Persée é um programa de publicação de revistas acadêmicas francesas, muito parecido ao Scielo no Brasil. Seu foco são revistas científicas especializadas em ciências humanas e sociais. O que há de novo é que a base de dados permite a visualização e impressão integral das revistas digitalizadas. Algumas dessas revistas disponíveis, possuem números disponíveis desde o século XIX, como por exemplo, a revista Annales de géographie (desde 1892).



Algo interessante é a utilização de menus mais interativos, onde o pesquisador tem acesso a um ambiente chamado "panorama", onde estão dispostos os grandes eixos temáticos. Esse menu interativo, que traz movimento e som, ao se passar pelas opções, são uma aventura a parte para àqueles que pesquisam as revistas.

Nesse vídeo, a jornalista Arianna Huffington, que é co-fundadora e atualmente redatora-chefe do The Huffington Post, fala a respeito do Jornalismo Cidadão e as repercussões que a internet trouxe a área. Destaca o avanço e as possibilidades que as tecnologias móveis trazem ao jornalismo.
O Twitter é apontando como um desses elementos importantes, devido ao potencial de estabelecimento de rede de informações, mesmo no caso de países onde existe censura aos meios, como no caso das eleições no Iran.

Nesse vídeo, disponível no Reporters' Center do YouTube, a jornalista e âncora da CBS News Katie Couric conversa com produtor Tony Maciulis sobre o que faz uma boa entrevista. São dicas úteis, apesar de já vivenciadas por quem trabalha na área. Mas vale a pena!

O vídeo traz imagens de entrevistas realizadas pela jornalista a personalidades, tais como George W. Bush, Sarah Palin, dentre outros.

The YouTube Reporters' Center

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 17:14 0 Comments

O YouTube lançou o Reporters' Center (Centro de Repórteres) destinado a divulgação de notícias a partir das novas relações estabelecidas com mídias móveis e internet.
O espaço veicula produções das mais diversas, voltadas ao jornalismo "participativo", onde qualquer um pode divulgar a notícia gravada por meio do telefone celular ou mesmo de situações do cotidiano que mereçam uma cobertura jornalística.
O espaço ainda traz vídeos de repórteres famasos no meio americano, dando dicas de como se fazer uma boa reportagem. Nesses tempos de "fim de diploma", vale a aula para quem não aprendeu na faculdade e, mesmo para os "diplomados", uma revisão de como articular os meios tradicionais com a internet.

O Guaraná Antártica produz propagandas memoráveis, com ritmo e som que embalaram muitos adolescentes nos anos 90. Isso ocorreu, muitas vezes, devido a facilidade das letras da música, aliado obviamente a uma sonoridade elegante. Eis alguns desses comerciais que "abusaram" da letra.






Outros, ainda, mostraram situações da vida, tais como os criados pela Duda Propaganda, que criou a série de comerciais de Guaraná Antarctica: Pequenas Grandes Atitudes que Mudaram o Mundo. Esse ficou conhecido como "Torpedo".



Já essa foi elaborada pela DM9DDB para reforçar o conceito da marca:



Essa é uma das últimas que passa:



Esse é o making off. Veja que era o "dinoussauro". Fez muito sentido!

Encontrei o estudo intitulado The nine tribes of the internet no site PEW Internet & American Life Project que apresenta um estudo realizado sobre conectividade sem fio e as estratégias digitais variadas para inserir as tribos diferentes de usuários das tecnologias. O vídeo a seguir traz a apresentação dos dados realizado por Lee Rainie da PEW Internet no dia 10 de junho de 2009.

Desde que o Supremo votou pelo fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão, muito tem se falado sobre o assunto. Diferentemente do Ministro do STF Gilmar Mendes, o Ministro das Telecomunicações, Hélio Costa, apresenta uma posição mais sensata sobre o assunto.

Veja as entrevistas disponíveis.

Dia 18.06.2009


Dia 18.06.2009


Se desejar ler mais sobre a questão, além do que já foi disponibilizado aqui no blog no dia 18.06.2009, sob o título Um dia de choro por um "crime" anunciado.... e de muitas interrogações!, você ainda pode ler:

a) O fim da obrigatoriedade do diploma não significa o fim do jornalismo

b) O problema não está no diploma mas nas escolas de jornalismo

c)Ato em São Paulo pede obrigatoriedade do diploma de jornalista

Boa reflexão!

