Essa é a idéia do estudo intitulado "Tendências e prospectivas: os "novos" jornais", elaborado por Gustavo Cardoso, Jorge Vieira e Sandro Mendonça. O estudo, disponibilizado pelo Observatório da Comunicação (OBERCOM), delinea as tendências e perspectivas sobre o que serão os jornais no futuro. Trata-se de uma uma possibilidade no leque de perspectivas que tem surgido nos últimos meses.
De qualquer forma, os autores aponta a necessidade de se entender as mudanças, no que chamam de "dieta mediática" dos leitores. Para eles:
[...] a proliferação de novos medias fragmentou o tempo dispendido por media. As dietas mediáticas dos consumidores estão, assim, a mudar e, com elas, também os hábitos de procura e consulta de informação. Cada vez mais o consumidor tem liberdade e também quer decidir sobre: quando consumir? Onde consumir? O que consumir? Os jornalistas e gestores devem, assim, interiorizar esses princípios na sua cultura profissional e organizacional e transpor os mesmos para as suas práticas de produção e gestão. (p.15)Com essas questões em mente, os autores apostam em 10 idéias que podem mudar a prática jornalística nos jornais:
1. Na sociedade de informação os leitores fazem parte do jornal.Vale a pena refletir nos argumentos expostos pelos autores em cada um destes aspectos. A dica veio do blog português Jornalismo & Comunicação, blog coletivo do Projecto Mediascópio (CECS - UMinho).
2. Se algo não for facilmente acessível ao leitor ele encontrará forma de o obter em qualquer outro lado e de qualquer outro modo.
3. Os jornais não são de papel – nem apenas de palavras escritas.
4. Os jornais sobreviventes e renovados serão as novas agências noticiosas do século XXI.
5. Os jornais são organizações que servem propósitos económicos e éticos.
6. Os jornais trabalham num território situado entre os dados brutos e o conhecimento refinado.
7. A “marca” de um jornal tem vida para além das páginas.
8. O jornal foi uma rede social antes das redes sociais.
9. Num jornal e no jornalismo há novas profissões a emergir.
10. O jornal de hoje pode bem ter de ser diferente do de ontem.
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