Uma interessante reportagem, produzida por Rodrigo Bittar e veiculada pela Agência Câmara de Notícias, apontou para o exercício da profissão de jornalista em diversos países da europa.
Em muitos, o exercício não é condicionado ao profissional possuir a formação superior na área. A reportagem cita o caso da "Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Chile, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Peru, Polônia, Reino Unido, Suécia e Suíça".
Na reportagem, se faz referência ao trabalho de Michel Mathien, professor de ciências da informação e da comunicação da Universidade de Strasbourg III, na França. Mathien escreveu o livro “Les Journalistes”, de 1995, onde aponta que "em quase toda a Europa, apesar de não haver requisito de formação, existe regulamentação de acesso à profissão".
De fato, as posições são muito amplas, havendo defesa para a manutenção do diploma, ora como exigência mínima para o exercício da profissão, ora como um "plus", que diferenciaria o profissional e o faria mais competitivo. É claro que em ambas as concepções, teremos prós e contras. Do ponto de vista da universidade, não consigo conceber o exercício, consciente e crítico, do jornalismo sem uma sólida formação. Mas, também compreendo que, em um país como o Brasil, com "abismais" distâncias sociais, não podemos negar a presença de profissionais renomados e de impacto, sem a formação universitária específica.
Essa é uma questão bem complexa: quem deve ser o jornalista, o diplomado ou o ''prático"? Não tenho resposta a essa questão. Ela será construída ao longo de muito e profundos debates, tanto dentro como fora da academia. Enquanto aguardamos o desenvolvimento, vamos ver o que ocorre em outros países, conforme citado pela reportagem:
|
0 Responses so far.
Postar um comentário