Não sou tão "antigo" assim, mas comecei no mundo profissional com uma máquina de escrever, da marca Olivetti. Era pesada e fazia um barulho na hora de teclar. Todo dia era um esforço imenso, que ficava com os pulsos doendo. Alguns anos depois, chegou uma máquina de escrever elétrica. Uau! Acabou o sofrimento dos pulsos, mas em compensação o barulho era muito maior do que a velha máquina manual. 
Nos início dos anos 1990, tive acesso ao primeiro computador, em um curso de Introdução a informática, na Universidade Estadual do Ceará (UECE). Parecia coisa de outro mundo: o computador era imenso, parecido a uma cabine dessas que encontramos em áreas de lazer de shopping para jogos eletrônicos. Foi meu primeiro contato ao computador. Fiquei maravilhado enquanto carregava linha por linha a tela verde... O tempo passou tive meu primeiro PC - se é que o 8088 pode ser assim chamado! Novamente a fascinação pela tecnologia... Depois outros vieram...
Quase duas décadas depois desse contato inicial, encontro-me com o que somente viámos em filmes de Hollywood: tecnologia táctil, sem fios, sem hardware pesado, praticamente sem quase nada. Estou falando de tecnologia semelhante ao que vimos no filme Minority Report. Só que dessa vez não é filme. É realidade!
Essa realidade foi permitida pelo projeto SixthSense (sexto sentido), desenvolvido pelo MIT, nos Estados Unidos. Esse projeto parte da idéia que usamos nossos 5 sentidos para recolher informação no mundo que nos rodeia e para responder a ele: tato, visão, audição, olfato, paladar. E a defesa mais incrível: que poderíamos ter um sexto sentido com o auxílio das tecnologias da informação, onde tudo está on-line e móvel.
Como funciona o projeto? SixthSense é uma interface gestual que aumenta o mundo físico à nossa volta com a informação digital e permite que você use gestos naturais para interagir com essa informação. Ao usar uma câmera e um projetor montado em um pequeno pingente, SixthSense vê o que você vê e visualmente aumenta as superfícies ou objetos que estão interagindo com a informação.
Veja como funciona no primeiro vídeo e, depois, se quiser saber mais, há um vídeo de apresentação de uma palestra disponível no TED.

Vídeo 1


Vídeo 2


Direitos autorais, mídia e cultura

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 13:11 0 Comments

Essa parece ser uma mistura explosiva: direitos autorais, mídia e cultura. Pelo menos foi o que ocorreu com o engenheiro biomédico e DJ, Gregg Gillis conhecido como Girl Talk, que sofreu processo no estado de Pittsburgh por fazer sampling de material protegido por direitos autorais, produzindo uma trilha sonora de 30 segundos com músicas de Elton John, Notorius B.I.G e Destiny's Child.

Mas por que o sampling causou toda essa briga? Bem a prática é simples: você utiliza trechos de diversas músicas e, harmoniza o som, com o intuito de criar algo novo. Até aí é o que se faz em uma discoteca/boate/casa noturna, mas o caso específico, Girl Talk lançou um CD com seus sampling remixados. E a confusão foi formada pela indústria sonográfica por conta da "proteção dos direitos autoriais". 

Essa confusão virou um documentário intitulado Good copy, Bad copy disponível com trechos do julgamento, depoimentos e posicionamento sobre essa nova cultura das recontextualizações e remixagens. 
Veja o vídeo-documentário, que apresenta idéias interessantes sobre essa área em conflito:


No último dia 29.08, Robert Peston que é editor de negócios da BBC, lançou a intrigante pergunta em seu blog: "What future for media and journalism?". Essa pergunta é fruto de sua fala feita no Richard Dunn Memorial Lecture, durante o MediaGuardian Edinburgh International Television Festival. 
Entre os vários aspectos, Peston aponta que suas observações são direcionadas a parte da mídia, o jornalismo de notícias que, segundo ele, "está lutando para lidar com a combinação de um colapso na publicidade mais grave ainda do que o mergulho  sofrido em meados dos anos 1970, que é a maciça mudança tecnológica".
Ao falar sobre a recessão, que os jornais tradicionais estão sofrendo em muitos países, sobretudo no Estados Unidos, Preston destacou quatro pontos:
1. A recessão vivida do modelo de negócio tradicional de notícias não é comum, pois está destruindo o modelo e precisa ser revisto.
2. Em um mundo globalizado, em que o digital ocupa 24 horas, 7 dias por semana , a organização de notícias tradicional pode ser menos poderoso do que era, mas as histórias continuam a ser uma mensagem mais forte do que nunca.
3. As distinções tradicionais entre os "jornalistas de televisão", "jornalistas de rádio" e "jornalistas da mídia impressa" são bastante obsoletas. Isso tem enormes implicações operacionais para todas as empresas de mídia e também para a regulação da indústria.
4. Precisamos de revisar o modelo de notícias e verificar se os serviços de notícias on-line atenderndem a s necessidades  de qualquer democracia florescente.

