O sítio da organização Repórteres sem Fronteiras, divulga o "Barômetro da Liberdade de imprensa 2009. Segundo os dados, até o presente momento, 33 jornalistas já foram mortos no mundo, 170 jornalistas estão presos por atividades jornalísticas, 9 colaboradores estão presos e 82 ciberdissidentes encontram-se presos em algum dos países "inimigos" da internet.
O ranking proposto pela organização em 2008, dos países de maior liberdade e defesa dos direitos de imprensa, coloca em primeiro lugar, empatados, Islândia, Luxemburgo e Noruega; a França ficou em 35º lugar; os Eatados Unidos em 36º lugar; Israel em 46º lugar; e, o Brasil em 82º lugar, empatado com Tonga e República Domenicana. Essa colocação se deve, em grande parte, a violência e ao assédio judicial contra jornalistas e repórteres investigativos entre 1º de setembro de 2007 e 1º de setembro de 2008. A lista tem 173 colocações.
Quanto aos "inimigos da internet", figuram na lista da organização, os países: Arábia Saudita, Birmânia, China, Coréia do Norte, Cuba, Egito, Irã, Síria, Túnez, Turcomenistão, Uzbesquistão e Vietnã. Outros países, como Austrália, Bahrein, Belarús, Coréia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Eritréia, Malásia, Sri Lanka, Tailândia e Zimbábue, são citados como locais onde a internet é vigiada.
O livro Perspectivas atuais do direito da propriedade intelectual, publicado pelo Grupo de Pesquisa em Propriedade Intelectual do Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS e organizado por Helenara Braga Avancini e Milton Lucídio L. Barcellos, está disponível para download.
A coletânea aborda os direitos de propriedade intelectual, com foco especial nos direitos autorais.Um dos artigos, "Propriedade Intelectual e Direitos Reais: Um Primeiro Retomar da Obviedade", dá algumas "estocadas" no que de fato é propriedade e possíveis repercussões para a propriedade.
Segundo os organizadores da obra, a estrutura foi pensada:
Por uma questão metodológica, os quatro primeiros artigos tratam de questões atuais ou de análises atuais de questões antigas relacionadas ao direito autoral, enquanto os três artigos seguintes abordam questões relacionadas com o direito de propriedade industrial, culminando com o último artigo que analisa questão específica de tributação na área contratual relacionada a investimentos e transferência de tecnologia.
Trata-se de uma coletânea que apresenta os trabalhos do Grupo de Trabalho "História das Relações Públicas", da Rede de Pesquisadores de Memória da Imprensa e Construção da História da Mídia no Brasil – Rede Alfredo de Carvalho – REDE ALCAR, que aconteceram entre 2004 e 2008.
A obra faz um esforço teórico de agregar construções importantes para a área e, que, na maioria das vezes, fica isolado em pequenos grupos de interesse. Nessa obra, abre-se a oportunidade de outros leitores e possíveis aprofundamentos.
No prefácio do livro, José Marques de Melo, indica:
Mobilizando jovens professores, de norte a sul, de leste a oeste, a tranqüila, diligente e carismática pesquisadora gaúcha compôs um panorama elucidativo da área, que representa um desafio às novas gerações no sentido de discernir para onde caminha a profissão nesta conjuntura enigmática de globalização capitalista.
Ao prefaciar esta obra coletiva, tecida pelo Grupo de Trabalho de História das Relações Públicas da Rede Alfredo de Carvalho, não posso fugir à tentação de fazer duas perguntas aos leitores potenciais.
Em que medida a etapa da globalização da economia não está na raiz da própria profissão? Tanto assim que as pistas de Ivy Lee, cuja fórmula para humanização de uma linhagem de capitalistas selvagens, são tomadas ao pé da letra por Eduardo Pinheiro Lobo, mas não surtem os resultados pretendidos, exatamente por que o capitalismo brasileiro é muito tardio?
E, na seqüência, uma provocação. Por que as Relações Públicas no Brasil só seriam nutridas pelo capitalismo de Estado sustentado pelo regime militar pós-64?
Essas são questões interessantes, que os leitores poderão pensar ao ler a obra disponibilizada. Boa leitura!
O livro é uma coletânea dividida em 3 eixos: o primeiro apresenta um mapeamento da questão, tanto no Brasil, quanto no espaço anglo-americano; o segundo, se configura em estudos sobre uma determinada audiência feminina (mulheres-presidiárias); e, a terceira, trata-se de uma análise de representações midiáticas em relação à mulher e ao homem.
