Foto tirada no Times Square em 1945
O ato de conhecer/saber quem foi alguém era um evento que levava tempo, em alguns casos, meses ou até anos. Como o caso da famosa foto da enfermeira, vestida de branco, beijando um marinheiro, que ficou conhecida mundialmente.

A fotografia foi tirada na Times Square de Nova Iorque, em 1945. As identidades (dela e dele) demoraram muito para ser de conhecimento geral. Com as tecnologias, as distâncias se encurtaram e também o anonimato, que antes revestia as pessoas.

A figura pública, não é mais apenas do famoso. Qualquer um o pode ser e, depois da criação das marcações digitais (photo tagging), aí é que ninguém estará oculto.

A marcação digital ou photo tagging constitui-se no processo de reconhecer as fisionomias e atribuir-lhes identidade. No Facebook e no Flickr isso já é uma realidade, permitindo que o(a) autor(a) da foto, informe quem são os membros daquela foto, além de seus contatos.

Em que isso contribui? Em muito: do ponto de vista profissional, a marcação digital permite localizar facilmente os envolvidos em algum evento específico, diminuindo o tempo gasto nos processos; do ponto de vista historiográfico, se cria um "história das fotografias" ou mesmo facilita a "história das pessoas" que circundam determinado sujeito, em certo período histórico, contribuindo para a percepção do pesquisador que estuda a situação.

Por exemplo, se daqui a algumas décadas, um historiador e/ou outro curioso quiser estudar uma cena cotidiana, como uma partida de futebol ou um show musical, esse poderá consultar as marcações e localizar pessoas que estiveram presentes naquele momento específico. Parece longe da realidade? Mas não é!

Maior marcação digital de foto
Veja, por exemplo, a foto do Glastonbury Festival, que quebrou o recorde como a maior tag de imagem online, com 9.249 espectadores (até o momento) que se identificam na foto. Pense no potencial de histórias e memórias. E isso só está começando.


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