Cena da animação "A bela Adormecida"
Quando pensamos em 'vovozinha' a imagem é sempre de senhoras afetuosas e cuidadosas. Mas a animação de hoje apresenta uma outra face para às avós. Ela é intitulada "A Bela Adormecida da Granny O’Grimm", disponível no Vimeo e, foi dirigida por Nicky Phelan e produzida por Darragh O’Connell. A animação ganhou o Oscar em 2009.

A história é de uma vovozinha (com voz de Kathleen O'Rourke) que gosta de contar histórias à sua neta para ela adormecer. Até aí nada demais. Porém, a criança fica sempre aterrorizada porque as histórias da sua avó são sempre assustadoras. Veja, divirta-se e reflita sobre as histórias infantis.


Granny O'Grimm's Sleeping Beauty from Darragh O'Connell on Vimeo.


capa do livro
Está disponível para download o livro "Vitrine e vidraça: Crítica de Mídia e Qualidade no Jornalismo", organizado por Rogério Christofoletti, professor da UFSC. O livro é disponibilizado pela LABCOM Books da Universidade de Beira Interior (Portugal).

O livro é formado por 11 textos, dividos em dois eixos de análise: Da análise e da crítica e Do aperfeiçoamento e do avanço. O foco do livro é a qualidade do jornalismo. Participam da coletêna Luiz Martins da Silva, Danilo Rothberg, Laura Seligman, Josenildo Luiz Guerra, Marcos Santuario, Fernando Oliveira Paulino e Rogério Christofoletti

Segundo a sinopse do livro, disponibilizada pelo LABCOM:
A qualidade implica na autocrítica, no estabelecimento de metas e objetivos, no seu alcance e na avaliação contínua de práticas e processos. O jornalismo não apenas oferece produtos informativos, mas também se insere nas sociedades como um importante elo entre os públicos, ajudando a formar opinião, estabelecendo consensos, alimentando-se de controvérsias. Portanto, discutir qualidade no jornalismo está intimamente ligado ao exercício da crítica de mídia, à reflexão sobre democracia e responsabilidade social. Está também atrelado ao debate sobre a ética, a formação dos novos jornalistas, a inovação e a busca da excelência técnica. Tratar de qualidade conjuga preocupações de ordem econômica, política e metodológica, aspectos que auxiliam a construir novas bases para o jornalismo.
Com isso em mente, temos mais uma publicação importante para uso nos espaços acadêmicos. Boa leitura.


Fonte: Photo Search
O Processo de Bolonha determinou a reestruturação do sistema de ensino universitário na Comunidade Européia, sobretudo a partir de 1999. Porém, essa movimentação iniciou muito antes, "ainda no ano de 1959", como afirma Elisabete Monteiro de Aguiar, da Faculdade de Educação da Unicamp.

Todo esse processo e seus impactos para a educação universitária nos países da comunidade européia foram debatidos no evento "Conversando sobre Graduação: Processo de Bolonha", disponibilizado na íntegra, no sítio do portal Camera Web CCUEC, da Unicamp.

Participam do evento, além da profa. Elisabete, o pesquisador e professor da Universidade de Aveiro, Antonio Francisco Cachapuz. A seguir, você poderá assistir ao evento, caso deseje aprofundar-se nesse assunto.




Unicamp lança novo portal de vídeo

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 08:55 0 Comments

Imagem do sítio CameraWeb
Um novo espaço de pesquisa foi disponibilizado pelo Centro de Computação da Universidade Estadual de Campinas (CCUEC). Trata-se do portal para hospedagem de vídeos. O novo portal é mais rápido, abrangente e fácil de usar do que o anterior, lançado em 1999.

O portal, denominado Camera Web CCUEC, disponibiliza mais de 500 títulos de eventos, palestras e cursos. Grande parte do conteúdo foi feita a partir de transmissões de eventos ao vivo, realizadas por diversas unidades da Unicamp.

Algo interessante do novo portal é a facilidade de intereção com as mídias sociais, tais como Facebook, Twitter, Digg, dentre outras. Vale a pena conhecer e usar os vídeos.

