Prof. Canavilhas (E) e Prof. Serra (D)
Paulo Serra, professor  do Departamento de Comunicação e diretor da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior (UBI), apresentou nas IV Jornadas Pragmática, Comunicação Publicitária e Marketing uma interessante visão sobre a ironia nas imagens publicitárias. Essa apresentação é parte da mesa redonda "Discursos mediáticos", coordenada e moderada pelo prof. Dr. João Canavilhas (UBI).

A ironia está presente no nosso dia-a-dia. Por ironia,  entende-se "dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos".  Paulo Serra destacou algumas noções de ironia presentes em propagandas publicitárias. Utilizou para isso, extratos do pensamento de Aristóteles e outros autores clássicos e, chegando a Pessoa (1928).

Para concretizar suas observações, Serra fez menção dos aportes teóricos de Sperber e Wilson (1981, p.295), que defendem uma concepção tradicional, semântica, da ironia. Esses autores defendem uma "teoria ecóica", que destacam, na visão de Serra, quatro elementos:
a) Distinção entre uso e menção de uma expressão;
b) Ironia é uma menção “ecóica”;
c) O enunciador manifesta uma certa atitude;
d) O alvo da ironia será a fonte, real ou imaginada, o objeto da menção ecóica.
"Mas o que tem a ver a ironia com a publicidade?", indaga Serra. Ele destaca que Gibbs e Colston (2007) colocam a ironia como parte das publicidades visuais.  Também Jacques Durand (1970) fala sobre retórica e imagem publicitária. Dessa forma, essa é inerente a ação criativa. Exemplificando isso, apresenta propagandas de carros que demonstram o uso da ironia, como por exemplo as da marca subaru, audi, dentre outras.

Essa apresentação me fez lembrar de algumas propagandas brasileiras, algumas novas, outras antigas, mas que usavam a ironia para despertar atenção. Seguem algumas delas:








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