A identidade visual de uma empresa ou mesmo de um determinado produto tem o potencial de evocar sentimentos, potencializar escolhas e permitir uma identificação clara e inegável.

Algumas delas vivenciei a evolução. Os vídeos a seguir apresentam algumas bem interessantes.

Globo


Globo - Plantão do Jornal Nacional


Record


Record - Vinhetas


Rede Bandeirantes - Vinhetas


Manchete - Jornal da Manchete


SBT - Vinhetas


TV Cultura - Alguns exemplos


TV Tupi - Vinhetas

Google e logos: um show a parte!

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 21:36 0 Comments



Já ouviu falar no Google? Claro, qual usuário de internet já não usou essa ferramenta durante uma pesquisa? A Google é uma empresa desenvolvedora de serviços online, sediada nos Estados Unidos. Foi criada a partir de um projeto de doutorado dos então estudantes Larry Page e Sergey Brin da Universidade de Stanford em 1996.

Algo a parte e que é um verdadeiro show de inventividade são as logomarcas que aparecem na tela de abertura do Google. Algumas delas aparecem nos vídeos a seguir.



Arnaldo Jabor é alguém que dispensa muitas apresentações. Desenvolveu atividades das mais variadas, desde cineasta e jornalista a técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens.
Foi colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde para a TV Globo, no Jornal Nacional e no Bom Dia Brasil. Possui o "dom", para não dizer defeito (no caso dos que por ele são analisados), de tornar engraçado o que verdadeiramente é triste e crítico: uma sociedade amordaçada e alijada de seus direitos.
Alguns desses comentários merecem retrospectiva, inclusive para exercitarmos o poder de crítica ao trabalho desenvolvido.

Nesse vídeo, Jabor critica o "fechar de olhos" do governo para as "alegadas" fanfarrices com o dinheiro público.


Nesse vídeo, Jabor critica os problemas vividos pelo governo Lula e a política do "Pau na Mesa".


O caso Isabella foi terrivelmente coberto pela mídia. Jabor critica duramente as estruturas e como a lei realmente enxerga pouco.


E, por último, já que tanto falamos em preservação ambiental, eis Jabor.


Boa reflexão!

Realidade aumentada

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 20:01 1 Comment

A Realidade Aumentada já é algo que está invadindo o dia-a-dia, graças ao desenvolvimento dos computadores.
Mas o que é realidade aumentada? Basicamente é a integração de elementos do mundo "real" (esse que eu e você transitamos) e elementos virtuais ou dados criados pelo computador. Grande parte das pesquisas em Realidade Aumentada está ligada ao uso de vídeos transmitidos ao vivo, que são digitalmente processados e “ampliados” pela adição de gráficos criados pelo computador. É claro que não param aí: podem incluir o uso de rastreamento de dados em movimento, reconhecimento de marcadores confiáveis utilizando mecanismos de visão, e a construção de ambientes controlados contendo qualquer número de sensores e atuadores, dentre outras possibilidades.
Os vídeos a seguir mostram um pouco de como ela pode ser utilizada:

















Alguns textos também podem auxiliar a compreensão dessa temática, se você tiver interesse. São eles:

Tobias H. Höllerer e Steven K. Feiner. Mobile Augmented Reality.
Mark Billinghurst e Hirokazu Kato. Collaborative Augmented Reality.
Doreen Massey. A Global Sense of Place From Space, Place and Gender. Minneapolis : University of Minnesota Press, 1994.
Ronald T. Azuma. A Survey of Augmented Reality. In: Presence: Teleoperators and Virtual Environments 6, 4 (August 1997), 355-385.
Wolfgang Broll, Jan Ohlenburg, Irma Lindt, Iris Herbst, Anne-Kathrin Braun. Meeting Technology Challenges of Pervasive Augmented Reality Games. In: The 5th Workshop on Network & System Support for Games 2006 — NETGAMES 2006.

Boa leitura.