Dito isso, Preston enfatizou que a "festa acabou", isto é, os altos lucros da indústria da comunicação despencam a cada ano, em comparação com o crescimento da internet e do seu sistema de notícias, o que para ele motivará a tarifação de notícias no espaço da web.  Daí diz algo bem interessante sobre o que ele chama de 'novo' jornalismo:

"Para ser claro, a nossa fragilidade não está na altura de nossas vozes, ela está em nossa determinação para sondar e desafiar a ortodoxia. Pode ser um clichê, salientar que houve uma enorme fragmentação dos fornecedores de notícias entre os meios de comunicação tradicionais e, que surgiu uma nova espécie digital - muitos deles altamente especializados - com notícias que você pode usar em tudo, desde o número de 'buracos do lado de fora de sua porta da frente', ou mesmo o que está acontecendo em outros espaços,... além de blogs, Twitter e assim por diante. Mas, embora as organizações de notícias individuais estejam, provavelmente, mais fracas, enfrentando pressões financeiras, mais concorrência do que nunca, o poder das histórias individuais - e, suponho, de jornalistas, de tempos em tempos - tem aumentado. Quando tiro uma história na internet, como têm muitas vezes ocorrido em relação à crise de crédito nos últimos anos, é uma enorme explosão de informação no mundo inteiro. [...]  Quando comecei no jornalismo, eu escrevia uma ou duas histórias em uma semana em uma máquina de escrever clunky mecânica - foi no século passado, mas realmente não faz muito tempo. Agora eu escrevo em até cinco ou seis blogs em um único dia, e transmito o programa Ten O'Clock News para até 20 ou mais outros canais e programas em um único dia."
Outro ponto interessante:
"Ao invés de jornalistas totais [fechados em uma única área], talvez nós estejamos nos tornando jornalistas que escrevem a música tema, cantam a música tema, e assim por diante. Certamente, o meu conselho para qualquer jovem que pense em se tornar um jornalista é adquirir todas as habilidades, mesmo as que não se consideram jornalísticas, de transmissão, ou os jornalistas de rádio ou imprensa escrita: cada vez mais é tudo a mesma coisa. O que importa é o que sempre importou - os fatos, a história. A habilidade de um jornalista é desenterrar informações que interessam às pessoas e, depois, comunicá-lo da forma mais clara, precisa - e, se possível, de maneira tão agradável - como possível."
Outros pontos importantes também foram destacados por  Robert Peston. Leia o texto integral aqui


Essa pergunta, até ontem, era um sonoro "não!". Mas depois de ver algumas das produções disponíveis na rede, acho que já conheço um pouco mais desse artista de Moscou. Suas produções são um misto de fotos, ilustrações e imagens 3D, todas manipuladas com a ajuda de programas disponíveis no mercado. O resultado? Um verdadeiro choque entre o real e o imaginário, que resulta em beleza e uma certa leveza nas produções. Pessoalmente, achei muito bonito e, demonstra que é possível produzir obras inéditas, de bom gosto nessa era digital com imaginação e criatividade.
Veja algumas dessas produções disponíveis na rede:

 

E quem disse que mudar não funciona?

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 08:06 0 Comments

A "briga" por mercados consumidores é comum entre empresas de grande porte, principalmente entre a Coca-Cola e a Pepsi. Elas estão a desde a década de 1880, disputando espaço na mesa dos consumidores.

Para isso, agregam mudanças, obviamente não na fórmula de seus produtos (apesar de nos anos 1940 a Coca-Cola ter mudado alguns ingredientes), mas principalmente na imagem de seus rótulos.

Ao lado vemos como ocorreram essas mudanças, sendo a Pepsi mais ousada no uso de cores e espacialidade do que a Coca-Cola.  Porém, não se pode negar que, mesmo mudando pouco a imagem, a Coca-Cola é mais ousada na produção de peças publicitárias do que a Pepsi.

Só para ilustar: entre 2003 e 2005 a Coca-Cola lançou mais de 15 embalagens e um portfólio com 18 tipos de produtos. trazendo de volta as embalagens retornáveis para atingir as classes mais baixas e colocando no mercado produtos de variados tamanhos, com as garrafas PET de 2 litros e 3 litros, como informou a AdNews na ocasião.

Conheci o programa TwittEarth, que permite a visualização dos tweets nos respectivos países em que foram gerados. A sensação de comunicação ubíqua é maior (pelo menos foi a minha!).
A tecnologia é parecida ao do Google Earth, mas mais modesta, já que a apresentação é somente em grande escala de país. De qualquer forma, a interface é agradável e fácil de utilizar.
Ao utilizar seu login e senha do Twitter, você passa a possuir um ícone e, a medida em que seus tweets são enviados, aparecem no globo terrestre em constante movimento.
Vale a pena testar, mas é preciso paciência pois estava lento quando utilizei.

Faz 65 anos que deixamos para traz o holocausto ocasionado pelo regime nazista durante a II Guerra Mundial. É com dor e revolta que, desde então, olhamos para frente com medo de repetirmos tais atos de crueldade humana. É um medo justificado, pois o ser humano é capaz disso e muito mais.
Pelas estatísticas disponíveis na rede,vemos o quanto foi penoso e catastrófico para a humanidade:
"Morreram 17 milhões de soviéticos (sendo que 9,5 milhões de civis); 6 milhões de judeus; 5,5 milhões de alemães (3 milhões de civis); 4 milhões de poloneses (3 milhões de civis); ,2 milhões de chineses; 1,6 milhão de iugoslavos; 1,5 milhão de japoneses; 535.000 (330.000 civis) de franceses; 450.000 (150.000 civis) de italianos; 396.000 de ingleses, e 292.000 soldados norte-americanos." - Fonte: Wikipédia.

Milhões de vidas ceifadas pela ganância de poucos poderosos. Essa é uma reflexão importante. Não podemos esquecer das mortes, das vidas interrompidas, dos amores não realizados. Não podemos, mas esquecemos.

