Já faz alguns meses que esse vídeo saiu, mas só agora conheci. Trata-se do vídeo The Stars on Facebook, onde de forma descontraída, são apresentados diversos estereótipos de usuários do Facebook. O engraçado no vídeo é que os estereótipos acabam por mostrar um pouco do percurso que diversos usuários fazem dentro dessa rede social.

Para alguns, o Facebook é apenas espaço trocas de letras, frases feitas, fotos ou mesmo apenas para aqueles que querer clicar e curtir o que os outros escreveram. Ainda há aqueles vidrados em geolocalização e em recordar memórias passadas. Seja qual for o perfil, o legal é perceber que tenho amigos que se encaixam em todos eles. Boas risadas!


Altoids Celebrates the Stars on Facebook from Evolution Bureau on Vimeo.

Cada vez assusta mais a estudantes da área de comunicação/jornalismo quando se fala que a produção de textos jornalísticos para a web é diferente de tudo que o se faz no impresso.

Até mesmo professores sentem o desconforto de tal afirmação, já que a escrita - lócus por excelência da ação jornalística - parece não ser tão diferente assim. É claro que não vou entrar na especificidades e diferenciações que manuais fazem. Não é meu objetivo nessa postagem fazer isso.

De fato, o mundo mudou. Isto é, a forma como as pessoas liam um determinado texto transformou-se e, nesse movimento, a compreensão de onde a pessoa inicia o texto também. A hipertextualidade, elemento facilitado pela tecnologia e pela "leveza" da internet, permite novas construções aos neoleitores. Mas, nem sempre, quem constrói o texto, atenta para isso ou mesmo compreende que isso acontece.

Daí surgirem nos últimos anos tantos estudos sobre o percurso do olhar (Eye tracking) sobre determinados espaços de informação, mediados pela internet. Mas é bom lembrar que isso não é novo, já que desde 1800 se fazem estudos para definir onde determinadas informações serão disponibilizadas.

No campo do jornalismo não poderia ser diferente, já que as indústrias jornalísticas querem ter os melhores resultados em seus negócios. Algumas empresas, entre elas a Eyetracking, fundada na Universidade de San  Diego, tem utilizado recursos de ponta, para testar e construir um referencial de usabilidade no campo dos estudos dessa área. Utilizando diversas técnicas, entre elas o mapa de calor, eles podem definir o percurso do olhar em páginas web, em anúncios, em prateleiras do supermercado, etc. Com isso, se tem uma perspectiva de leitura. O Google já vem utilizando isso a um bom tempo. 

São infalíveis os estudos com mapas de calor? É claro que não. Os mapas de calor tem brechas, já que muitos que o olham pela primeira vez, imaginam que as áreas mais quentes representam inequivocamente o espaço mais visto. De fato o é, se não fosse a diferença de tempo que se leva para ver uma imagem e se ler um parágrafo.

Segundo a Eyetracking, "[...] A razão que eles não aparecem como pontos quentes é que leva muito mais tempo para ler um parágrafo do que para ver uma imagem. Assim, o impacto do olhar de cada usuário em relação a imagem se torna mais diluído em cada segundo gasto lendo o texto." Dessa forma, muitos estudos de usabilidade de sítios jornalísticos tem utilizado além de mapas de calor, a análise estatística dos dados para complementar esses estudos.

Complexo? Muito, mas bastante intrigante. Se desejar ler mais, o sítio Eyetracking traz uma indicação bibliográfica bem extensa sobre o assunto, fruto dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo e publicado em diversos períodicos.


Não é de hoje que muito se aposta no jornalismo móvel como um dos grandes espaços de atuação jornalística. Com o avanço das tecnologias móveis, mais e mais profissionais reinventam sua prática profissional, agregando as novas possibilidades que a tecnologia permite.

Com o iPAD não é diferente. Desde que a geração 2 surgiu, mais utilizações tem sido propostas. Uma dessas, que vi a pouco, me deixou muito confiante no potencial da ferramenta a preços mais baixos. Trata-se de algo bem simples, mas muito útil. 

É o Makayama Movie Mount, uma base multiuso criada para acoplar o iPAD 2 a lentes objetivas, tripé e luzes extras. Simples, mas extremamente útil quando você não tem equipamento profissional e equipe para usá-lo. O preço também é convidativo: US$ 69,95. É claro que o valor do investimento sobe quando você compra lentes e outros acessórios básicos, mas nada comparado ao investimento em um equipamento profissional. 

O vídeo a seguir mostra as utilizações. Vale ousar e inventar!



