O relatório da Comissão Européia sobre a competitividade digital publicado em Bruxelas em 04.08, aponta que houve um crescimento na utilização da internet desde 2008. Esse percentual chegou a 56% dos europeus, que tornaram-se internautas regulares, o que segundo o release divulgado, "representa um aumento de um terço em relação a 2004".
Segundo o relatório, "uma nova geração de europeus grandes conhecedores da Web e que estão prontos a aplicar as suas inovações está prestes a entrar em palco. Estes «nativos do digital» representam um potencial importante para o crescimento da Europa". Esse reconhecimento é importante, porém novamente é motivado mais pelo uso do capital econômico e menos pelo uso do capital intelectual. É uma pena!
Outro dado interessante: os jovens entre os 16 e 24 são os mais ativos no uso da rede, perfazendo 73% dos informantes da pesquisa. Esses utilizam regularmente serviços para criarem e partilharem conteúdos em rede. Também foi apontado, segundo o release divulgado que 66% dos europeus com menos de 24 anos utilizam a Internet todos os dias, contra 43% da média da União Europeia.
Um assunto que é tocado levemente pelo relatório e que parece virar uma tendência na internet é a questão da cobrança pelo conteúdo. Segundo o relatório, "embora a «geração digital» pareça relutante em pagar pelo descarregamento ou pela consulta em linha de conteúdos como vídeos ou música (33% dizem que não estão dispostos a pagar seja o que for, o que representa o dobro da média da UE), na realidade, o número de jovens desta geração que já pagaram por este tipo de serviços é duas vezes superior ao da restante população (10% de jovens utilizadores contra a média da União Europeia de 5%)."
Essa é uma questão complexa e que dará muito "pano para manga": quem deve pagar pelo conteúdo na internet? Será que se deve pagar por ele? Estamos mudando o modelo de negócio do impresso para o virtual e trazendo as mazelas do capitalismo viciado, transformando a internet em um novo modelo de exclusão? Essas são algumas questões que devemos pensar!
Você pode ampliar sua compreensão do relatório, fazendo a leitura do material disponibilizado pela Comissão Européia:


0 Responses so far.

Postar um comentário