Escosteguy, ao introduzir a obra, dá o tom das discussões:
Não tenho a intenção, aqui, de revisar a trajetória do conceito de gênero nem enumerar suas distintas e variadas possibilidades interpretativas. Existem inúmeras obras especializadas na sua história. Apenas sinalizo que o entendimento assumido diz respeito a um construto social, distanciado, portanto, de um determinismo biológico. Investido de significado social, implica na existência de valores, regras, posturas, obrigações e deveres que expressam o que é ser homem ou ser mulher numa dada cultura ou sociedade.
Destaco, no entanto, que essa problemática esteve sempre relacionada a outros temas importantes e já consolidados na área da Comunicação, por exemplo, os diferentes gêneros e formatos da mídia, a recepção, as representações midiáticas.
Vamos ver o que os colegas discutem nesse campo ainda tão novo da interface entre comunicação e relações de gênero.
David Brewer, jornalista com mais de 30 anos de experiência na área profissional, tendo trabalhado na BBC News Online, CNN.com Europe, Middle East and Africa, CNNArabic.com e Al Jazeera English, partilhou alguns "segredos" de profissão no Media Helping Media (MHM).
Essas dicas, são competências diversas que o jornalista deve desenvolver durante seu processo formativo inicial, em atividade enquanto profissional e ao longo de toda a vida. Veja as 50 dicas:
1. Ser jornalista é uma vocação, não um trabalho;
2. Você nasceu com um senso de notícias, esse não pode ser ensinado;
3. Seu dever é o de fiscalizar o executivo, sendo uma tocha que brilha em locais escuros;
4. Todos devem ser jornalistas investigativos;
5. Você está de plantão 24 horas por dia x 7 dias por semana;
6. Não espere que as histórias lhe sejam dadas, seu trabalho é encontrá-las;
7. Seu trabalho é fazer perguntas, informações de pesquisa e descobrir fatos e, em seguida, entregar esses fatos para o público da forma mais eficaz;
8. Viva a sua vida pela regra de que "se não fosse por você, o mundo nunca teria conhecido'; 9. Trabalhar sempre na sua própria investigação e chegar a algo original;
10. Não viva a 'vida por um fio';
11. Não seja competitivo, tendo sempre o objetivo de estar à frente, encontrando suas próprias histórias e ângulos;
12. Sempre verifique outras histórias, pois pode haver uma notícia melhor (perda de emprego ou más notícias), que podem ser de maior interesse para o público;
13. Transmita informações e publique para o seu público, não para sua própria glória ou a aprovação dos seus pares;
14. Cuide, nutra e alimente os contatos;
15. Aplique o mesmo rigor jornalístico para aqueles com quem você concorda;
16. Você não tem favoritos;
17. Não faça negócios;
18. Não aceite presentes, esses geralmente acabam um dia em sua porta;
19. Não faça exceções;
20. Respeite a privacidade;
21. Tome notas e mantenha-as seguras;
22. Olhe para atrás de você, quando estiver refazendo os passos;
23. Conheça os fatos;
24. Conheça os seus limites;
25. Verifique e, verifique novamente;
26. Tenha cuidado com o pensamento, principalmente o que escreveu e o que você acha que escreveu;
27. Sempre obtenha uma segunda opinião para verificar a sua escrita, mesmo que essa pessoa não seja um jornalista;
28. Resista à pressão de trabalho de fazer uma boa introdução ou um título sensacionalista, se a história é ruim em outras partes;
29. Deixe uma nota ao sair disfarçado, só para o caso de...;
30. Mantenha um diário de histórias cobertas e acompanhamentos, em média por três meses, se a história valer a pena, é provavelmente que valha a pena acompanhar;
31. Manter cópias de todos os e-mails, textos, datas de telefonemas e não se esqueça nunca de utilizar um notebook quando estiver a distância;
32. Confie nos seus instintos quando pesquisando, mas atenha-se aos fatos quanto a transmissão ou a publicação;
33. Verifique nas ruas "quando houver um incêndio na rua principal";
34. Perceba que um político sempre terá um script preparado;
35. Preste atenção naqueles que gostariam de vê-lo comprometido;