O II Congreso internacional latino de comunicación social: La comunicación social, en estado crítico ocorrerá nos dias 7, 9 e 10 de dezembro, em La Laguna, Tenerife, Espanha.

O evento tem a chancela da Sociedad Latina de Comunicación Social y Laboratorio de Tecnologías de la Información y Nuevos Análisis (LATINA) de Comunicación (Equipo de Investigación registrado en la Universidad de La Laguna).

Veja a seguir as possíveis proposituras, visando a apresentação de trabalhos:

Tema central: La Comunicación Social, en estado crítico.
Mesas de trabajo:
01: Liderazgo político y Comunicación.
02: Cibermedios, ciberactivismo, espacio público.
03: Cine y política.
04: Contenidos audiovisuales y Cibercultura.
05: La ética periodística, mandamiento y oportunidad de negocio.
06: Periodismo y cine.
07: Comunicación alternativa y comunicación para el cambio social. Teoría y experiencias.
08: La responsabilidad social de los medios de comunicación y la (auto)regulación.
09: Mesa de comunicaciones libres.
10: Mesa de jóvenes investigadores.
11: La pluralidad, en el panorama mediático actual.
12: El futuro del profesional de la comunicación en la era digital: Retos y desafíos.
13: Culturas profesionales en el periodismo político.

O evento está aberto a propostas de comunicações científicas, que podem ser enviadas até 31 de outubro. Leia mais.



Propaganda é a alma do negócio

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 10:23 0 Comments

Campanha da Avesso
A Unilever está com uma nova campanha no ar. A campanha foi produzida pela Avesso, empresa de publicidade parceira do Blog do Gipo, e traz o novo conceito da Unilever que é “Cada Gesto Conta”. O foco é comunicar esse modelo de desenvolvimento sustentável defendido pela empresa.

Segundo Daniela Cachich, Diretora de Comunicação Corporativa da Unilever:
Estamos falando de um mundo melhor para todo mundo. No desenvolvimento dessa campanha focamos muito na questão da multiplicação dos gestos. Onde cada gesto pode parecer pequeno, mas se multiplicado por muitas pessoas, são muito grandes e tem um impacto muito forte.
A campanha é composta por cinco filmes, cada um focado em um produto da Unilever: Becel, Comfort, Dove, Lifebuoy e Omo. A criação da campanha é de Anselmo Ramos, Vice-Presidente de Criação da Agência Ogilvy. Veja os bastidores e entenda por que propaganda é a "alma" do negócio:




povo recebendo em aplauso seu rei
Imagem da animação
Vez por outra, encontramos uma animação que vale a pena a atenção. É o caso da animação Polônia, apresentado na Expo 2010 e, que em pouco mais de 8 minutos, traz a história da Polônia, desde seus tempos remotos até o presente.  O vídeo está disponível no Vimeo.

Por exemplo, os momentos da II Guerra Mundial retratados na animação são bem elaborados, apresentando os momentos políticos mais significativos e a transição do nazi-facismo para o socialismo e, de lá, para as greves que levaram a transformação do país e sua entrada na comunidade européia.

De fato, a montagem dos momentos marcantes é muito bem feita e, a qualidade, excepcional. Vale cada minuto gasto. Além, é claro, de se conhecer mais sobre a história do país. Bom domingo!


The Polish history(2010 Shanghai Expo) from Lotuspole on Vimeo.


É importante estarmos atentos ao que acontece na área. Mais ainda quando o assunto é convergência de mídias. Recebi a pouco a mensagem da colega Graciela Selaimen  do NUPEF, sobre I Seminário Internacional Convergência das Mídias – Regulação para a Cidadania.

Veja os detalhe a seguir, com texto produzido pela colega :

O Instituto Nupef e o PEIC – Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia política da Informação e da Comunicação (PEIC-ECO-UFRJ) realizam, nos dias 3, 4 e 5 de novembro, o I Seminário Internacional Convergência das Mídias – Regulação para a Cidadania. Com este evento, pretendemos obter como resultado um conjunto de reflexões sobre os impactos das políticas de comunicação no cenário de convergência tecnológica sobre os direitos de cidadania – no Brasil e em outros países iberoamericanos.

