Prezados(s),

Finalizamos nossa primeira semana de aulas intensivas. Com isso, vocês já possuem um conjunto de referenciais, que agregam-se ao conhecimento que já possuem da Comunicação e do Jornalismo. Dessa forma, analisem as indicações a seguir e o vídeo indicado. Postem suas reflexões em forma de uma texto dissertativo de 10 linhas nos comentários desta postagem.

O design pode salvar os jornais? 

Muitas propostas foram feitas para salvar os jornais. Essas incluem a redefinição do foco jornalístico, o redesenho de suas plataformas e até a mudança na forma como o fato é tratado. Todas, apesar de bem estruturadas, encontram o mesmo problema: menos leitores. 

O grande problema, parece ter sido fidelizar os leitores e, dificilmente, neoleitores são agregados aos jornais de forma massiva. Mas a resposta pode estar em outro local. Pode estar na produção de imagens. Essa é a proposta de Jacek Utko, designer polonês, que tem trabalhado na Europa Oriental a mais de 20 anos em jornais. 

Jacek Utko, especializou-se em designer de jornais. Ele reconhece que a crise dos jornais, em âmbito mundial, é resultado da mudança de nicho, do impressso para o virtual e, também, da forma como os leitores interagem com os diversos tipos de mídias. Porém, ele defende que, uma cultura visual, pode fazer a diferença e salvar os jornais. 

Utko defende, de forma bem radical, um outro olhar, bem pessoal para a cultura visual dos jornais: 

"A primeira página virou nossa assinatura. Era meu canal pessoal para falar com os leitores. [...] Eu queria minha declaração artística, minha interpretação da realidade. Eu queria fazer pôsteres, não jornais, nem sequer revistas. Pôsteres. Experimentávamos com tipografia, com ilustrações, com fotos. E nos divertíamos. Logo começaram a aparecer os resultados. Na polônia, nossas páginas foram eleitas capas do ano por três vezes consecutivas. Mas o segredo não é só a capa. O segredo é que tratávamos o jornal como uma peça única, como uma composição - uma música. A música tem altos e baixos. O design é responsável por essa experiência." 

 Essa é uma proposta que parece nova (face às já defendidas em 2009): o jornal como criação individual, o jornal com cara de outra coisa, menos tradicional. Utko apresentou estatísticas de fazer qualquer dono de jornal sonhar: na Rússia, após o redesenho, o aumento foi de 11% em um ano, seguido de 19% no segundo ano e, de 29% no terceiro; na Polônia, o aumento foi de 13% no primeiro ano, de 22% no segundo e, de 35% no terceiro; e, na Bulgária, o aumento foi de 100% na circulação no primeiro ano. 

 É o design a salvação dos jornais? Utko reconhece que o design é parte do processo. É preciso mais. "Não basta apenas melhorar a aparência, mas melhorar o produto como um todo, mudando a rotina de trabalho dentro do jornal", reforça. Veja a apresentação feita por Jacek Utko no TED. A apresentação está traduzida para 14 idiomas, inclusive o português (basta clicar em subtítulos, se necessitar).




Fonte: http://blogdogipo.blogspot.com.br/2009/11/o-design-pode-salvar-os-jornais.html

7 Responses so far.

  1. Com certeza um design bem feito ou, até mesmo, criativo chama a atenção dos leitores, desde que não seja algo pesado e excessivamente carregado de informação. Só pelo que foi exposto nas aulas, é notável que um design de boa qualidade exige um alto conhecimento técnico e inteligência.
    No vídeo, Jacek Utko, logo no começo, diz que as pessoas procuram o jornal não mais para ver o noticiário, pois para isso já existem formas bem mais rápidas e práticas. Pegar o já manjado jornal e dar um outro olhar para ele atrai (pelo que foi mostrado nas estatísticas) muitos leitores. Apesar de eu achar bonitos os modelos de Standards antigos de jornais (o retrô tem seu valor), faz todo sentido chamar a atenção de novos leitores com uma tipografia mais moderna, pois ela deve acompanhar a sociedade em suas mudanças, conceito e tecnologia.
    Mas, apesar de tudo, creio que o texto seja tão importante quanto é o design. O texto não pode deixar a desejar somente porque a capa é bonitinha, têm que ser complementares. Essa “capa” deve ser um pré-anúncio de que está vindo algo bem fundamentado e muito bem escrito.

  2. A partir da visão de Jacek Utko e das aulas que já tivemos na disciplina, podemos afirmar que sim, um belo e atrativo desing faz toda a diferença. Com a internet e as novas tecnologias é possível perceber que o número de leitores de jornal impresso diminuiu muito, mas será a única razão dessa queda são as tecnologias?
    Na minha opinião os próprios jornais, permitiram-se cair na mesmice, poucos estão acompanhando as modernizações que são exigidas, quase que todos os dias, e isso com certeza inclui a modernização do desing, da formatação, das cores.
    Hoje para que um jornal seja atrativo ele tem que fazer muito mais do que informar, ele tem que encantar. Ninguém fica informado com notícias de ontem, mas elas podem se tornarem interessantes se tiverem um toque a mais, como um infográfico atrativo, que torne os números de uma matéria mais fáceis de compreender. A apuração tem que ter detalhes que a TV e o site não tiveram tempo de apurar. A notícia sozinha, assim como um desing ou um gráfico, ou qualquer outro elemento sozinho não vai prender o leitor do começo ao fim do jornal, mas a junção desses elementos pode fazê-lo permanecer um pouco mais.

  3. A cada dia, diretores e editores de jornais vem mudando a forma de pensar em se fazer veículo de comunicação, especialmente o impresso. Acredito que, mesmo com a grande inovação e aumento do número de pessoas que optam por um veículo online, os impressos nunca deixarão de existir. Apenas, os cabeças desse veículo inovarão para prender a atenção dos leitores. Isso em questão de tamanho/ layout. Uma novo planejamento gráfico para a os impressos seria a saída, mesmo também vivendo em que se fala muito também em preservação ambiental. No vídeo é proposto até a distribuição gratuita dos jornais, mas acredito que talvez isso não seria suficiente para suprir a exigência dos leitores e até da própria área da comunicação. Acredito na inovação gráfica do jornal para ainda mantê-los em circulação.

  4. A proposta de novos design para os jornais é surpreendente e anda de acordo com as novas propostas midiáticas. Temos visto que a crise dos “jornais” diante a facilidade dos recursos oferecidos pela Internet, tem demandado mudanças em todas às áreas do Jornalismo. O mundo se moderniza e nós comunicadores precisamos entrar nessa evolução. