Essa é uma questão bem complexa. A ética é sempre evocada quando parece que a situação entrou em um certo nível (ou abaixo dele!). De fato, a ética é muitas vezes confundida com moral e, aí, a confusão amplia-se.
O que sempre me ajuda a entender essa diferença são algumas características presentes em ambas: a moral, tem prática imediata (está presente no discurso individual,influenciando os nossos juízos e valores de forma constante), é restrita (depende de cada indivíduo) , é histórica (evolui ao longo do tempo e difere também espaço, variando pelos constumes) e é relativa (pois seguem um determinado código, que varia de sujeito para sujeito). Já a ética é uma reflexão filosófica sobre a moral, procura justificar a moral, sendo o seu objeto um guia a ação e, tem o objetivo de guiar e orientar racionalmente a vida humana.
É por aí que a Escola de Jornalismo da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, debruçou-se sobre a ética (ou uma proposta de nova ética). O objetivo desde encontro foi aprofundar os aspectos já levantados no encontro de janeiro, que problematizou parâmetros éticos para as novas redações investigativas (relatório).
É muito interessante notar que, a preocupação não é apenas com a ética voltada para os grandes jornais, mas a "ética" (que hora se confunde com moral) praticada pelos pequenos veículos, mantidos principalmente por entidades sem fins lucrativos e/ou fundações. Dentre os pontos nevrálgicos desse relatório, estão a independência, a transparência sobre o patrocínio, as regras claras sobre os conflitos de interesse, e a comunicação franca com potenciais apoiadores, como aspectos centrais para esses novos veículos.
Você poderá ler todo o material produzido e assistir aos vídeos da conferência no blog criado especialmente para o evento. Via Webmanario.
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