Caminho(s)? |
Na cadeira ao lado da minha, estava o Ministro Gilmar Mendes (STF), o mesmo que teceu comentários, ao que parece, nada amistosos sobre o fazer do profissional do jornalismo e a obrigatoriedade do diploma da área. Durante todo o percurso de um pouco mais duas horas, ele não ficou um instante sem ler as páginas dos jornais. Por meio de seu iPAD, passou pela Folha, pelo Estadão e ficou um bom tempo "folheando" o Valor Econômico, além de revistas correntes. Fiquei pensando se a "confiança" que o ministro tinha ficou (ou ficará) abalada no que é expresso nas páginas dos periódicos.
É claro que demorará para os efeitos serem sentidos (se é que serão nessas grandes empresas jornalísticas, com profissionais cristalizados em suas editorias). Esses efeitos serão sentidos com mais propriedade nos rincões do Brasil. Mas do ponto de vista formativo, já o sentimos: cursos sendo fechados (pelo menos aqui no Tocantins), perda do entusiasmo pela carreira (que já sofria desgastes), falta de perspectiva financeira, etc.
De qualquer forma, achei bastante interessante, a posição do jornalista Antoni María Piqué, no vídeo a seguir, que falando sobre a formação em jornalismo e a ação profissional soltou uma "pérola". Segundo Piqué: "25 años después ninguno de los periodistas buenos que conozco se ha hecho millonario, pero todos son felices”. Concordo que milionário são poucos (e na realidade de Piqué, nenhum), mas felizes, já é uma outra coisa. De fato, muitos estão felizes com a profissão. Resta saber se é suficiente para atrair novos atores para a área.
Veja o vídeo com as posições de diversos colegas sobre o ser jornalista. Ele foi disponibilizado pelo sítio Los 1001 Medios:
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