O Seminário acontece nos dias 3, 4 e 5 de novembro na Casa da Ciência da UFRJ, no Rio.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail peic@eco.ufrj.br

Confira a programação:

3 de Novembro

14h-16h30 : Credenciamento
17h: Abertura
· Ivana Bentes, Diretora da Escola de Comunicação da UFRJ – ECO/UFRJ;
· Henrique Antoun, vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da UFRJ – ECO-Pos/UFRJ;
· Suzy dos Santos, Coordenadora do Grupo de Pesquisa Políticas e Economia política da Informação e da
Comunicação
. Carlos Afonso, Diretor Executivo do Instituto Nupef
17h30: Conferência de abertura
Sérgio Capparelli, fundador e pesquisador Sênior do Grupo de Pesquisa Políticas e Economia política da Informação e da Comunicação

4 de Novembro

14h-16h: Mesa 1: Cenários das políticas de comunicação para a convergência: Europa, América do Norte, América Latina.

· Becky Lentz, McGill University, Montreal, Canadá;
· Guillermo Mastrini, Universidad de Buenos Aires, Argentina;
· Luis Albornoz, Un. Carlos III de Madrid, Espanha
Moderação: Micael Herschmann, ECO-UFRJ

17-19h: Mesa 2: A questão do espaço no mundo convergente: local versus global

· Andrew Calabrese, University of Colorado, EUA;
· Othon Jambeiro, Universidade Federal da Bahia;
· Suzy dos Santos, Eco-UFRJ.
Moderação: Henrique Antoun, ECO-UFRJ

5 de Novembro

14h-16h: Mesa 3: Cidadania e convergência no Brasil: mapa atual e perspectivas

· João Brant, Coletivo Intervozes;
· Lisa Gunn, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor-IDEC;
· Marcos Dantas, Eco-UFRJ
Moderação: Sayonara Leal, LAPCOM-UNB

17h-19h: Mesa 4: Diversidade cultural e a convergência das mídias: possibilidades e desafios do conteúdo não comercial

· Gabriela Warketin de la Mora, UNESCO/ Universidad Iberoamericana, México;
. Regina Lima, Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa);
· Murilo César Ramos, Conselho EBC/Laboratório de Políticas de Comunicação-UnB.
Moderação: Graciela Selaimen, Instituto Nupef


imagem do times group com dois elefantes
Imagem do Times Group
Quando se fala em emprego, não há como não pensar em uma certa estabilidade. De fato, essa chamada "estabilidade", que pressupõe uma carteira assinada, direitos trabalhistas e certos benefícios sociais, está cada vez mais difícil. Quando aparece, as competências exigidas estão muito além dos recém graduados e, até, de muitos jornalistas experientes.

Veja o caso do anúncio de emprego para trabalho no The Times Group. Ele destina-se a suprir vagas de editores, designers, ilustradores e artistas gráficos na Índia. O interessante do anúncio, é o conjunto de competências/habilidades exigidas. Segue anúncio, caso algum colega se enquadre e esteja com vontade de conhecer outras partes do globo a trabalho:




nascimento de uma estrela
Foto: NASA
Lembro-me de que quando criança, assistia o programa do astrônomo Carl Sagan. Deliciava-me com o sonho de ver as fotos, bem simples, dos satélites dos anos 1970. Eram imagens toscas, mas que me deixavam fascinado com a tecnologia.

Decidi testar o Google Earth 5.2, que tinha ouvido falar, mas o tempo não permitia o luxo. Fiquei muito feliz com o resultado. É possível fazer passeios fascinantes, não apenas pela terra, mas pelo céu, por Marte e pela Lua. 

O passeio pelos céus deixaria Carl Sagan de boca aberta: são imagens belíssimas e, com um toque de interatividade, já que é possível colocar fotos e informações atuais com muita facilidade. Veja a sensação que tive com o passeio pela Galáxia de Andrômeda:


E para quem quiser matar a "saudade", segue um pequeno vídeo de um dos episódios de Cosmos, com Carl Sagan (Dublado):



Caso queira ver um episódio sem dublagem:



símbolo do nvda
Sigla do NVDA
O Blog do Gipo tem como meta levar informação acessível ao maior número possível de pessoas. Dessa forma, ao longo de sua criação, vem testando ferramentas que visam facilitar o acesso de pessoas com baixa acuidade visual (visão subnormal).