Diariamente temos holocaustos semelhantes, não mais em nome de uma suástica, mas em nome de uma indústria consumidora muito foraz e altamente preparada para se manter no anonimato ou mesmo para se travestir de uma "responsabilidade social". Agora a pouco, assisti a um documentário que fala sobre esses holocaustos. Ele é intitulado "A carne é fraca". Foi produzido pelo Instituto Nina Rosa, que desde 2000 vem produzindo documentários que fazem refletir nesse caos consumista que nos acostumamos (digo isso, pois também estou dentro dessa roda viva, que gira, gira e parece não parar!).

O documentário aposta na sensibilidade de quem assiste e, não é sem motivo: não há como ver as cenas de animais que consumimos diariamente e não associar ao que ainda resta em nós de humanidade e, perceber, que transformamos nosso planeta em um enorme campo sacrificial - um holocausto(em grego antigo: ὁλόκαυστον, ὁλον [todo] + καυστον [queimado]), no pleno sentido.

Assista aos vídeos a seguir e pense. Estou pensando nisso. Se quiser material de aprofundamento, o Instituto Nina Rosa disponibiliza material pedagógico para uso em seu sítio.
Vídeo: A Carne é fraca - primeira parte


Vídeo: A Carne é fraca - segunda parte


Fluxo de informação no Twitter

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 13:19 0 Comments

Você já pensou em quanta informação é disponibilizada no Twitter? Imagine as campanhas sobre Eleição no Irã e Fora Sarney que rolaram há algum tempo atrás.Não é sem motivo que tem sido comparado a um vírus, por sua rápida disseminação nos espaços. Conheci a pouco um aplicativo que tenciona mapear o uso e o tráfego de certas palavras. É o site blprnt, produzido por Jer Thorp, artista e educador canadense de Vancouver.
As imagens são muito bonitas e representam a velocidade da rede e da distribuição de certas informações. Os 2 vídeos a seguir mostram isso: o primeiro mostra em um mapa 3D os tweets com as palavras “just landed in”, e o segundo, realizado no último dia 23.08, da palavra ‘good morning’ que circulou mais de 11 mil vezes em 24 horas.
Vídeo 1

Just Landed - 36 Hours from blprnt on Vimeo.

Vídeo 2

GoodMorning! Full Render #2 from blprnt on Vimeo.

Chris Lake, da Econsultancy Digital Marketers United, disponibilizou 25 sugestões para o jornalista ampliar seus espaços de atuação. Algumas já são conhecidas e utilizadas por muitos de nós, mas outras ainda são um grande mistério tecnológico. Não são complexas, mas requerem um tempinho para o exercício e, muita, muita paciência caso não se acerte da primeira vez.
Transcrevo as primeiras doze sugestões dadas. Veja o que ele indicou:
1. Crie um blog: Publicar qualquer coisa na internet alguns anos atrás era muito complicado. Alguns tentaram sem muito êxito, mas as coisas mudaram. Nunca foi tão fácil publicar todos os tipos de conteúdo online. Você não acredita em mim? Tente Posterous, que lhe permite publicar artigos on-line via e-mail. Comece o seu próprio blog pessoal hoje. Ou melhor ainda, inicie um blog temático. Isso será muito estimulante, se você não tiver feito isso antes. Usando o Posterous você terá blogs no prazo de cinco minutos, e nem precisa registrar (login e senha) para começar a publicar.
2. Colabore: Se você está preocupado sobre não ter tempo suficiente para manter um blog, então por que não colaborar com outras pessoas, ou participar de um blog existente ou alguma outra publicação? Ele irá ajudar a ampliar a sua experiência, seu currículo, e é especialmente útil para os escritores ocasionalmente conectados que visitam para acumular algumas habilidades on-line. As pessoas podem conseguir muito mais quando trabalham juntos.
3. Apareça (Big up yourself): Você pode optar por não ter um blog, mas você definitivamente devera ter um site que apresente suas produções (portfólio). Mostre as suas habilidades e experiência, e link para o seu trabalho através do seu portfólio on-line. Não há nenhuma razão para não possuir.
4. Escreva sobre sua paixão: E estamos de volta ao primeiro ponto, sobre como iniciar um blog. Eu sei que um número de jornalistas não conectados, que estão presos na rotina, escrevendo notícias sobre pessoas que não estão interessados em ler o que foi produzido, raramente se tornam jornalistas, a menos que gostem de escrever, então porque não começar a divertir-se novamente? Por que você não pára alguns instantes e escreve sobre algo que você ama? Tente escrever sobre uma paixão pelo menos uma vez por semana. Isso irá ajudar a construir o seu portfólio. Você vai se sentir mais feliz com seu trabalho. Você será capaz de expressar as suas opiniões.
5. Use Feeds: Saiba como acompanhar os seus assuntos, suas histórias, suas principais fontes, palavras-chave, os concorrentes e assim por diante. Fazer isso é fácil por meio da criação de feeds (RSS) para pesquisas em sites como o Google News, Twitter e Digg. Se você ainda não abraçou o uso de feeds (RSS) para se inscrever no conteúdo (em oposição a visitar sites para ler as histórias), então confira o Google Reader e faça a notícia chegar até você. Eu uso o Byline app (link iTunes) para o iPhone para ler estas histórias offline quando em movimento.
6. Utilize o Twitter: Twitter é simplesmente uma ‘câmara de eco’ enorme feito de milhões de pessoas. É absolutamente uma fonte de notícia, mas não é 'jornalismo'. Esse é seu trabalho: fazer com que o ruído tenha sentido, para validar as fontes e histórias, e para descobrir as novidades. Como os jornalistas devem sintonizar o Twitter? Siga influenciadores e utilize o Twitter como um filtro. As pessoas vão segui-lo de volta e você pode usar o Twitter para criar uma “rede de consciência” de seu trabalho.
7. Produção de vídeo: É mais fácil do que nunca para filmar e distribuir o vídeo. Há câmeras embutido em seus telefones e laptops. Há um monte de sites de vídeo para ajudar a disponibilizar o seu conteúdo. Adicionar um vídeo a artigo online é incrivelmente simples.
8. Tecnologia móvel é uma ferramenta maravilhosa: Nunca foi tão fácil capturar idéias, construir as histórias, e publicar conteúdo. Há tantos e incríveis aplicativos móveis lá fora disponíveis para ajudar os jornalistas: Audioboo, Apps Dictaphone, Listas de afazeres, Ferramentas de workflow, Câmeras embutidas, Vídeo agregadores, Notebooks, Mindmaps, Mensagens. O celular realmente é o melhor amigo do jornalista. O iPhone é simplesmente incrível. Saiba como tirar o melhor partido do seu celular ...
9. SEO é uma sigla que você realmente precisa aprender: Significa “motor de pesquisa e optimização” e é a ciência de empurrar suas histórias para o topo do Google. Você precisa saber como optimizar o seu trabalho para o Google, para impulsionar 'findability'. A notícia de hoje não é o papel do futuro chip: esta é arquivada no Google para sempre. No futuro, os escritores com algumas habilidades básicas de SEO terão uma vantagem sobre aqueles que não possuem nenhuma. Faça a sua palavra-chave de investigação e descobra o que você deseja classificar no Google.
10. Aprenda a amar os links: Na sequência do último ponto, as ligações são o que fazem girar o mundo online. Eles fazem escala no Google. Links fornecem o tráfego e Googlejuice. É nececssário que você compreender como escrever links de qualidade. Fique de olho nas pessoas que fazem links com você.
11. Tag, tag, tag: Marcação de conteúdo é um ótimo hábito para se desenvolver. Tags desempenhar um grande papel na pesquisa. Elas tornam mais fácil para as pessoas (motores e busca) encontrar o seu conteúdo. Tente um nicho próprio.
12. Copywriting Online: Não é realmente tão diferente da copywriting offline, embora haja um monte de coisas novas a considerar. Eu escrevi um AZ de copywriting em rede, que deve ajudá-lo com o básico.

