Você já ouviu falar em lábio leporino? O nome talvez lhe seja desconhecido, mas a imagem de uma pessoa com desenvolvimento incompleto do lábio e/ou do palato, talvez lhe seja familiar. Pois é, esse desenvolvimento incompleto ocorre enquanto o indivíduo está sendo formado no útero, onde o lábio e o palto (popularmente chamado céu da boca) se desenvolvem separadamente.
Estudos realizados no Brasil, apontam que de cada mil nascimentos, ocorre uma variação de 1,54 a 0,47 indivíduos nascidos vivos que apresentam desenvolvimento incompleto do lábio. Isso representa "aproximadamente 260.908 portadores de fissuras labiopalatais no país", reforça estudo realizado por Biazon e Peniche, publicado em 2008. Também existe uma vasta literatura médica sobre o assunto disponível online, caso queira saber mais.
De qualquer forma, as políticas brasileiras desenvolvidas nas últimas décadas tentam diminuir o sofrimento desses cidadãos que vivem um isolamento social e, na maioria das vezes, são estigmatizados pela comunidade local, seja por preconceito social, seja pela própria ignorância.
O problema se concentra na classificação dessa situação. Normalmente, a cirurgia reconstrutiva, chamada de palatoplastia, não é considerada de emergência, podendo se arrastar por meses e até anos, antes da total reconstrução. No Brasil, apesar dessa situação, o governo ainda assume a responsabilidade por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mas em diversos cantos do mundo, as pessoas acometidas do desenvolvimento incompleto do lábio dependem da ação de entidades sem fins lucrativos e assistenciais para terem apoio. É o caso da Smile Train, que tem desenvolvido ações de reconstrução facial em diversos cantos do mundo. Veja o vídeo a seguir e, se possível, colabore para diminuir o sofrimento de milhares de jovens.
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