Situação difícil da profissão. Crédito foto. |
Que a desregulamentação da profissão de jornalista iria produzir rupturas na forma de se tratar a profissão, já era esperado. Mas não proveniente de uma instituição de ensino que mantém um curso de graduação em Comunicação Social/Jornalismo. Foi o que parece ter ocorrido no Centro Universitário UnirG, em Gurupi (TO).
Rodrigo Fernandes Martins, que preside o Centro Acadêmico (CA) de Comunicação Social da UnirG, publicou hoje no jornal comunitário tocantinense "A boca do Povo" uma nota de repúdio onde indica que a assessora de comunicação da casa, jornalista diplomada, foi trocada por um advogado.
Segundo a nota,
O cargo de Assessor de Comunicação da Fundação UnirG, que era ocupado pela jornalista Giselle Raffi, formada na casa, agora é ocupado pelo advogado Heráclito Suitter. Nada temos contra o referido advogado, mas não podemos ficar calados diante de tamanho desrespeito e desvalorização que a UnirG está tendo com o próprio curso que oferece. Enquanto outras instituições de ensino lutam pela valorização do diploma do Curso de Jornalismo, a UnirG, com esta atitude, deixa a entender que concorda com a lei aprovada em 2009. Entendemos que se trata de um cargo de confiança e que sempre quando há mudança de presidente na instituição é feita também a mudança de vários gestores, mas a UnirG deve tomar cuidado para não dar um tiro no próprio pé. O Centro Universitário deve zelar pela imagem de todos os cursos que oferece. Tendo um Curso de Comunicação Social na casa é inconcebível que os cargos da área não sejam ocupados por jornalistas. Isso é declarar que o curso não tem serventia, o que é um absurdo, pois trata-se de um serviço prestado pela própria instituição.
De fato, é uma lástima que uma instituição formadora prefira optar por alguém que não é da área. Mais ainda, quando pensamos em avaliação institucional, perde-se nessa quando um egresso, anteriormente valorizado, é substituído. Além disso, o próprio corpo discente da instituição começa a colocar em dúvida a usabilidade de sua formação, como se percebe na nota de repúdio do CA. Vamos esperar os desdobramentos e ver se o Sindicato dos Jornalistas do Tocantins irá se manifestar.
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