36. Faça um acordo com seus próprios motivos, gostos, desgostos, sentimentos, crenças; eles não devem ter impacto na prestação de um jornalismo equilibrado, imparcial e objetivo;
37. Não coloque entrevistados em perigo;
38. Respeite a propriedade intelectual, mesmo quando partir de um comentário de conteúdo gerado pelo usuário e sempre reconhece-o;
39. Nunca use "terá que esperar e ver" ou "o tempo vai dizer," se você não sabe como a história vai acabar;
40. Nunca diga "a vítima não foi identificada', pois ela tem identificação desde o nascimento; o que se quer dizer é "a polícia não disponibilizou o nome da vítima";
41. Mais do que = quantidade, mas = sobre;
42. Não use palavras longas quando palavras curtas terão melhor resultado;
43. Evite cláusulas que podem complicar e obscurecer as informações que você está tentando transmitir;
44. Transmita uma sensação de urgência, apenas quando é conveniente, mas seja honesto e não inflacione a importância, se a notícia não merecer;
45. Nunca "adoçar" uma notícia com respeito, se não for devido;
46. As pessoas nunca são evacuadas de edifícios, mas intestinos são evacuados;
47. Seja sensível ao bater na porta das vítimas, algumas vão querer convidá-lo para uma xícara de chá, mostrar fotos da família e, outros irão soltar os cachorros em você;
48. Os boatos são úteis como visualizadores (heads-up) de uma história em potencial, mas eles não são notícia até que sejam verificadas;
49. Seja profundo e garanta que o seu trabalho está no local, mas não tome tempo demais polindo a notícia, existem pessoas lá fora que precisam saber sobre os fatos que você descobriu;
50. Sempre garanta a sua volta (compre uma bebida no bar).
Boas? Algumas são importantes, pois revelam um amadurecimento profissional. Outras são próprias de iniciantes que devem estar atentos às gafes. De qualquer forma, no conjunto do que foi apresentado, representam competências importantes a serem desenvolvidas pelo jornalista.
Cultura digital. Essa é uma palavra nova no vocabulário brasileiro, que emerge com o desenvolvimento das novas tecnologias. É essa a idéia defendida por José Murilo Carvalho Junior no texto "Por uma cultura digital participativa". Gostou da idéia?
O livro apresenta entrevistas de Alfredo Manevy, André Lemos, André Parente, André Stolarski, André Vallias, Antonio Risério, Bernardo Esteves, Claudio Prado, Eduardo Viveiros de Castro, Eugênio Bucci, Fernando Haddad, Franklin Coelho, Gilberto Gil, Guido Lemos, Hélio Kuramoto, Jane de Almeida, Juca Ferreira, Ladislau Dowbor, Laymert Garcia dos Santos, Lucas Santtana, Marcelo Tas, Marcos Palácios, Ronaldo Lemos, Sergio Amadeu e Suzana Herculano-Houzel.
O que podemos esperar? Logo de saída, os organizadores dão uma idéia do encontraremos em suas páginas:
Nosso intento com este trabalho é produzir provocações sobre a cultura digital. Sabemos que as ideias sobre este nosso mundo acelerado ainda não decantaram. O nosso voo é inteiramente percorrido dentro de nuvens, por isso os efeitos da turbulência são permanentes. Neste ambiente, as sínteses são impossíveis. A rota parece infinita. Mas nós resolvemos percorrê-la, com a certeza de que o Brasil encontra-se em posição estratégica e conhece alguns atalhos.
Aproveite, faça o download e leia com cuidado as dicas dos diversos autores. Você agregará valor aos seus conhecimentos e enriquecerá seu debate.
Quando pequeno, gostava de olhar para o céu estrelado e imaginar como seriam os planetas, as estrelas e o nosso sistema solar. Como um apaixonado pelas "estrelas" via o planeta Mercúrio, assim como está ao lado. Com muita sorte e um céu bem limpo, um ponto brilhante!
Anos depois, fui descobrir que o que via no meu presente, era apenas o passado distante que, talvez não mais existisse. Intrigava-me muito pensar sobre o presente que era a minha realidade momentânea, que na verdade era um passado distante.
Ao chegar em casa a pouco, deparei-me com uma dica de um Twitter de Marcos Palacios (@palacios49), que dizia: "Maior aproximação da Sonda ao planeta Mercúrio será às 18:55 h. Ao vivo com 3 câmeras na Nasa: http://bit.ly/3KDEi9".