Vencida essa primeira etapa, estamos implantando o uso da ferramenta NVDA para acesso do conteúdo a cegos. O NVDA ou leitor de "Non Visual Desktop Access", tem licença GPL (sigla em Inglês para "LICENÇA PÚBLICA GERAL GNU"), de autoria da Fundação para o Software Livre e adotada pelos sistemas GNU/Linux e outros.

Como funcionará esse processo? Lembrando que o Blog do Gipo é um sítio pessoal, mantido apenas pelo autor, nos próximos meses migraremos algumas funcionalidades, visando facilitar a utilização. Desde já, é possível testar o NVDA por meio do símbolo presente em todas as páginas do Blog do Gipo. 

Passos de implementação

Ao clicar na imagem estilizada que representa a sigla NVDA, um programa executável será aberto (não se assuste com isso!). Salve-o em seu pen drive, pois poderá utilizá-lo em qualquer computador.


Esse programa está compactado (podendo ser acessado via .zip, .rar ou assemelhado). Após a descompactação, procure o arquivo "nvda.exe" e clique duas vezes. Com isso, o programa ficará ativo em seu computador (ou em qualquer um que usar. Lembre-se: essa versão não instala nada no computador que está usando. Caso queira uma versão permanente em seu computador, vá ao sítio da NVDA).

Tenha paciência para ajustar o programa, pois ele irá reconhecendo e sintetizando a leitura. Caso queira trocar a voz utilizada ou fazer outros ajustes, clique com o botão direito em cima do símbolo NVDA na barra inferior do navegador (windows ou linux) e vá testando o som e funionalidades que melhor se aproxima de suas necessidades.  


Por que hoje é domingo

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 09:42 0 Comments

imagem de uma onda gigante
Imagem do vídeo Natural Re-sasters
Uma animação bem diferente foi escrita por Aaron Becker, Jason Esser e Michael Cone, tendo como animadores Ryan Sneddon, Michael Cone e Chris Green. É intitulada Natural Re-sasters e está disponível no Vimeo.

A história nos transporta para o ano de 2067 e, diferente do que imaginamos quanto as catástrofes naturais, a idéia dos escritores é aproveitar engenhosamente esses eventos para o bem da humanidade. É um sonho interessante, mas vale a reflexão, já que alguém pode pensar em tornar algo disso em realidade. Bom domingo.



Natural Re-sasters from michael cone on Vimeo.


cartas antigas diversas
Essa é uma história bem intrigante. Ouvi a alguns meses a chamada na TV e não peguei a história, mas encontrei a notícia publicada no jornal inglês Western Gazette, que relata a entrega de um cartão postal enviado da África do Sul em 1957 e que chegou apenas em 2010 ao destino.

O postal foi entregue em Dorset, no sudoeste de Inglaterra e é endereçado a um tal de "J.C. Belsey". Esse encontra-se nas mãos dos funcionários do centro de educação ambiental Monkton Wyld Court, que não tem idéia de quem é, ou era, o destinatário. A suposição era que possa ter sido um aluno, funcionário ou professor do centro.

Segundo o jornal português I-online, quando indagado sobre o que aconteceu ao postal para que demorasse tanto tempo a chegar ao destino, um funcionário dos correios da Grã-Bretanha, disse que “era difícil especular sobre o que aconteceu”, mas que era “extremamente improvável que o postal tenha permanecido nas instalações tanto tempo”. 

Essa é, espero, uma das últimas "peripécias" da jeito de se comunicar via carta. Vamos aguardar para verificar se algum e-mail 'se perde' no tempo....
Leia a notícia


pessoa africana com falta de agua
Fonte: Blog Action Day
O Blog Action Day é um movimento mundial, composto por blogueiros de diversos países. O Blog do Gipo tem participado desde 2009 e, neste ano, a temática é destinada a preservação das águas.

