Capa da Time: foto premiada |
A fotografia choca pelo requinte de crueldade expressa. Trata-se da fotografia da afegã Bibi Aisha, 18 anos, mulher da província afegã de Oruzgan, que foi mutilada pelo marido que cortou-lhe o nariz e as orelhas por ela ter voltado para a família, depois de o acusar de maus tratos.
A fotografia foi tirada pela repórter sul-africana Jodi Beiber e publicada na capa da conceituada revista Time de 1º de Agosto de 2010. A fotografia venceu o 54º concurso internacional World Press Photo 2010.
Segundo o sítio da World Press Photo, a "jovem foi resgatada por militares e por uma organização de apoio a mulheres vítimas de violência ficando em Cabul e, posteriormente enviada para os Estados Unidos, onde foi operada, recuperando o seu nariz".
Um portifólio com fotografias de mulheres intitulado "Women of Afghanistan Under Taliban Threat" está disponível no sítio da revista Time, permitindo-se conhecer um pouco mais dessa realidade.
O violento ato civilizatório cobra seu preço. Ou o indívíduo se enquadra à sociedade (termo econômico) ou sofre as consequencias. Mas seria muito melhor a primeira violência que esta barbaridade Hobesiana. Somos hoje no mundo uma única sociedade plural, multifacetada, mas é preciso moderar o relativismo com relação a um único valor mínimo (que pode ser interpretado como tudo, mas não pode inexistir): a defesa do ser humano. É preciso que haja regulamentos e códigos, prescrevendo até mesmo o sonho estadunidense do intervencionismo. O mmundo nãom pode assistir passivo a repetidas violências como esta no mesmo norte da África, Oriente Médio, Leste da Europa e centro-nordeste da Asia.