Foi publicado hoje no jornal do Tocantins, edição de 27.04.2011, na seção Opinião, um artigo direto e constrangedor da leitora Vanessa Cassol, intitulado "Impeachment 2011" . Em termos simples, mas claros, Cassol relembra o impacto dos movimentos de 1992 que geraram o impeachment do então presidente da república.

Fazendo a analogia com Palmas (TO), Cassol aponta para os escândalos que surgiram nos últimos meses, seja no Executivo ou mesmo no Judiciário tocantinense e o aparente descaso com que isso vem sendo encarado por todos. Pena que os argumentos parecem proceder.

Mas o que me chamou a atenção foi uma proposta feita por ela, na verdade, um convite. Reproduzo-o a seguir, por julgar que vale a reflexão sobre a situação na capital e em todo o estado:
Em face de tantas injustiças e corrupções que existem em nosso País, faço um convite à você gestor corrupto, a você mesmo que tem um poder incrível nas mãos para trazer benefícios àqueles que lhe pagam seu salário e todas as mordomias da sua família. Convido-lhe à passar 7 dias nas seguintes, e até então, hipotéticas situações: no primeiro dia você deverá passar pela  experiência de estar com problemas seríssimos de saúde (digo: seríssimos!) e utilizar um posto público para tratamento. No segundo dia, que seja preso e viva esse dia como tal. No terceiro, que passe a noite em uma calçada, na fila, para matrícula dos filhos na rede pública. No quarto, ter sido desempregado e saber que toda sua família dependia daquele salário mínimo. No quinto dia, chegar em "sua" casa de adobe, nos dias de muita chuva e saber que a vela acabou e que seus filhos estão com fome. No sexto dia você será atendido por um funcionário público, após horas aguardando, e ficará sabendo que o preço para que seu processo seja pago, ficará em 50% do valor que é de direito seu. E enfim, no sétimo, último e sagrado dia, lhe convido para voltar a toda sua vida real, que tenha a mesma rotina e viagens de sempre, que seus cartões de créditos continuem da mesma forma, que sua família lhe veja ainda que por uma cortina, com um orgulho fantasiado para não passar vergonha perante a sociedade, e assim pegue a Bíblia nas mãos, e olhe para os céus.


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