A Worldwide Fund for Nature (WWF),criada em 1961, se consolidou como uma das mais respeitadas redes independentes de conservação da natureza. Já postei em outro momento um conjunto de campanhas da WWF sobre preservação ambiental.
Encontrei outras bem interessantes voltadas para a preservação das águas (sejam oceânicas ou fluviais), bem como da Amazônia. Não é preciso repetir que a preservação da águas é essencial para nossa sobrevivência, pois é delas que vem o oxigênio (oceanos), bem como alimentação de boa parte dos seres vivos do planeta. Veja e reflita:

WWF-França


Três campanhas sobre aquecimento global


WWF-França: Bioma


WWF: Mata Atlântica


WWF: Poluição de rios


WWF: Amazone


WWF: Bird


WWF: Essa é engraçada, mas real


Comemoramos, apesar de poucos lembrarem, no dia 18 de agosto o Dia Mundial da Fotografia.

O primeiro a conseguir a façanha de inaugurar essa forma expressão de arte e informação, foi o francês Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833). Seu museu apresenta fotos e filmes que retratam a saga do francês.

Como não poderia deixar de lembrar, recebi alguns dias a indicação via Twitter e Blog do GJOL, da disponibilização na rede de 20 portifólios de fotojornalistas, no site blog 10,000 Words.

O blog disponibiliza o trabalho de 20 fotojornalistas renomados, abrangendo assuntos diversos que vão desde esportes, política, arte moderna à arquitetura. As fotos são uma veradeira obra de arte. A foto que aparece nesse post é de Antonin Kratochvil. Além dele, você poderá ter acesso aos portfólios dos fotojornalistas: Gerik Parmele, Chris Jordan, Natalie Behring, Andrew Moore, Susana Raab, Martin Fuchs, Andrew Burton, Jacquelyn Martin, James J. Lee, Omar Mullick, Heidi Schumann, Benjamin Lowy, Stacey Axelrod, Maisie Crow, John Schreiber, Mustafah Abdulaziz, Harry Benson, Ryan Gibbons e Jodi Bieber.

Vale a pena tirar uma hora para um passeio visual.


Lembro-me no início dos anos 1980, quando assiti pela primeira vez um filme da trilogia Star Wars, quão empolgado fiquei com as animações e efeitos especiais da época. Era vibrante sonhar com um futuro distante e comunicação via hologramas.


Bem, alguns anos (...décadas, melhor dizendo) e o que parecia coisa muito distante, parece ficar cada vez mais próximo. Trata-se do uso da holografia como parte da "composição da notícia". A holografia é uma forma de apresentação da imagem em três dimensões (altura, largura e profundidade).