A Revista Época disponibilizou uma série de entrevistas intitulada "A década da internet" para consulta livre. A série traz entrevistas com diversos especialistas, entre esses, Rosental Alves (diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas), Thomas Kennedy (ex-diretor de Multimídia do Washington Post) e Jose Luis Orihuela (Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra).

As entrevistas são bem interessantes e destacam o desenvolvimento da internet, as contribuições das mídias sociais, bem como as novas plataformas existentes para propulsão da informação. 

As entrevistas são complementadas com um excelente infográfico online,  que permite ver os principais conceitos, as empresas, os eventos, as ferramentas, as tecnologias e outras informações dessa década pós-11 de setembro.

Está disponível para consulta e download o dossiê temático WikiLeaks - Cibercultura e Política, publicado pela Revista Contemporânea, da Faculdade de Comunicação (UFBA). 

O Wikileaks, foco da revista, se tornou uma importante fonte de documentos e informações confidenciais, tornando-se um incômodo para muitos países. Daí a necessidade de entendê-lo como possível mecanismo de renovação e redefinição do fazer jornalístico. 

O dossiê, editado por André Lemos, conta com artigos de Sergio Amadeu, Rodrigo Firmino, Juremir Machado da Silva,Elisabeth Saad Correa, Graciela Selaimen, Rogério Christofoletti e Candida de Oliveira, Gabriela Zago e Jandré Batista e Patricia de Melo.

Segundo Lemos, no editorial do número, os textos abordam questões importantes, tais como 
É possível controlar e censurar a internet? Qual o papel dos meios de comunicação de massa em meio a novos formatos de produção e distribuição de informação? No que se constitui, se é que se constitui, essa esfera pública global? Qual o limite da legalidade ou da ilegalidade no acesso e difusão de informações confidenciais? Toda informação deve ser livre? Quais os limites da soberania, do território dos Estados-Nação no controle da informação no ciberespaço? Como analisar o papel mediador das novas mídias e redes sociais nesses movimentos?
Com certeza esse número será útil nas discussões em sala de aula e nos processos de formação e qualificação em jornalismo.  

Fiz uma pequena seleção das capas que melhor retratam o dia em que se completa 10 anos desde os atentados do 11 de setembro. Utilizei para isso o "arsenal" do Newseum, museu virtual de mais de 630 jornais espalhados pelo mundo.

Na galeria de hoje, 11 de setembro, é difícil achar qual o jornal impresso nos Estados Unidos que não trouxe alguma notícia ligada aos atentados de 11 de setembro. É também difícil imaginar que algum jornal norte-americano arriscaria deixar  essa notícia de lado, sob o risco de ter boicote de seus leitores (seja hoje, seja no futuro).

Como indiquei, fiz a pequena seleção, das centenas de capas, que ao meu olhar, parecem mais significativas, seja porque são quase obras de arte, seja porque retratam a dor pela memória. De qualquer forma, esse é um olhar particular, não representando qualquer convicção ou linha de pensamento.  Caso queira escolher as suas, consulte a página do Newseum.




 


Um outro 11 de setembro

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 13:25 0 Comments

O 11 de setembro de 2001 ficou na história. Não apenas pela ação em si, mas principalmente, por ter sido em um país de tanta influência econômica e militar no mundo. Já escrevi sobre o 11 de setembro em outra postagem, fruto das minhas lembranças do dia do sinistro.

Hoje, que lembramos os 10 anos, pensei em partilhar sobre um outro 11 de setembro, pouco lembrado, pouco difundido, já que aconteceu nos anos 70 e, em um país que tinha pouca influência mundial, apesar de regionalmente significar muito para a América do Sul.

Trata-se do 11 de setembro de 1973, quando houve o golpe de Estado comandado pelo general Augusto Pinochet em parceria com os Estados Unidos contra o governo constitucional de Salvador Allende, de clara inclinação socialista. Diferente do 11 de setembro norte-americano, o chileno não é visto como um massacre ou crime (pelo menos do ponto de vista do capital internacional). 

Mas achei bem pertinente partilhar um pequeno documentário, produzido para o filme 11'0901, que reúne uma série de documentários de vários cantos do mundo sobre o acontecido no 11 de setembro. Ele foi indicado pela colega jornalista Ana Prado, no seu Facebook

O legal desse documentário é o contraponto: um chileno escreve sobre o 11 de setembro e os impactos. Veja, ficou bem interessante a perspectiva. Ele está disponível no You Tube.