Segundo o sítio do Blog Action Day, "mais de 1 bilhão de pessoas carecem de água no planeta". Em contrapartida, informa o sítio, "o desperdício de água é imenso no planeta, principalmente por parte de países industrializados. Por exemplo, para produzir um hambúrguer se gasta cerca de 24 litros de água. Isso significa que se consumiriam 19,9 bilhões de litros de água para fazer apenas um hambúrguer para cada pessoa na Europa", aponta.

Qualquer que seja a situação, a realidade é clara: temos de preservar nossos manaciais e rios, sob pena de ter um futuro sombrio.


imagem do sítio do jornal guardian
Quando se fala em potencializar a notícia, muito se pensa nos desdobramentos que essa possa ter, nas séries que dela podem eclodir, mas pouco ou quase nada se fala sobre o que os comentários podem agregar ao conhecimento.

Parece que, apesar de tanto falarmos em participação e interação com o leitor, pouco se faz com o que ele produz de informação nos comentários.

Essa é a conclusão que Paul Bradshaw, jornalista e professor da Birmingham City University e da City University, ambas em Londres, chegou em um artigo intitulado "Stories hidden in the data, stories in the comments". Nesse artigo, Bradshaw comenta uma notícia publicada no The Guardian sobre evsão fiscal e um infográfico produzido para ilustrar os percursos do desvio monetário.

Até aí, nada de novo. Mas algo realmente "novo", foi a indicação e a problematização que ele passou a colocar em pauta sobre o uso dos comentários. Os comentários agregam valor as informações, atualizando-a e, em diversos momentos, contestando as informações apresentadas.

Para Bradshaw, o The Guardian ultrapassa seus rivais editoriais por dar atenção aos comentários e agregar mais e "novas" informações as notícias produzidas. Essa interação entre editoria e usuários, produz uma colaboração que ultrapassa a produção "econômica" da notícia, tornando-a mais "social".
De fato, o "novo" olhar sobre os comentários pode potencializar a notícia, amplificando seu impacto.

Pena que a resistência ainda é grande em aceitar que o leitor não é um sujeito passivo, que a produção de notícia é de mão dupla. O espaço da internet permite essa interação de forma mais ampla. Vamos ver como os jornais se portam quanto a essa questão.


capa do livro didatico com palestinos e israelenses
Foto: Haaretz
Muito se diz do potencial da educação na superação de conflitos. De fato, a educação tem, em potência, a força motriz para a paz. Mas, em potência, não quer dizer, obrigatoriamente em ato. É o que vivenciam os espaços educativos na Palestina e em Israel.

O novo conflito é pedagógico e tem um livro didático como centro dessa nova "tormenta". A reportagem foi publicada pelo jornal israelense Haaretz.  Segundo o jornal, "o livro didático de história oferece aos alunos as narrativas centrais dos palestinos e do movimento sionista". É fruto de um projeto que visa aproximar os dois países, por permitir o conhecimento e a problematização da história em ambos os lados desse conflito. O livro foi resultado de uma colaboração conjunta entre israelenses e palestinos, financiados por um grupo sueco, para promover a convivência através da educação.

Mas parece que não está dando muito certo. Na Palestina, o livro foi adotado para utilização nas escolas, mas em Israel, foi prontamente proibido. É uma pena que o discurso da paz, seja apenas um discurso. Que seja mais fácil mantém o estigma de que o "outro" é o criminoso e que deva ser combatido. Vamos esperar que os impactos na Palestina deste material seja positivo e que, em Israel, se revejam as posições adotadas.


fotografia de jane macgonigal
Foto: TED
Jane McGonigal é designer de jogos online. Em recente palestra para o TED, ela defendeu que os jogos online poderiam mudar o mundo.

Segundo McGonigal, precisaríamos gastar cerca de "21 bilhões de horas por semana" para vencer os problemas como fome, conflitos globais, pobreza, mudanças climáticas e, até obsidade.