A CNN ensaiou algumas utilizações que ficaram bem próximas ao que George Lucas usou em Star Wars, nos anos 80. Fico me perguntando quando teremos essa tecnologia no celular? Veja o que o "futuro" nos reserva:


Vídeo 1: Repórter Jessica Yellin fala a respeito da eleição via holograma




Vídeo 2:Entrevista de Anderson Coorper brincando com a "técnica"




Vídeo 3: David Bohrman fala sobre a utilização




A dica veio do Blog do GJOL. O livro Tecnologia Social: ferramenta para construir outra sociedade foi lançado e disponibilizado na rede.

O livro foi organizado por Renato Dagnino da UNICAMP e resulta dos trabalhos que vem sendo realizados por pesquisadores da comunidade latino-americana dos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia (ECTS).


O foco, segundo a introdução do livro, é


"voltado para o entendimento da exclusão social e da necessidade de conceber uma tecnologia que faça frente a esse contexto excludente. [...] O objetivo do livro é municiar o debate envolvendo as condições para sustentabilidade de empreendimentos solidários (ESs), que tem acompanhado o processo de democratização da América Latina, no sentido de auxiliar a elaboração de políticas voltadas para a inclusão."


Vale a pena destinar algum tempo na leitura da temática, principalmente se você deseja discutir com mais propriedade a temática. Achei interessante o capítulo "Como transformar a Tecnologia Social em Política Pública?", de Renato Dagnino e Carolina Bagattolli. Os autores apontam algumas estratégias para esse salto, transformando teoria em política pública. E você? Qual o mais interessante?


Um buscador interessante planta árvores a cada conjunto de utilizações. É isso mesmo! Vale a pena conhecer. Trata-se do eco4planet. Esse buscador utiliza o sistema Google, mantendo a reconhecida capacidade já conhecida do Google com um visual também simples e rápido, porém inovador na utilização predominante da cor preta.

Segundo os idealizadores, "o eco4planet economiza energia pois sua tela é predominantemente preta, e um monitor utiliza até 20% menos energia para exibi-la se comparado à tela branca. Considerando as mais de 1,4 bilhão de buscas diárias realizadas no Google™ com tempo médio suposto em 10 segundos por pesquisa e a proporção de monitores por tecnologia utilizada, teríamos com um buscador de fundo preto a economia anual de mais de 5,3 Milhões de Kilowatts-hora! Esse valor equivale à:

Mais de 48 milhões de televisores em cores desligados por 1 hora;
Mais de 59 milhões de geladeiras desligadas por 1 hora;
Mais de 133 milhões de lâmpadas desligadas por 1 hora;
Mais de 44 milhões de computadores desligados por 1 hora."

E aí? Vamos apoiar a iniciativa e ver como é recebida na comunidade.


A revista canadense Les Cahiers du Journalisme disponibilizou seu último número, destinado a discussão em torno do que foi intitulado "Economie du Journalisme".

No editorial do número, aponta-se para as mudanças que o mundo jornalístico passou e as transformações na inserção desse profissional no campo de atuação. Ainda, aponta-se a mudança na formação dos jovens profissionais que, em face do ambiente web e da própria imprensa gratuita, tiveram que rever suas perspectivas de trabalho nas empresas de imprensa. Assume-se - e isso é importante - que o jornalista perdeu o monopólio da informação, havendo necessidade de outras estratégias para inserção profissional.

Outros números também estão disponíveis. A relação deles e os links estão a seguir.

N°20. Automne 2009
L'économie du journalisme

N°19. Hiver 2009
Les nouveaux écrans du sport

N°18. Printemps 2008
La médiation de presse

N°17. Été 2007
Faits divers, faits de société

N°16. Automne 2006
Médias généralistes et idéal journalistique :
la fin d'une époque

N°15. Hiver 2006
Médias & Science

N°14. Printemps-Été 2005
Faits divers

N°13. Printemps 2004
En quête de vérité...

N°12. Automne 2003
Les promesses et les pièges de l'information internationale

N°11. Décembre 2002
Journalisme sportif : le défi éthique

N°10. Printemps-Été 2002
Quelques réflexions sur Bourdieu,
la reconfiguration médiatique
et la démocratie...

N°9. Automne 2001
La presse francophone d'Afrique :
entre permanences et ruptures

N°8. Décembre 2000
Médias et journalisme
dans un environnement en mutation

N°7. Juin 2000
La presse de référence. Éthique et théorie
du journalisme. Les journalistes facent à Internet

N°6. Octobre 1999
La fonction éditoriale de la presse

N°5. Décembre 1998
Journalisme et technologies nouvelles :
les mutations obligées

N°4. Janvier 1998
Médias et immigration. Médias
et éthique. Médias et nouvelles technologies

N°3. Juin 1997
Le traitement journalistique
de la complexité

N°2. Décembre 1996
Le journaliste acteur de société

N°1. Juin 1996
Actes du colloque fondateur
du Centre de recherche de l’ESJ-Lille



Completei 10 anos que "experimentei" minha primeira iniciativa na rede: a Revista de Pedagogia, que funcionou efetivamente de 1999 a 2003, semestralmente, disponibilizando 15 números. Já postei algo sobre sua história aqui.

Faço esse retorno à memória, para relembrar uma posição definida ainda em 1999: disponibilizar conhecimento na rede, de forma ampla e gratuita. É desde esse ano, que, primeiro com a Revista de Pedagogia, aderi ao movimento Open Arquives Initiative, criado pela Convenção de Santa Fé. Em que consiste? Na liberação da informação na rede, sem restrições financeiras ou que envolvam a contrapartida de propagandas.

