Vez por outra encontro em livros que falam da história da mídia referências a uma "época de ouro" do jornalismo. Alguns dizem que os anos 1930 e 1940 foram as décadas do crescimento jornalístico e nada se compara a essa época. São épocas de grande saudosismo para esses.
De fato, foi a época das grandes "indústrias jornalísticas" que surgem como impérios pessoais, não apenas no Brasil, mas por todo o mundo. Eram épocas em que as prensas não podiam parar e as máquinas imperavam nos espaços de escrita. Mas não foi uma "época de ouro" para todos. Realmente, foi dourada apenas para quem ganhou muito, seja o glamour, o reconhecimento/premiação, seja o dinheiro que isso proporcionava.
A ponta dessa cadeia produtiva, a força de trabalho que era o "rosto desconhecido da notícia", o distribuidor de rua, sempre foi o elo mais fraco. Algumas imagens dessa época dourada foram preservadas pelos clics de Lewis W. Hine, que retratou o trabalho infantil e a expropriação do indivíduo nos Estados Unidos.
A seguir, algumas dessas imagens mostram esse período "áureo" das indústrias jornalísticas. As notas de cada fotografia foram produzidas por MarGGa Duval e disponibilizadas na coletânea feita por ela sobre Hine com foco no trabalho infantil:
Michael McNelis (8). Havia acabado de se recuperar de um segundo ataque de pneumonia. Quando foi fotografado havia saído de uma chuva forte (Filadélfia, Pensilvânia) |
Num sábado à tarde (St. Louis/Missouri) Dormindo na escada |
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