos da consciência cidadã e humanitária dos países.


Com maior ou menor repercussão na mídia, essas entidades e as campanhas desenvolvidas, apontam para os impactos no ambiente, do progresso que vivenciamos. É o "preço" do progresso. E, parece, que esse preço está sendo mais caro do que imaginamos. Ontem foi publicado na Folha de São Paulo, uma pesquisa realizada pela Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que aponta para o desmatamento na região amazônica.

Segundo a reportagem,

Os dados divulgados pela ONG indicam aumento de 167% na área desmatada, na comparação entre agosto deste ano com o mesmo mês de 2008. Imagens de satélite detectaram que 273 km2 de floresta foram derrubados. Em agosto de 2008, o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) indicou que essa área correspondeu a 102 km2. Segundo o instituto, cerca de 46% desses 273 km 2 podem ter sido desmatados antes. Isso porque, em meses anteriores, parte das regiões estava encoberta por nuvens, e não pôde ser observada.

Ainda apontado pela reportagem, "o maior desmatamento é resultado do programa Terra Legal, que está dando a posseiros títulos de terra públicas na Amazônia". Quem são os primeiros nesse "ranking" da destruição? O Estado do Pará lidera com aproximadamente 76% da derrubada da mata em agosto, seguindo por Mato Grosso (8%), Amazonas (6%), Rondônia (5%) Acre e Amapá (ambos com 2%) e Roraima (1%).

Adalberto Veríssimo, pesquisador da ONG e citado na reportagem, aponta que cerca de metade do desmatamento ocorre em área mantida pela União. É, segundo ele, como "assaltar a delegacia", já que o próprio governo deixa a desejar, nessa situação específica. Todo esse desmatamento tem impactado no clima da região e gerado degradação ambiental.

Essa constatação não é nova. Em março último, tivemos o resultado da auditoria feita pelo governo federal, que comprovou que nos assentamentos do INCRA, houve desmatamentos de mais de 300 mil hectares de floresta amazônica.  Veja a seguir a reportagem sobre a situação do desmatamento divulgado na auditoria.


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