Repassei a dica e acessei o endereço que conduziu para o MESSEGER, sigla que signica Mercury Surface, Space Environment, Geochemistry and Ranging, mantido pela NASA. No sítio, é possível acessar as 3 câmeras da NASA que estão na sonda Mercury Flyby 3.
Nesse momento vejo o que nunca pensei que observaria com "tanta proximidade": em tempo real, vejo Mercúrio. Neste instante, que escrevi isso, a sonda estava a 2.707 km de altura. É fantástico ver o que quando criança olhava por um pequeno telescópio, a milhões de kilômetros. E tudo isso mediado pela tecnologia em tempo real!
A Realidade Aumentada vem ganhando espaço como a nova fase da computação gráfica. Ela consiste na interação da máquina e do usuário na produção de um visual gráfico, que mescla objetos reais com virtuais.
Já postei outras discussões no Blog do Gipo, que você pode ler em: Twitter e realidade aumentada e Realidade Aumentada, nesse último, disponibilizo vídeos e indicação de textos para conheciemnto geral.
E aí? Quer experimentar e criar a sua própria imagem de realidade aumentada? É o que promete o sítio da EZFlar. A empresa criada por Eduardo Malpeli, Daniel Roda e Alex Freitas, disponibilizou um programa que converte praticamente tudo em realidade aumentada.
Você faz upload de uma imagem, texto, vídeo, 3D, som ou mesmo algo do Twitter e, seguindo os passos indicados pelo sítio, imprime sua própria imagem, que pode ser testada na hora.
Quantas vezes você ficou pensando se deveria ou não adicionar um endereço de Twitter? Em diversos momentos pensei muito na escolha de quem seguiria (following), pois significa dividir pensamentos e posicionamentos político-social-educacionais.
Uma ferramenta que encontrei a pouco, parece ajudar muito nesse sentido. É o Foller.me, um serviço de análise de perfil do Twitter. Como funciona? Bem, você indica o endereço do Twitter que você quer conhecer. O programa analisa os 200 últimos tweets e, disponibiliza três nuvens de tags com as informações: topics, #hashtags e @mention.
Além disso é possível ter uma idéia de quem mais segue esse perfil, por meio da disposição no mapa mundi do Google Maps. Fiz uma pesquisa sobre o meu perfil (@gilporto), que vem a seguir.
Trata-se de uma ferramenta bem útil, quando se quer selecionar bem aqueles que partilharam com você de seus pensamentos.
Você já imaginou usar seu Twitter e, poder interagir visualmente com ele? Pois é isso que promete o Flyar.
Trata-se de uma aplicação de visualização do Twitter que usa realidade aumentada e interação por gestos. Ele foi produzido pela YDreams, empresa especializada em aplicativos com realidade aumentada.
Como funciona? Ele parte do mesmo princípio de qualquer aplicativo de realidade aumentada: com uma webcam cria-se uma imagem de vídeo ampliada, que permite visualizar seus tweets que aparecem dentro de uma "floresta" com pássaros. Daí para frente, a medida em que você interage com gestos, as animações se movimentam, trazendo tweets ou voando para outros cantos da tela.
Pena é que o aplicativo só funcione em Windows XP, Vista e Windows 7. Mas de qualquer forma, vale conhecer. A seguir, um vídeo de divulgação.
Nick Harkaway escreveu para o Guardian.co.uk uma matéria que dá muito em que pensar. Sob o título Google Books deal forces us to rethink copyright, Harkaway problematiza a existência do Google Books. Não é que ele desconsidere a proposta, mas, como mesmo enfatiza, o método utilizado pela empresa parece não ser bom. Como assim?
Ele não discute a questão do lucro envolvido com as propagandas que são a força motriz do Google, mas com a transferência para a empresa e seus bancos de dados de "um vasto catálogo da cultura e da literatura em um grande número de línguas". A preocupação de Harkaway é com a identidade e a história escrita que são aglutinados nesse "único" banco de dados. Daí, porque ele afirme que precisamos discutir seriamente a questão dos direitos autorais sobre todo esse catálogo cultural mundial.
Ele aponta uma realidade triste: diariamente perdemos histórias e as leis de direitos autorais são "incapazes de lidar com a cópia digital e visualização, e com a qualidade internacional da Internet". Ele acrescenta algo que achei interessante e que não havia ainda pensando na questão de direitos autorais: "Nós precisamos decidir quem é dono de nosso DNA individual, e se é legítimo que uma entidade, faça valer a propriedade [...] porque é decodificado".