Aos que tem interesse na área, estão abertas as inscrições para o curso "Etnometodologia e Análise da Conversa”, com o Prof. Dr. Rod Watson, da Universidade de Manchester, Inglaterra, de 13 a 23/09, nas dependências do Programa de Pós Graduação em Comunicação Social da PUC-Rio.

Segundo o convite de divulgação do evento, o prof. Watson "é um dos mais renomados pesquisadores na área da etnometodologia em todo o mundo, e trabalhou, estudou e conviveu com vários dos maiores nomes da ciência social no século XX, como Pierre Bourdieu, Erving Goffman, Max Gluckmann, Howard S. Becker, Norbert Elias, Eric Dunning, Harold Garfinkel e Harvey Sacks."

O curso terá a duração de 15 horas contando com tradução simultânea e transmissão ao vivo pela Internet, no endereço http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/. A programação poderá ser consultada a seguir:

13/09 - Terça-feira: What is Ethnomethodology?

15/09 - Quinta-feira: Ethnomethodology, Ethno-Inquiry and Conversation Analysis

20/09 - Terça-feira: Conversation Analysis: Members Ethnomethods for Speaking Together

22/09 - Quinta-feira: Conversation Analysis Major Approach: Sequential Analysis

23/09 - Sexta-feira: Bringing the Strands Together

Se desejar saber mais sobre a Etnometodologia, veja o vídeo a seguir, disponível no You Tube, sobre as bases históricas, apresentado pelo prof. Rod Watson: 

Está disponível para download o livro "Story-based inquiry: a manual for investigative journalists". Ele foi produzido pela UNESCO e teve como organizador Mark Lee Hunter, com participação de Nils Hanson, Rana Sabbagh, Luuk Sengers, Drew Sullivan, Flemming Tait Svith e Pia Thordsen.

Trata-se de um manual simples e direto que apresenta métodos e técnicas básicas do jornalismo investigativo. O manual é dividido em 8 capítulos que abortam o passo-a-passo do processo de investigação, indo desde a concepção até pesquisa, a redação, o controle de qualidade e a divulgação. 

O novo nesse manual, segundo os autores, é que se investiu "exaustivamente em estudos de caso em cada capítulo", para que o jornalista iniciante compreenda os meandros da pesquisa investigativa. Vale a pena baixar e verificar a aplicabilidade nos diversos espaços da investigação jornalística. 

Estado da arte das TICs no Brasil

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 15:12 0 Comments


Elas foram produzidas pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), que é o departamento responsável pela coordenação e publicação de pesquisas sobre a disponibilidade e uso da Internet no Brasil.

Para fazer o download é necessário um pequeno cadastro com informações sobre o país, área de atuação/segmento, faixa etária e escolaridade. Depois você poderá baixar o arquivo de, aproximadamente, 10,6 MB.

Aproveite e veja como anda o desenvolvimento da área das tecnologias no Brasil. Caso tenha problemas para fazer o download, entre em contato pelo e-mail infocetic@nic.br.  

O Festival CulturaDigital.Br é um encontro colaborativo entre aqueles que desenvolvem pesquisas e experiências na área da cultura com enfoque no digital. 

Na edição de 2011, que ocorrerá de 02 a 04 de dezembro, no MAM-Rio e no Cine Odeon, na cidade do Rio de Janeiro, serão desenvolvidas palestras, debates, encontros, atividades mão na massa, exibições e performances artísticas.

Os interessados em apresentar seus trabalhos e experiências ligadas a cultura digital tem até o dia 30 de setembro para enviar suas propostas. Após a data, as atividades serão avaliadas pelos curadores do evento. Os selecionados terão a ida ao Festival viabilizada pela organização do evento.

Segundos os organizadores, "a programação do encontro será colaborativamente organizada por meio de uma Chamada Pública Internacional de Atividades". O endereço para consulta é: http://culturadigital.org.br/#!/chamada-publica.

É muito complexo dizer qual a marca da geração que inicia o século XXI. Talvez seja mais fácil falar das gerações que adentram para o novo milênio. Essas diversas gerações, com suas perspectivas tradicionais, moderadas, avançadas e "transloucadas" criam diversas "sub-culturas" líquidas, que se refletem na mudança a nossa volta.

Um pequeno vídeo, disponibilizado pelo sítio United Photo Press no You Tube, desenvolve um percurso bem curioso sobre a juventude dos anos 60 até a transição do novo século. Com destaque para os avanços tecnológicos e sociais, a ênfase do vídeo é na "nova" constituição da sociedade do século XXI, desconexa, não-linear, pós-moderna.

Veja o vídeo a seguir e, mesmo que não concorde com a avaliação, a memória das imagens já valerá o tempo que gastar assistindo.