Brincadeira? Não é o que parece. Ela está bem certa dessa possibilidade. De fato, McGonigal desenvolveu um jogo online multiplayer chamado Superstruct, onde os jogadores organizar a sociedade para resolver problemas que vão enfrentar no mundo em 2019.

Quais os elementos de sua argumentação, que dão base? Ela aposta que jogando, desenvolvemos competências que nos motivarão a transformar o mundo que vivenciamos. Parece ingênuo acreditar nisso? E é mesmo. Mas será que, ao invés de tentarmos soluções "mirabolantes e complexas", não teríamos bons resultados com algo mais simples, tal como um jogo?  Bem, assista a palestra (tem legendas em português e em outras  20 línguas) e veja as argumentações que ela tentou construir. Tire suas conclusões e, se desejar, partilhe conosco.





fotografia de kirk citron
Fonte: TED
Essa é uma constatação bem real: que faremos com tantas notícias? Kirk Citron, publicitário e coordenador do projeto The Long News, que pretende preservar as notícias que terão impacto nos próximos séculos, apresentou alguns argumentos sobre a noticiabilidade.

Citron, relembra no vídeo a seguir, que temos de ser seletivos no meio deste verdadeiro caos comunicacional. Para exemplificar, ele traz os números da Reuters, que publica por ano, cerca de 3,5 milhões de notícias. E essa é apenas uma fonte! "Mas quantas dessas histórias realmente terão importância a longo prazo?", problematiza ele em sua fala.  

De fato, a seletividade da informação é essencial, mas cabe uma cautela: quem definirá o que será importante daqui a 100, 200 ou 500 anos? Quem selecionará qual notícia virará história, sendo preservada e mantida? Temo pela manutenção da prática medieval de preservar apenas a história dos vitoriosos, dos grandes acontecimentos e, deixarmos para trás, as histórias das pessoas de carne e osso, dos pequenos grupos, dos esquecidos sociais.





imagem da jornalista do cqc
Repórter do CQC
O programa CQC da Rede Bandeirantes mistura elementos do jornalismo investigativo com muito humor. Um desses momentos, retrata a falência que parece existir entre "nossos"  deputados.

Longe de ser exemplos, alguns desses tratam a repórter com falta de educação, além, óbvio de não terem a mínima idéia do que assinam nos corredores.

Falta muita maturidade e jogo de cintura nesses representantes do povo brasileiro, para sair de situações vexatórias sem ser rude e violento. Pena que fechamos os olhos a isso.

Veja o vídeo. Ele apresenta uma petição de um fictício deputado que solicita apoio para inclusão de um novo item na cesta básica: a cachaça. Vale as risadas e também a reflexão.





fotografia de carlos wagner
Jornalista Carlos Wagner. Foto: Zero Hora 
Ricardo Stefanelli, diretor de Redação de Zero Hora, escreveu para o Blog do Editor - A vida na Redação, um artigo bem interessante. Ele intitula-se "A réplica do contador de histórias" e, destina-se a uma reflexão sobre o trabalho do jornalista Carlos Wagner na redação do Zero Hora.

Durante todo o artigo, Stefanelli lembrou os percursos de Wagner, desde entregador de jornais à jornalista diplomado e atuante dentro da redação do Zero Hora.

Essa reflexão, fruto de uma vivência e do trabalho compromissado, aponta para uma série de competências que todo jornalista deveria pensar seriamente. Stefanelli frisou:
– Nunca ouvi uma fonte se queixar da postura ou da ética de Carlos Wagner, mesmo os mais atingidos pelo texto que já esfarelou biografias sem solidez e colocou outros na cadeia;
– Nunca vi um editor – nem advogado – inseguro diante de uma reportagem de Carlos Wagner, pois ao longo de três décadas ele mostrou que conhece os atalhos para o jornalismo preciso e sem retificações;
– Apesar de poucos cabelos, os existentes em Wagner são brancos, um outro símbolo desta Redação, que valoriza a mescla entre a inquietação dos mais jovens e a sapiência das mentes maduras;
– Por fim, mas não menos importante, é bom conviver com um experiente reporteiro que nunca titubeia quando interrogado sobre a melhor matéria de sua vida: “é a próxima”, gosta de dizer.
Essas são competências que não podemos ensinar. Podemos filosofar à respeito, mas transferi-las para a ação jornalística, é algo praticamente impossível, já que partimos do pressuposto que a educação é algo imanente. De fato, ao lermos memórias de colegas jornalistas, vemos a importância do querer, da motivação e da própria 'libido' pela área.