Em sua matéria, ele cita ainda um engenheiro do Google que, aparentemente, teria feito a seguinte colocação:
Nós não estamos digitalização todos os livros para serem lidos por pessoas. Estamos pesquisando-os para serem lidos por [nossa] AI.
Daí ele conclui:
Em outras palavras, este é um novo uso: o livro está sendo usado como um conjunto de dados para melhorar o motor de busca do Google e, possivelmente, aumentar a sua compreensão da linguagem natural. Assim como você esperaria ser pago pelo uso de seu trabalho, em fazer um filme, talvez você deve ser pago por sua utilização na criação de software - e olhando para frente, talvez até de AI genuíno.
Que outra fasceta do direito autoral surge aqui? A da responsabilidade coletiva de criação de uma "inteligência artificial" de uso global, mas que é ela mesma um negócio formal, que movimenta imensas cifras financeiras e, que em breve, pode ser a "dona de um catálogo cultural mundial". É temos um outro problema a pensar para a comunicação. O que acha você?
Benji Lanyado (@benjilanyado), jornalista freelance do The Guardian e The New York Times, escreveu um artigo para lá de esclaredor, que foi publicado pelo Journalism.co.uk. O artigo intitulado A journalistic limbo until we reach The New Worldaponta para o "limbo" em que os jornais parecem se encontrar na atual crise.
Lanyado começa o seu artigo com uma símile bem interessante. Ele diz que "o velho rei está morrendo, mas o novo rei, aparentemente, não está totalmente pronto ainda". O que ele quer dizer com isso? Que o modelo de negócios dos meios tradicionais entraram em uma crise sem retorno. Porém, a própria proposta do jornalismo baseado em novos meios on-line, também não se encontra consolidado. Ele cita Clay Shirky, que afirmou que "os velhos modelos estão quebrando mais rápido, do que os novos modelos serão colocados em seu lugar".
Essa parece ser uma realidade: não sabemos ao certo como os modelos de nicho na web vão se comportar nos próximos anos e, nem ao certo, como os "velhos" leitores serão "neoleitores" nesse modelo emergente.
Lanyado critica ainda, o estilo de negócios adotado, que prioriza os lucros e age como se "o negócio estivesse chegando ao fim", bem como a queda na qualidade das notícias e, em outro contraponto, o crescimento do pequeno jornalismo da web, feito sem grandes investimentos, mas que começa a ganhar força e qualidade de notícias.
Perspectivas? Sim, Lanyado acredita que um "new world" está próximo, aonde a blogosfera terá uma importância muito grande na produção e disseminação de notícias.
O blog Ponto Média, mantido pelo jornalista português António Granado publicou um infográfico muito interessante sobre a crise dos jornais impressos. O infográfico foi produzido pela NAA.org e pela Bloomberg.com e, aponta a vertiginosa crise dos periódicos impressos nos Estados Unidos.
Uma visualização rápida, permite verificar que dos 25 jornais listados, apenas um conseguiu 'modestamente' ter um aumento. Gigantes da indústria jornalística, tais como o New York Post e Atlanta Journal, tiveram quedas de mais de 20%. Na contra mão, o infográfico apresenta o crescimento do ramo na internet em quase 30%.
É, o modelo de negócio tradicional dessas mídias, terá de ser revisto urgentemente, caso não queiram amargar mais um ano em baixa. Veja outros dados que são disponibilizados:
Não demorou muito e, os jornais espanhóis citados na notícia do periódico Soitu.es e, divulgado pelo Blog Periodistas 21, teve resposta. Na notícia publicada, o jornalista Juan Varela, problematiza a condição de diversos jornais e a estratégia comercial para superação da crise, bem como a pouca efetividade dessa ação. Comentamos sobre isso aqui no Blog do Gipo.
Os jornais publicaram diversas notícias que tentam demonstrar o contrário, inclusive explicando algumas perdas na tiragem. Veja as notícias, já que essa 'briga' parece não terminar agora:
Todo pesquisador, e arrisco a dizer, de qualquer área, gosta de indicações de bons trabalhos que sirvam de 'modelo', de parâmetro ou mesmo de indicativo do que não se deve fazer.
Na área da comunicação não é muito diferente, principalmente quando falamos em fotografia. E parece que o que não falta é campo para pesquisa na área. Temos diversos nomes, tais como Ansel Adams, Henri Cartier Bresson, Araquém Alcântara, dentre outros.