Comungo com a idéia que foi reafirmada pelo movimento de abertura dos arquivos e à informação, reforçados pelas reuniões ocorridas: em 2001, por meio da carta da Public Library of Science (PLoS); em 2002 pela carta ECHO; em 2003 pela Declaração de Bethesda , a exposição da Association of Learned and Professional Society Publishers (ALPSP), a Declaração de Berlin sobre o livre acesso ao conhecimento, a Declaração de Princípios do Wellcome Trust em apoio à edição em livre acesso, o posicionamento do InterAcademy Panel sobre o acesso a informação científica, a Declaração do Internacional Federation of Libraries Association (Ifla) sobre o livre acesso à literatura científica e aos documentos de pesquisa e a Declaração de Princípios da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (SMSI); em 2004, pela Declaração de Valparaíso, a Decalração da Organization for Economic Cooperation and Development (OECD) sobre o acesso aos dados da pesquisa financiados por fundos públicos, o documento “Princípios de Washington D.C. para o livre Acesso à Ciência” e a publicação do relatório do comitê do Parlamento Britânico sobre a edição científica; em 2005, por meio do Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre à Informação Científica, a “Declaração de Salvador sobre Acesso Aberto: A perspectiva dos países em desenvolvimento” e a Carta de São Paulo; e, em 2006, pela Declaração de Florianópolis, pelo acesso à informação.

Dito isso, reafirmo que, também no Blog do Gipo, assumo a posição de inclusão do selo a seguir em nosso blog:





Em que consiste esse aviso? Em uma posição clara, fruto das convicções que desenvolvo desde 1999:
1. Que me oponho à utilização de publicidade em blogs, salvo as que tenham como meta a divulgação de campanhas humanitárias/ecológicas e científicas.

2. Penso que o uso de publicidade em blogs desvaloriza o meio, como espaço de comunicação e divulgação do conhecimento científico.

3. Que não aceito dinheiro em troca de espaço publicitário no meu blog, sendo qualquer publicidade veiculada apenas quando estiver alinhada com os princípios expressos aqui e tiverem cunho científico.

Escrever com técnica

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 21:01 0 Comments

Não é de hoje que se tem uma grande preocupação com o que se escreve na rede. De fato, nos últimos meses muita briga tem surgido sobre a escrita na rede.
Faz-se necessário, dessa forma, um cuidado maior. Isso, obviamente, caberia para todos os meios, mas na internet ele se torna mais evidente, em face da facilidade de acessos que a rede mundial permite.
Nesse sentido, conselhos sobre a escrita na WWW nunca é demais! Coloco a indicação de um bom manual intitulado “Como escrever para a Web” de Guillermo Franco, disponibilizado pelo Knight Center for Journalism in the Americas. Ele está disponível em português e espanhol, trazendo sugestões que contribuem para uma melhor "escrita" na rede!

A seguir, coloco a disponibilização do ISSU em espanhol, caso queira ter uma idéia da dimensão do manual.



Um exemplo legal para os autores e editoras é dado pelo argentino Paul Capriotti. Capriotti é doutor em Ciencias de la Información pela Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha).

Ele disponibilizou na rede para download seu livro recém-lançado intitulado "Branding Corporativo. Fundamentos para la gestión estratégica de la Identidad Corporativa".

O livro faz uma discussão sobre a identidade corporativa, os públicos envolvidos e desenvolve alguns conceitos importantes na área da identidade corporativa, tais como imagem e reputação. Também agrega valor a temática por discutir aspectos da filosofia e cultura organizacional como parte de um processo de gestão.

Que dizer do tema "Branding Corporativo"? Segundo o próprio autor, o tema do livro deve-se:

"Como explico en la introducción del libro, el concepto de branding no es un concepto exclusivo del marketing, sino que hace referencia al proceso global de gestión (identificación, estructuración y comunicación) de los atributos propios de identidad de un sujeto determinado (producto, servicio, empresa, institución, organización, ciudad, región, país, etc.), para pode crear y mantener vínculos relevantes con todos sus públicos. Para denominar esta actividad, en los países anglosajones se utiliza el nombre genérico de branding. En este sentido, el concepto no se limita sólo al nivel de los productos o servicios, sino que se puede aplicar a cualquier sujeto susceptible de realizarle una acción de "gestión de los atributos de identidad". Así, el branding puede desarrollarse a diferentes niveles, según se esté gestionando los atributos de identidad de un producto/servicio (por ejemplo, el detergente "Skip"); de una organización (como el "Banco Santander" o el "Museo Picasso"); de un sector de actividad ("vinos de Rioja") ó de un área geográfica (a nivel de ciudad, región o país). Por ello, el branding no es una acción específica de marketing, sino que es un proceso que implica a todos los ámbitos de gestión de las organizaciones. En mi caso, he titulado este libro como "Branding Corporativo", porque se centra preferentemente en el nivel de las organizaciones, aunque los conceptos generales y la metodología de trabajo pueden ser aplicados a cualquiera de los diferentes niveles de branding."

Vale a pena conferir!


O desenvolvimento tecnológico impressiona cada vez mais. Novos equipamentos e programas tem sido desenvolvidos "à toque de caixa", como costumo brincar nas bandas de cá! Principalmente, se essas tecnologias estiverem a serviço do consumo. É o que promete o vídeo da PayPal.
Como funciona? No sistema PayPal você cria uma conta como consumidor para efetuar compras em milhares de lojas em todo o mundo. Você transfere algum crédito para sua conta Paypal através do seu cartão de crédito e usa sua conta para efetuar todas as compras que precisa, tornando mais seguro seus pagamentos evitando digitar seu número de cartão de crédito ou conta bancária na internet.