Será que conseguimos fazer nossos alunos sentirem a mesma vontade? Está posto aqui o desafio. Com a palavra nossos acadêmicos.


imagem da animação
A animação Salesman Pete, dirigida por Marc Bouyer, com participação de Max Loubaresse e Anthony Vivien, conta a história de um vendedor que é também um agente secreto com poderes extraordinários. O blog da animação, com o mesmo título, traz material extra bem interessante.

O trabalho apresenta uma qualidade visual muito boa e, acima de tudo, é bem divertido. Alguns clichês são reforçados na animação, mas dá para aguentar. Tive algumas boas risadas em algumas cenas e, nesse sentido, você poderá ter o estresse diminuído ao relaxar e curtir essa animação. Bom domingo!


Salesman Pete from Salesman Pete on Vimeo.


pessoa com a boca amordacada
Quem disse que a militância estudantil é coisa do passado está enganado. Pelo menos é o que os estudantes russos de jornalismo tem mostrado.

O Portal Imprensa divulgou a ação de estudantes de jornalismo para protestar contra a inércia do governo do primeiro-ministro russo Vladimir Putin em relação aos casos de violência contra jornalistas e a repressão a dissidentes.

O calendário traz estudantes com uma mordaça (bem discreta, por sinal) e, segundo o Portal Imprensa, as estudantes
fotografadas com uma mordaça em forma de x, questionam atitudes de Putin e cobram medidas do primeiro-ministro. "Quem matou Anna Politkóvskaya?", jornalista assassinada há quatro anos e "Quando vão libertar Mijáil Jodorkovski?", fundador da petrolífera Yukos, preso desde 2003, são algumas das questões apresentadas no calendário "Vladimir Vladimirovich, temos algumas perguntas".
O calendário completo pode ser visto no sítio do fotógrafo Sasha Utkin. Vale a reflexão do que nossos alunos tem produzido e da "aparente" inércia dos professores.


foto de reinaldo fernandes
Reynaldo Fernandes, membro do CNE
O Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão vinculado ao Ministério da Educação, colocou na pauta do dia 08.10.2010, uma audiência pública para debater as diretrizes curriculares do curso de Jornalismo.

Estiveram presentes representantes de universidades federais e privadas, estudantes, pesquisadores, professores e entidades da área. O tema central da audiência foi a proposta apresentada por uma comissão formada a pedido do Ministério da Educação (MEC). Essa era composta por especialistas da área de Jornalismo, sendo presidida pelo professor José Marques de Mello.

Repercutindo a audiência, o sítio Jornalismo, mantido pelo prof. Gerson Martins, apontou para a possibilidade de participação. Segundo Martins,
Na audiência, a Comissão do CNE abriu para que os presentes pudessem expor os argumentos sobre o conteúdo do documento das Diretrizes. Segundo o conselheiro Reynaldo Fernandes, houve uma consonância nas exposições, o que facilitará o trabalho de produção do relatório. Destacou também que poderão ser encaminhadas contribuições pela internet, por meio do correio eletrônico audiencia.jornalismo@mec.gov.br.
Segundo notícia veiculada no Estadão.com, sobre a audiência pública,
Entre os principais pontos discutidos na proposta estão a separação do curso de Jornalismo do curso de comunicação social; a obrigatoriedade de um estágio supervisionado, visando ao aperfeiçoamento entre teoria e prática; e a inclusão, oficial, da assessoria de imprensa como disciplina.O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, ressaltou que a proposta do MEC vai contribuir para que os profissionais saiam das faculdades mais preparados para o mercado de trabalho. “O jornalismo é uma atividade profissional e esse documento atesta isso.” No mesmo sentido, o presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Spenthof, defendeu a proposta de diferenciar o jornalismo da comunicação social. Para ele, existe o jornalista, o publicitário e várias outras profissões ligadas à comunicação. “Não existe o profissional de comunicação social. Isso inexiste.”
Vamos ficar atentos e ver como se desenvolverá essa disputa, que agrada e desagrada o mercado consumidor dos egressos da área.