Ao ler a matéria do Nuno Couto, no Blog Des-foco, sobre aprendizado em fotografia isso pareceu bem evidente. Ele foi ao ponto da questão que envolve o ensino:
[...] Procuramos trabalhos com reconhecimento Nacional ou Internacional, tendo como objectivo, a análise de trabalhos para simples inspiração ou aprendizagem.
A cópia de técnicas ou vertentes artísticas não tem mal nenhum, até pelo contrário, devemos copiar os melhores para apurarmos a nossa técnica e termos uma forma de comparação. Assim, depois de analisarmos e experimentarmos várias técnicas e vertentes, temos o nosso termo de comparação. Depois disso podemos prosseguir o nosso trabalho com algumas certezas.
Ele foi muito feliz nas suas observações: o aprendizado parte de questões coletivas e conhecimentos agregados de outros. Ninguém precisa inventar a roda a cada novo movimento de estudo. As competências e habilidades formativas advém de rememorar diversas vezes o que outras já aprenderam e praticam.
Nesse sentido, a dica dada é boa: o Guia de Fotografia na Internet, elaborado por Isabela Lyrio dá uma visão de vários profissionais e seus sítios que permitem um aprofundamento na área.
A Alexa, empresa especializada em tráfego na internet, divulgou o Top 90 dos blogs em design. Esses incluem conteúdos relacionados com Design, Arquitetura e Moda. Mesmo que você não seja da área, vale a pena ver a lista.
Alguns blogs são muito bem trabalhados, com interface moderna e, bom gosto. É fonte de informação e criatividade para qualquer um que queira aprofundar-se nas discussões da área.
O periódico foi lançado a quatro meses e, por ter um formato e organização pouco convencionais, vem conquistando novos leitores. O jornal foi considerado pela matéria, como "um dos primeiros expoentes do jornalismo pós-internet". A estrutura jornalística do periódico abrange quatro seções, que fogem das tradicionais seções (política, esportes ou economia), inovando com o "padrão de leitura das pessoas": primeiro uma seção de opiniões e comentários; uma seção chamada "Radar" que oferece pequenos resumos de notícias atuais; uma seção chamada "Zoom", que concentra artigos centrais sobre temas importantes; e, uma seção chamada "Más", que reúne um pouco de tudo, bem como informação esportiva.
A matéria destaca que o periódico não pretende ser réplica do impresso, mas oferece conteúdos provenientes de diversas fontes, com uma seção onde os leitores tem acesso a vídeos postados (tipo You Tube). O editor chefe Martim Avillez Figueiredo reafirma que "os conteúdos impresso e on-line são completamente distintos, como o são os grupos de leitores que queremos chegar" e, vai mais além, quando diz que o objetivo do jornal "não é criar um novo jornal diário, mas sim uma nova marca de mídia".
A própria forma de recrutamento de jornalistas do periódico foi bem diferente: por meio de uma página na internet, 1.350 candidatos disputaram uma das vagas, sendo que 18 foram escolhidos para somar a equipe existente de 50 jornalistas experientes.
Vamos ver como os meses à frente transformaram essas propostas em realidade e, como os colegas lusitanos responderão a esse "novo" processo de divulgação da informação.
A série estatística mantida pela entidade, apresenta desde 1998, a média anual de trabalhadores da comunicação mortos. As listas são compostas de jornalistas, câmeras, correspondentes, editores, bloggers e outros envolvidos no processo de produção da notícia em muitos países.
O último registrado em 2009 no sítio, foi o caso do jornalista de rádio Godofredo Linao, nas Filipinas. Nesse respeito, o diretor-geral da UNESCO, Koichiro Matsuura condenou o assassinato do jornalista e, acrescentou uma realidade que ocorre nas Filipinas e nos diversos países aonde os direitos humanos não são respeitados:
Os jornalistas nas Filipinas têm sido obrigados a pagar um preço intoleravelmente pesado para o exercício do direito humano básico da liberdade de expressão e de informar a todos os cidadãos Filipinas de acontecimentos que afetam a sociedade. Espero que as autoridades não poupem esforços para trazer à justiça os culpados destes crimes, que põem em causa os direitos e liberdades de todos os cidadãos das Filipinas ".
Nenhum país parece que escapou da crise dos meios tradicionais de comunicação. Apesar dos esforços da indústria da notícia impressa, em tentar inovar e criar novos espaços de interação com os leitores, a crise chegou para ficar.