Eram mais de 23 h de ontem (dia 17.06) quando ouvi uma pequena nota no Jornal da Globo sobre o fim da obrigatoriedade do diploma para os que atuarão na área de Jornalismo.
Durante o dia, senti o clima de "velório sem corpo presente" quando encontrava colegas que, assim como eu, também possuem o diploma de jornalista e que sentiram algo inexplicável ao saber da notícia. Era uma sensação de perda, mesmo não tendo se perdido ainda nada! Essa sensação permeava a conversa entre amigos da área de comunicação e não parou aí.
Na internet, diversos veículos destacaram o fato. Iniciei minha "reconstituição" do crime anunciado a meses, quando da deflagração de possíveis datas para o julgamento do Recurso Extraordinário 511961, interposto pelo Ministério Público Federal e pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que afirmou a necessidade do diploma, contrariando uma decisão da primeira instância numa ação civil pública.
Logo recorri ao site do Supremo Tribunal Federal na expectativa de ter em primeira mão o que aconteceu. A primeira notícia que me deparei tinha uma título muito 'alentador': Supremo decide que é inconstitucional a exigência de diploma para o exercício do jornalismo, para não dizer funesto!


Consolei, como todo brasileiro que vê o seu time perder uma final de copa (como tantas que já perdemos), por saber que foi de lavada: 8 a 1. Não era um engano: 8 dos mais conceituados juristas deixaram claro que não era necessário, ou melhor, era inconstituicional, querer uma formação melhor (é claro que não entrarei no mérito do que é e como está essa formação)!
Extremamente 'confortador' foi a argumentação do ministro Cezar Peluso, na notícia indicada anteriormente, que observou que “não há, no jornalismo, nenhuma dessas verdades indispensáveis”, pois o curso de Comunicação Social não é uma garantia contra o mau exercício da profissão. Daí indagou: “Há riscos no jornalismo?”, questionou. “Sim, mas nenhum é atribuível ao desconhecimento de verdade científica que devesse governar a profissão”, respondeu, ele mesmo. Daí fez uma belíssima conclusão:“há séculos, o jornalismo sempre pôde ser bem exercido, independentemente de diploma”.
Fantástico, só tenho a concordar com o ministro e ainda iria mais longe: a medicina também poderia seguir essa mesma argumentação, já que durante milênios de história humana, o diploma não existia. Esse surge apenas como requisito profissional no final do século XIX (os famosos 'físicos' do século XIX não tinham diplomas ou, quando os possuíam, eram simplesmente atestados deacompanhamento de alguém mais experiente). Se essa será a tônica do século XXI, que venha: façamos isso para todas as áreas (sugiro que a próxima seja o Direito)e esperamos o avanço da ciência, seja lá qual for!
O que mais me aborreceu foi a argumentação do ministro Gilmar Mendes conforme noticiado no artigo Relator vota contra exigência do diploma em nome da liberdade de expressão. Nele, o ministro Gilmar Mendes, disse que no campo do jornalismo não há espaço para o controle ao acesso à atividade, porque isso seria censura prévia, que é expressamente vedada pela Constituição. “O jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada”, disse. Essa argumentação me parece uma grande desculpa, pois poderíamos falar também nesse tom para o Direito, a Medicina, ou mesmo para as Engenharias. Ledo enganho: cada área do saber tem sua linguagem, seu estatuto de cientificidade e, também suas idiossincracias que merecem revisão, não extinção.
O voto minoritário, que ao menos reconheceu um valor intrínseco da profissão, foi o do ministro Marco Aurélio. Na notícia Ministro Marco Aurélio defende formação superior para jornalista, esse defendeu que "o jornalista deve ter uma formação básica, que viabilize a atividade profissional, que repercute na vida dos cidadãos em geral. Ele deve contar com técnica para entrevista, para se reportar, para editar, para pesquisar o que deva estampar no veículo de comunicação” [...] “a existência da norma a exigir o nível superior implica uma salvaguarda, uma segurança jurídica maior quanto ao que é versado e é versado com uma repercussão ímpar, presentes aqueles que leem jornais, presentes aqueles que leem principalmente jornais”. Essa é a questão: competência profissional, fruto de uma formação. Essas competências e/ou habilidades necessárias estão em processo de negociação por meio das Diretrizes Curriculares para a área.
Qual a atitude que os "diplomados" da área tiveram? Encontrei a repercussão disso no blog Webmanário sob a notícia O fim do diploma e o começo de outro jornalismo, que apontava para uma série de postagens Twitter sobre o assunto. Uma delas achei fantástica, pois demonstrava o nível: "faço uma faculdade inútil, publicidade, assim como jornalismo não precisa mais de diploma, vou me formar pra que mesmo? ah claro, dar aula!" ou então "não é preciso mais diploma p/ exercer jornalismo. Não é bom saber q agora p/ mentir ñ precisa mais perder 4 anos da vida?" e, ainda: "ainda bem que meu pai não deixou eu ser fzr facul de jornalismo, daí virei bióloga.... meu diploma tah valendo rsrsrs". Fantástico! Tamanha sensibilidade só vi mesmo em um velório de pescador, quando a família não encontrou o corpo.
Chateado? Não. Perplexo sim. O que fazer? O que não fazer?
Bem, acho que essas questões deixo para quando a notícia for melhor digerida!