Nesse vídeo são apresentadas as potencialidades do que é possível desenvolver no campo do consumo e do pagamento de produtos. Lembrando que algumas dessas funcionalidades já são vivenciadas em outros continentes (Europa e América do Norte) de forma experimental.
Vale a pena pensar nesses aspectos como um avanço. O que o vídeo peca é em explicar como conseguiremos dinheiro para pagar tantas "facilidades do consumo"....



Mapeamento interativo de links

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 11:40 0 Comments

A ferramenta Walk2web mapeia de forma interativa e em tempo real as conexões que são estabelecidas entre qualquer site da internet.

A proposta da ferramenta é disponibilizar ao usuário a visualização, por meio de uma mapa interativo, que permite ver as atualizações feitas e aos links que são disponíveis no site pesquisado.

O site permite também que se façam marcações nos links visitados e mapeados, além das costumeiras conexões com o Digg, o Del.icio.us e o StublemUpon. Outras informações interessantes, como o número de conexões ao seu site e quem estabelece conexões com você também fazem parte do rol de informações.

Veja as informações disponíveis sobre o Blog do Gipo.


Informação, arte e fotografia

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 10:46 0 Comments

Você sabe o que é um monstro? Segundo o dicionário, é "um animal legendário, que combina traços humanos e formas variadas de animais".
Mas, e uma serra elétrica? Poderia ser um monstro? Para um dicionário diferente sim! Estamos falando de um monstro que transcende o campo teórico e que está também no campo da arte.

Essa é a proposta do Dicionário de Fotografia, coordenado por Lindley Warren, que é dedicado a definição de palavras de forma literal, figurativa e pessoal, partindo da visão de cada fotógrafo.

Na foto, de Derek Vicent, vemos a expressão "monstro" assumir uma idéia tão grotesca quanto a de um "meio homem, meio animal": a da devastação ambiental.

Essa é uma forma bastante criativa de tratar de assuntos complexos, além de permitir a própria problematização das concepções em torno de algumas palavras. Vale a pena conhecer e colaborar. O contato pode ser feito via Facebook.


Guia de legislação para jornalistas

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 09:47 0 Comments

Você sabe quais são os cinco direitos fundamentais de toda criança e adolescente no Brasil? Não sabe? Pois é, se me perguntassm isso, ficaria de "calça justa" também, pois até rememorar e procurar na legislação brasileira os fundamentos legais, teria um pouco de trabalho.

Visando auxiliar o trabalho da mídia e, publicizar a informação de forma confiável e sem "ruídos", a rede ANDI lançou o livro "Estatuto da Criança e do Adolescente - Um Guia para Jornalistas". É um livro bem prático, sem muitos rodeios e com informação confiável. Esse aborda temas como guarda, adoção, educação, saúde, exploração sexual e medidas socioeducativas, além de trazer dicas de apuração, orientações e sugestões de fontes que irão auxiliar na melhor cobertura dos temas relacionados à infância e à adolescência.

Algumas dicas são importantes, tais como as explicitadas quando da entrevista de crianças e adolescentes e, que não custa lembrar:

* LEMBRE-SE de que o menino ou menina tem direito à privacidade, ao sigilo, e à proteção de situações de injúria (ofensa) e represália.

* IMAGENS OU RELATOS que possam colocar a criança, irmãos ou pessoas próximas em situação de risco (mesmo quando as identidades são trocadas ou omitidas) não devem ser publicados. Assegure-se de que a criança não será colocada em risco ou será prejudicada pela exposição de sua casa, comunidade ou localização.

* EM CASO DE ENTREVISTAS, certifique-se de que os responsáveis pela criança sabem que ela está falando com um jornalista; explique-lhes a proposta da entrevista e suas intenções de uso do material e obtenha a permissão para todas as entrevistas, gravações ou documentações fotográficas.

* EM GRAVAÇÕES em vídeo ou para rádio, lembre-se de que a escolha do cenário ou do acompanhamento musical podem inferir sobre a criança e sua história.

* NÃO ESTIGMATIZE a criança. Evite categorizações ou descrições que a exponham a futuras represálias – como danos físicos ou psicológicos, ofensas e descriminação ou rejeição por parte de sua comunidade.

* ASSEGURE A VERIFICAÇÃO independente das informações fornecidas pela criança, tendo atenção especial para garantir que essa confirmação ocorra sem colocar o menino ou menina em risco.

Essas são dicas importantes! E aí? Se te perguntarem novamente quais os cinco direitos fundamentais de toda criança e adolescente no Brasil? O que responderia? Sem dúvida, eu responderia que os cinco direitos são:

1 Vida e à saúde
[arts. 7º a 14]
2 Liberdade, respeito e dignidade
[arts. 15 a 18]
3 Convivência familiar e comunitária
[arts. 19 a 52]
4 Educação, cultura, esporte e lazer
[arts. 53 a 59]
5 Profissionalização e proteção no trabalho
[arts. 60 a 69]

Importante: As fotos acima são do site http://www.nychildren.org/, um projeto mantido por Danny Goldfield. Visite e conheça.

Boa leitura!