Parece ser cada vez mais difícil manter os atuais consumidores dos modelos tradicionais e, criar neoleitores, parece ser algo que somente tem acontecido com destaque na web e, ainda, de forma gratuita.
Essa é uma conclusão possível quando observamos os números divulgados hoje pelo Blog Periodistas 21, especializado em jornalismo e mídias. Nele, o jornalista Juan Varela, problematiza os jornais que produzem encartes de verão como estratégia comercial de superação da crise e a pouca efetividade dessa ação.
Segundo varela, a crise atingiu os principais jornais, a ponto de influenciar a tiragem. Entre os jornais em crise, ele destaca:
El líder El País bajó en julio a 357.000 ejemplares y no llegó a 375.000 en agosto, una caída de alrededor del 2% que llega hasta el 9% si nos fijamos sólo en la venta al número. El diario de Prisa acumula una pérdida de difusión de 9% sobre 2008, un año ya malo. El Mundo tampoco se salva. En julio perdió casi un 7% y bajó de 265.000 ejemplares de difusión. En agosto, 274.100 con una caída del 3%. Y en venta al número un batacazo de más del 10% en julio y del 7% en agosto. Pierde casi un 7% de difusión en 2009.
El descenso es muy superior para La Razón, de un 17% en la venta en quioscos de agosto, menos de 75.000 ejemplares aumentados hasta 111.000 con suscripciones y venta en bloque. Resultado una caída en el año de más del 16%.
Entre los diarios de Madrid se salva a medias ABC, que cayó en los quioscos hasta 130.000 ejemplares en agosto (-4%), pero mantiene una difusión anual superior en un 2,6% a 2008, con una media de 258.000 ejemplares. Público, quizá el único diario con una oferta algo alternativa en su enfoque del verano creció los dos meses de verano tanto en venta al número como en difusión total. Supera en un 2% su difusión del año pasado y roza los 70.000 ejemplares. En Barcelona sigue la sangría de El Periódico, que pierde en verano más un 4% de su difusión y un 11%, hasta una media de 135.400 ejemplares en lo que va de año. La Vanguardia se mantiene estable en los 201.000 ejemplares y una caída interanual del 0,4%.
Os dados refletem uma crise que não deve parar apenas no consumo da mídia impressa, mas que tem reflexos também na própria aceitabilidade do periódico, na medida em que a internet ganha espaço e reconhecimento. É, as economias de nicho ganham forma.
Não é de hoje que os meios tradicionais de comunicação tentar rever posições quanto a sua existência e a própria interação com leitores. Dessa vez, O Globo lançou uma campanha intitulada "O Globo: Muito além do papel de um jornal".
Os vídeos produzidos são bem interessantes. No primeiro, de 2008, O Globo trabalha com a palavra informação e a construção das notícias, seja no meio impresso ou online. O jogo de palavras é bom, a sonoridade da propaganda dá um ar de solidez de missão, que faz do jornal, mais do que simplesmente o papel impresso.
No segundo vídeo, de 2009, intitulado "Nós e Você. Já são dois gritando", O Globo trabalha a noção de construção coletiva, apelando para a participação do cidadão como colaborador da notícia, como um diferencial importante.
Veja os vídeos e comente sobre o que percebeu deles.
É isso mesmo! Essa é a proposta do Theblogpaper.co.uk, publicar em papel o que há de melhor nos blogs. A notícia foi divulgada por Paula Gonzalo no Blog PeriodismoCiudadano.com. O sítio The Blog Paper oferecerá uma versão impressa de 5000 exemplares que serão distribuídos em Londres.
As notícias são elaboradas por blogueiros e jornalistas cidadãos, que disponibilizam no sítio para votação e escolha pelos pares. A primeira tiragem está prevista para o próximo dia 25.09.
Segundo Anton Walburg, a edição de "5000 exemplares de setembro será um pré-lançamento para fomentar a retroalimentação de leitores e colaboradores e para perceber a aprovação do conceito pelo mercado".
O Ibope Nielsen Online disponibilizou alguns dados do estudo Painel de Internautas, que tem como objetivo mensurar a audiência brasileira única, audiência duplicada, origem e destino das visitas dos sites e time spent, entre outros, informou o sítio Clube OnLine, e perpercutido pelos blogs Convergência Digital e TeleSíntese.
