Quando se fala em formação pós-graduada no país, não há como não reconhecer o impacto que as agências de fomento tiveram para a consolidação e institucionalização da pós-graduação brasileira, sobretudo a CAPES. Mas as estatísticas ainda estão longe de serem animadoras.

O estudo Doutores 2010: estudo da demografia da base técnico-científica brasileira, disponível para download, realizado pelo Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), apresentou alguns dados importantes.

Entre os dados, o estudo aponta para um crescimento entre 1996 e 2008 de 278%, com taxa média anual de 11,9%. O número parece bem significativo, mas a realidade do país aparece no gráfico a seguir:

Quando compara-se esse crescimento, por porcentagem a cada mil habitantes, vemos o quanto ainda temos de avançar na formação pós-graduada. O Brasil tem, pelo que aponta a pesquisa, apenas 1,4 doutores por cada mil habitantes. O ranking coloca a Suiça e Alemanha, com a maior taxa, com 23 e 15,4 doutores por mil habitantes, respectivamente.

De fato, o crescimento brasileiro, a uma taxa de 11,9% ao ano anima, mas ainda é pouco quando vemos que esse crescimento ocorre apenas na região sudeste do país. As regiões norte e nordeste, historicamente esquecidas, mantém taxas de formação pós-graduada muito baixas, beirando quase a inexistência em alguns estados da federação. Avançamos, de fato, mas ainda temos mum longo caminho a percorrer para dimunuir os abismos formativos no âmbito da pós-graduação.

Outros gráficos são bem reveladores. Veja a seguir:


0 Responses so far.

Postar um comentário