Não é de hoje que muita filosofia já foi produzida em torno da idéia de "real". Mas o que vem a ser o real? Não vou exaustivamente dissertar sobre isso, pois o espaço não é esse (posso fazer isso em minhas aulas, se alguém tiver paciência!). Para muitos, real é tudo que é possível interação e um certo grau de "manipulação", em uma vertente bem aristotélica.
Parece que a tecnologia caminha para a união dessas idéias. A dica foi dada no Twitter por @walterlongo, sobre uma holografia em que é possível interagir. Veja o vídeo a seguir:

Bem, tive curiosidade e fui até o site dos desenvolvedores do ShinodaLab, Takayuki Iwamoto, Mari Tatezonoy, Takayuki Hoshiz e Hiroyuki Shinoda, todos da Universidade de Tókio, no Japão. A idéia dos pesquisadores é a utilização de um "gabarito móvel", isto é, a mão humana, que serve como plano de interação com as imagens em 3D.
Como funciona? A tecnologia consiste em utilizar as exposições táteis das mãos humanas, que expostas ao ultrasom permitem a irradiação e produção de campos de pressão na mão do usuário, sem o auxílio de luvas ou outros acessórios.
Achou complexo? Dê uma olhada nos cálculos que eles utilizaram e nos princípios físicos no artigo Airborne Ultrasound Tactile Display, de Takayuki Iwamoto, Mari Tatezono, Takayuki Hoshi e Hiroyuki Shinoda e, Non-Contact Method for Producing Tactile Sensation Using Airborne Ultrasound, de Takayuki Iwamoto, Mari Tatezono e Hiroyuki Shinoda. Com essas leituras ficará mais fácil entender aonde iremos chegar com essa tecnologia... Ou melhor, aonde não iremos parar!


O jornalismo digital ou on-line é uma realidade no espaço da web. Nos últimos meses, diversas empresas jornalísticas fizeram reformas drásticas em seus organogramas (como no caso de um grande jornal americano que demitiu quase 600 funcionários de sua redação impressa para se adequar ao formato digital) para agregar novas competências e habilidades em seu processo de construção da notícia (e veja que não estamos falando dos valores-notícia!).

De qualquer forma, as redações modificaram-se ou estão em processo de atualização para a cultura da internet e a sociedade em rede. Passeando pela internet, ou melhor, como chama André Lemos no seu texto Ciber-Flânerie, estava eu no processo que ele bem define:

"O flâneur inventa a cidade sobre a cidade e suas infra-estruturas. Trata-se mesmo de traçar sulcos na sua superfície, marcar o tecido urbano como um texto alucinadamente atravessado por remissões infinitas. Nesta perspectiva, andar, caminhar, errar pela cidade num ritmo próprio, navegá-la metaforicamente, abrindo-se para os estímulos contraditórios – este exercício de sair de si - resulta numa escrita que a torna um lugar praticado. O mesmo acontece com a prática da navegação pelo ciberespaço."

Nessa ato de "flâneur" pela rede, encontrei uma página muito interessante, do projeto "Documental Multimedia Redacciones On Line", que tem como foco mapear e discutir as modificações que passaram sete redações digitais de periódicos em língua espanhola: abc.es (Espanha), clarín.com (Argentina), críticadigital.com (Argentina), cronista.com (Argentina), elpaís.com (Espanha), elmundo.es (Espanha) e perfil.com (Argentina). O material é bem completo e traz entrevistas bem esclarecedoras, além de produções escritas e infográficos.

A seguir, o vídeo que apresenta esse projeto de intergração de redações on-line.



Integración de redacciones from alvaro liuzzi on Vimeo.



Redes sociais na internet é o livro disponível para download de Raquel Recuero, lançado em maio de 2009 pela editora sulina e disponível também na página http://www.redessociais.net/.
Recuero dispensa muitas apresentações: suas análises sobre mídias sociais são muito bem elaboradas e teoricamente embasadas. É jornalista, professora e pesquisadora do PPGL e do curso de Comunicação Social da UCPel.
Nesse livro, não poderia ser diferente do que faz em seu blog. Recuero parte de uma proposta teórico-aplicada, focando questões teóricas voltadas aos atores, ao capital social e às estruturas das redes sociais, bem como sua aplicação para os estudos na Internet, autoridade e reputação em sites como Fotolog, o Flickr, o Orkut, dentre outros.

Vale a pena a leitura!

Sociedade em Rede

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 22:54 0 Comments

A sociedade em rede: do conhecimento à Acção Política foi organizado por Gustavo Cardoso e Manuel Castells. É o resultado do seminário A Sociedade em Rede e a Economia do Conhecimento: Portugal numa Perspectiva Global, realizado em 2005 em Lisboa. Traz inúmeras contribuições a temática.


Entre essas contribuições, a seção IV do livro, aborda uma discussão interessante sobre direitos autorais. Essa é bem apropriada, já que, no momento, lemos sobre "rumores" da cobrança pela informação livre em vários espaços. O autor desse capítulo, Lawrence Lessig escreveu uma boa análise do período de transição que estamos do Read-Only para o read e write:

"Read-Only. Receptores passivos de uma cultura produzida noutro local. Colados ao sofá. Consumidores. Este é o mundo dos media do século XX. O século XXI pode ser diferente. Este é o ponto crucial: pode ser simultaneamente read e write (ler e escrever). Ou pelo menos ler e perceber melhor o ofício de escrever. Ou melhor ainda, ler e perceber as ferramentas que nos permitem escrever de forma orientada ou não. O objectivo de qualquer aprendizagem e desta aprendizagem em particular, é a de «dar capacidade às pessoas para escolherem a linguagem apropriada para aquilo que pretendem criar ou exprimir». Isto permite aos estudantes "comunicar na linguagem do século XXI."

Uma boa leitura!