O crescimento médio passou de 33,2 milhões de usuários em julho para 36,4 milhões em agosto de 2009. É importante entender que, esses conectam a rede no trabalho ou em residência, não sendo computado as mídias móveis.
Quanto ao tempo médio, continuou a crescer, atingindo as marcas de 71 horas e 30 minutos de tempo total de utilização e, no caso da navegação em páginas apenas, o tempo total caiu de 48 horas e 26 minutos em julho para 46 horas e 14 minutos em agosto. Segundo as notícias veiculadas sobre os dados do IBOPE Nielsen Online, o número de pessoas com acesso à internet em casa ou no trabalho é de 44,5 milhões.
Veja outros dados importantes disponibilizados pelo Clube OnLine:
Painel de residências e local de trabalho – 10 marcas, incluindo aplicativos – agosto de 2009
Marcas
Brand Audiência Única
Total de Minutos
Páginas Vistas
Google
34.173
6.394.997
14.893.938
MSN/WindowsLive/Bing
32.579
14.666.604
4.453.464
Orkut
27.893
6.068.968
18.531.372
UOL
27.685
2.797.405
4.075.192
Microsoft
25.700
1.583.738
159.388
iG
23.999
1.255.794
2.210.055
Globo.com
22.918
1.688.541
2.609.028
Terra
22.776
1.134.449
1.933.440
YouTube
22.434
1.309.488
1.779.542
Yahoo!
21.871
1.143.352
2.239.515
Painel de residências e local de trabalho – 10 marcas, excluindo aplicativos – agosto de 2009
Marcas
Brand Audiência Única
Total de Minutos
Páginas Vistas
Google
34.137
6.163.339
14.893.938
Orkut
27.893
6.068.968
18.531.372
MSN/WindowsLive/Bing
27.707
2.300.908
4.453.464
UOL
27.685
2.797.363
4.075.192
iG
23.999
1.255.794
2.210.055
Globo.com
22.918
1.688.541
2.609.028
Terra
22.776
1.134.449
1.933.440
YouTube
22.434
1.309.488
1.779.542
Yahoo!
21.781
1.050.861
2.239.515
Blogger
19.134
484.623
889.230
Uma marca (Brand) é um conjunto de canais, domínios e/ou urls pertencentes, ligados ou cedidos a uma empresa ou subsidiária. A audiência de home pages, por exemplo, está contida dentro da audiência da marca.
Em agosto de 2009, 37,3 milhões de pessoas usaram a internet no trabalho ou em residências, crescimento de 2,3% sobre os 36,5 milhões registrados no mês de julho. A quantidade de pessoas com acesso no trabalho ou em residências, que era de 44,5 milhões, cresceu 5% e chegou a 46,7 milhões.
Tempo de uso, número de usuários ativos e número de pessoas com acesso – internet no trabalho e em domicílios, Brasil – julho e agosto/2009
Julho/2009
agosto/2009
Tempo de navegação por usuário (hh:mm)
48:26
46:14
Número de usuários ativos (000)
36.449
37.289
Número de pessoas com acesso (000)
44.452
46.646
Considerando apenas os internautas residenciais, o crescimento mensal do número de usuários ativos em agosto foi de 5,4%, atingindo a marca de 29 milhões de pessoas. Em relação a agosto de 2008, a evolução foi de 19%. O tempo de navegação por pessoa em residências chegou a 30 horas e 33 minutos. O número de pessoas que moram em domicílios em que há a presença de computador com internet cresceu para 42,2 milhões.
Tempo de uso, número de usuários ativos e número de pessoas com acesso – internet em domicílios, Brasil – julho e agosto/2009
Julho/2009
agosto/2009
Tempo de navegação por usuário (hh:mm)
30:13
30:33
Número de usuários ativos (000)
27.501
28.977
Número de pessoas com acesso (000)
40.164
42.209
O Ibope Nielsen Online projeta a existência de 64,8 milhões de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente (residências, trabalho, escolas, lan-houses, bibliotecas e telecentros), considerando os brasileiros de 16 anos ou mais de idade com posse de telefone fixo ou móvel.
As categorias com maior crescimento proporcional no número de usuários na navegação, no trabalho e em residências, em agosto na comparação com julho, foram Educação e Carreiras, com aumento de 7,2%, Notícias e Informações, com evolução de 4,4%, e Governo e Entidades sem Fins Lucrativos, com crescimento mensal de 2,7