Qual o custo da preservação? Essa é uma questão complexa, já que nosso olhar sempre é sobre o custo da degradação. Vamos tentar olhar diferente. Voltemos a pergunta: Qual o custo da preservação? Arrisco a dizer, que se mensura esse custo em termos de saúde, educação, florestas e sobrevivência do homem, dentre outras possibilidades.
Na década de 1960, quando praticamente ninguém falava no custo da educação como um "valor de agregação" para a sociedade, Theodore W. Schultz, publicava seu livro "The economic value of education", que chegou aqui no Brasil, quase no final da década com o título "O valor econômico da educação". Nesse livro, Schultz apontava que o mais grave dos problemas nos países subdesenvolvidos era o analfabetismo crônico.Ele defendia que a educação é o "maior investimento humano" e que, as habilidades agregadas são um tipo de capital, devendo necessariamente o "homem investir no próprio homem".
Passadas mais de quatro décadas, a educação é vista como investimento (e bem poucos dizem o contrário), porém mais do que educar, no início desse século XXI, precisamos pensar como a educação nos ajudará a preservar o próprio homem do destino que ele parece procurar: a desintegração de seus valores e do resto de sua humanidade.
Crescemos economicamente muito, falando do ponto de vista dos grandes países. Qual o custo? Olhando para o planeta, ao custo das águas, das florestas, dos animais e, pensando bem, ao custo do próprio homem e de sua dignidade. Estudos dizem que em uma década, o clima terá uma "cartografia" diferente. Isso já acontece em Palmas (TO). Com apenas 7 anos nesta cidade, já vi as mudanças climáticas das mais variadas: extrema seca, ventos tempestivos e chuvas torrenciais. Nesse ano, fomos invadidos por milhares de pequenas mariposas, que nunca tinham aparecido na região. Ninguém sabe ao certo de onde e nem por que elas surgiram. Mas todos concordam: o desequilíbrio ecológico nessa região é grande, fazendo o futuro ser incerto.
E aí, qual é afinal, o custo da preservação? Hoje entendemos que é o custo do progresso que possuímos. O homem, como civilização, não quer abrir mão de certas comodidades existentes. Também, não sabemos ao certo, se há tempo para retroceder e salvar o planeta de nós mesmos. Seja qual for o futuro que nos aguarda, é muito confortador saber, que alguém trabalha por ele.
Opa.... nossa, você tocou em um assunto que eu ainda não havia me preocupado ... as borboletinhas (maripousas) que começaram a infestar Palmas...
Sua conciliação com as mudanças climáticas foi bem interessante também ...
Parabéns pela matéria!
Abraços