Essa é uma questão que me instiga: quais as competências formativas necessárias para o trabalho jornalístico? Lembro-me, quando eu mesmo passava pela graduação na área, de ouvir professores-jornalistas, falarem sobre a importância de uma formação sólida. Quando indagados sobre essa tal de "formação sólida", que é bem o discurso das diretrizes curriculares nacionais, todos engasgavam e titubeavam muito antes de ensaiar uma pseudo-resposta.
Qualquer que seja a resposta, algo está muito claro: as diretrizes curriculares nacionais para qualquer área não são o fim em si. Explico melhor: elas são referenciais de qualidade, vislumbres do que deveria ser uma formação mínima (esqueça a idéia de currículo mínimo, não é o caso). O problema é que não existe "a formação", mas formações possíveis. Prefiro a palavra no plural e, se houvesse uma forma de ampliar esse plural, o faria.
Nosso espaço formativo é muito fragmentado, o que é bom por um lado, já que permite a eclosão de novas possibilidades criativas de processos formativos. É entre essas diversas formações, algumas difusas (é verdade), surgem possibilidades híbridas de pensamento, que transcendem as tênues linhas da formação em uma determinada área. Daí, porque me atrai muito a idéia - sei que o acento foi retirado, não consigo ver a palavra "idéia" sem o acento - de formação ampla do profissional e não restritiva, fragmentando ainda mais o frágil conhecimento de área.
Dessa forma, penso que o conhecimento amplo da área jornalística, perpassa e é perpassada por muitas áreas do conhecimento. É o caso do planejamento. Ele é o tipo de conhecimento que é comum e as mesmo tempo específico. Veja os vídeos a seguir, disponibilizados por Carlos Vilela, do sítio CHMKT, que dão uma boa idéia das possibilidades do planejamento como competência formativa essencial.
2 from Carlos Vilela on Vimeo.
1 from Carlos Vilela on Vimeo.
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