As revistas acadêmicas cumprem um papel importantíssimo na divulgação da ciência. Normalmente, são criadas e mantidas por universidades e/ou faculdades com corpos docentes bem estruturados e com pós-graduação, que assumem-na como elemento de divulgaçaõ de ações e pesquisas.
Mas existe espaço para outras iniciativas. Eu mesmo já vivenciei esse dia a dia, mantendo de 1999 a 2008 a Revista de Pedagogia, uma das primeiras revistas acadêmicas em educação totalmente na internet que chegou a ser avaliada como Nacional B e figurou um bom tempo na Qualis da Capes. Ela era mantida no sítio da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e tinha a "imensa" equipe de duas pessoas - eu e o programador visual. Ela parou de ser editada, pois os colegas da revista imprensa achavam que era concorrência e que tinha baixado a avaliação que receberam da ANPED na época (Nacional C). Como na época era mais complicado a manutenção de uma revista acadêmica sem "academia", ela foi descontinuada.
Lembro-me das diversas reuniões de editores universitários por ocasião dos momentos anuais da ANPED e da resistência que os colegas tinham a revistas online. É engraçado lembrar hoje, pois muitos são árduos defesores dessas iniciativas no presente (Como se diz por aqui, a fila anda).
De qualquer forma, aqueles que desejarem enveredar por esse caminho árduo, está disponível uma série de materiais que ajudam a facilitar esses processos. Entre eles, um guia foi elaborado por M. Alejandra Rojas e Sandra Rivera, intitulado Guía de Buenas Prácticas para Revistas Académicas de Acceso Abierto. Vale a leitura e aplicação das sugestões para implantação de uma revista acadêmica aberta.
Vai ser muito útil pra mim, muito obrigado!