Já não é de hoje que se divulga que os meios de comunicação tradicionais estão em crise, principalmente o impresso. Alguns com discursos mais apocalípticos chegaram a apontar o fim da mídia impressa ainda para essa década.

Larry Atkins, jornalista, professor das Universidades Temple e Arcadia, tem pensado de forma diferente. Em artigo publicado em 09.07.2009, intitulado "Don't dimiss journalism schools just because newspapers are in trouble" ou, como traduzido pelo Blog Monitorando: "Não deixemos de lado as escolas de Jornalismo só porque os jornais estão em crise", ele aponta algumas outras perspectivas.

Nesse artigo, o prof. Atkins cita o caso da Universidade da Columbia, que mesmo em face da proclamada crise, tem tido um aumento cada vez maior no número de alunos nos cursos de jornalismo. A chave, pela constatação de Atkins, está na constante revisão das práticas curriculares, sobretudo as que incluem trabalhos nas disciplinas, incentivando-se um desenvolvimento de ações empreendedoras por parte do alunado.

Ele cita o Dr. Andrew Mendelson, professor do departamento de jornalismo da Temple University's, que destaca a mudança curricular realizada seis anos antes: mudou-se o currículo para adicionar mais exposição dos multimédios, exigiu-se dos estudantes fazer relatórios em todos os tipos de áreas possíveis (impresso, áudio e vídeo).

É claro que mudar currículo desordenadamente, como é o caso de universidades particulares, somente para atender o mercado é também uma armadilha no processo de formação. Porém é real: com as tecnologias colaborativas da internet, os cursos de formação em jornalismo precisam urgentemente rever suas práticas, principalmente incluindo disciplinas e atividades, efetivamente vivenciais, das tecnologias atuais existentes.

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