A animação Sintel, produzida pela Fundação Blender, tem chamado atenção. Ela foi dirigida por Colin Levy e produzida com parte do financiamento de doações. A animação foi realizada com participação de dezenas de artistas de vários cantos do mundo.

A história concentra-se na busca de um animal - um bebê dragão - que foi raptado. Os efeitos são muito bons e, a história, reforçada pela qualidade das cenas. Vale a pena assistir.




Algum tempo atrás assisti a um debate sobre a questão da identidade latino-americana. A proposta da atividade era preparar o professor da escola pública brasileira para desenvolver o conceito do que é ser “latino-americano”.

E essa é uma questão por demais complicada. Apesar da convenção de que existe “uma América Latina”, com características próprias e culturas “próximas”, essa não passa de uma convenção, uma percepção. O que de fato temos são múltiplas e, às vezes, conflitantes culturas e políticas na América Latina. Tudo bem que é importante termos um fortalecimento das relações com outros países, mas forçar a criação de uma “cultura de bloco” é algo que não surge da noite para o dia. Daí o esforço de órgãos governamentais para que isso seja uma construção das gerações futuras, ensinado na escola. Um verdadeiro processo de aculturação (para lembrar das aulas de sociologia!). 

Mario Vargas Llosa, escritor peruano erradicado na Espanha, em entrevista a revista TAM nas Nuvens, edição nº 34 de outubro/2010, revelou sua visão sobre essa complexa questão. Quando indagado sobre a importância de reelaborar um país e uma cultura em outro país, Vargas Llosa afirmou algo que nos dá algumas pista para pensar
Para mim, isso sempre foi fundamental. Porque eu vivi mais tempo fora do Peru do que no Peru. Isso me deu uma visão mais objetiva. Conhecemos melhor nosso país quando viajamos ou saímos dele. Conseguimos, então, enxergar e julgar melhor as distorções que, muitas vezes, o patriotismo produz. Posso dizer que descobri a América Latina na Europa. Eu não me sentia latino-americano enquanto vivia no Peru. Aqui descobri que era um latino-americano, que participava de uma comunidade, que tinha uma série de denominadores comuns, tradições, problemas, uma missão cultural. Ao mesmo tempo, a experiência de viajar foi imprescindível. Viajar me salvou de uma certa visão estreita, nacionalista e provinciana.
Essa visão de Vargas Llosa reforça o que parece ainda ser distante do discurso brasileiro: noção de uma comunidade, com denominadores comuns, tradições, problemas e uma missão cultural. Uma rápida olhada na história brasileira, mostrará que nos alinhamos no século XIX com uma visão europeizante e, em meados do século XX, com uma visão norte-americana de mundo. Nossos livros de história reforçam esses valores e, a América Latina passa muito, muito longe de nossas cabeças. Quando lembramos, é para reforçar a instabilidade econômica e política, como o recente caso do Equador ou mesmo os devaneios de outros presidentes da região. 

Olhando para os processos formativos em jornalismo, esses valores são reforçados. Parece não existir uma “América Latina” que produz e faz comunicação, que ensina jornalismo e que vive a notícia. Nossos olhares são direcionados para a Europa e a América do Norte. Raros são os cursos que destacam o jornalismo na América Latina e, salvo raras e louváveis iniciativas, lemos algo de colegas da região. Essa é uma questão pedagógica importante para a revisão dos projetos pedagógicos de curso, que pouco ou nada apontam para uma possível aproximação com a temática. 

Outra questão é se queremos isso. Como brasileiros, entendemos a dificuldade que é inerente a um país continental, com múltiplas culturas. Entendemos que a unidade não quer dizer homogeneidade. Aceitamos certo conceito de “brasilidade”. Mas, será que estamos preparados para investir em um conceito de latino-americanidade?