E falando em ciência....

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 23:25 0 Comments


Todos que trabalham, ou melhor dizendo, vivem da e na ciência, bem como da problematização do saber científico, são muito afetos a tudo que diz respeito a área. Assim parece ser na grande área das ciências humanas, sobretudo educação e, também, na área das ciência sociais aplicadas, com ênfase a comunicação e seus processos.

Nesse sentido a revista Nature Biotechnology publicou o artigo Science Communication Reconsidered, de autoria do professor de comunicação, Dr. Matthew Nisbet.

No artigo, são apontados 8 passos para uma melhor relação entre ciência, comunicação/jornalismo e produção do saber. São eles:

1. Scientists and science organizations should pursue a trust- and dialogue-based relationship with the public. More forums, conferences, and other public dialog initiatives should be held. The goal is not to persuade or to sell the public on the importance of science, but to "democratize" public input about scientific issues so that members of the public can meaningfully participate in science-related decision making.

2. Scientists and science organizations need to recognize the importance of framing science-related issues. Science communication efforts need to be based on careful audience research. In this regard, different frames of reference should be identified and tested that better communicate the nature and relevance of scientific issues across a diversity of audiences. This research on framing can be used to structure dialogue and to move public discourse beyond polarized arguments and entrenched positions.

3. Graduate students at science institutions should be taught the social and political contexts of science and how to communicate with the media and numerous publics. Graduate students are the future spokespeople and decision makers and need to understand the significance of research in the field of science communication. These programs should include specialized electives for doctoral students but also new interdisciplinary degree programs that combine scientific training with course work in communication, ethics, and policy.

4. Factors that facilitate media hype and errors should be recognized and addressed. Researchers should resist the temptation to describe their studies using hyperbolic metaphors and terminology, such as "ground breaking," and remain true to the significance of a study. Research funding and methodological details need to be included in media coverage so that the public may better assess credibility. Short term gains in media publicity should not be valued over longer term relationship building with journalists, decision-makers, and the public.

5. Science communication initiatives should investigate new forms of digital media and film, moving beyond traditional popular science outlets such as the science beat at newspapers, science magazines, and TV programs such as PBS NOVA. This includes finding ways online to create opportunities for incidental exposure among key audiences not actively seeking news, information, and science-related content

6. Scientific organizations need to track science-related media coverage (whether news, entertainment, etc.) to be aware of the numerous cultural contexts through which the public interprets science. National newscasts, talk radio, blockbuster films, entertainment TV, and late night comedy provide broader audiences with alternative messages about science topics and can be important outlets for science communication.

7. Journalism schools and news organizations should develop a science policy beat to address the gap between journalists covering science and those covering politics. Developing such a beat and training journalists to understand both science and policy would provide important background for science policy debates.

8. New models of journalism--whether foundation, university, or government supported--are needed. The for-profit journalism business model is failing and specialty journalists, such as science journalists, are losing their jobs. In addition, new media formats offer another avenue for public participation, as user generated content can enhance professionally produced content.

De uma forma ou de outra, alguns mais, outros menos, o certo é que não é possível pensarmos em construção do saber, sem levar em consideração esses passos. Mesmo que discordemos de um ou outro (devido a posições filosóficas e/ou ideológicas), não podemos fechar os olhos a necessidade de transformar os espaços em verdadeiras "esferas públicas" do saber.

Esses são os vídeos utilizados durante a exposição que fiz no seminário Mídias Locativas e Educação, durante a disciplina "CIBERESPAÇO, COMUNICAÇÃO E CULTURA" -
TEMA – MÍDIAS LOCATIVAS – COMUNICAÇÃO E MOBILIDADE, ministrada pelo prof. Dr. André Lemos.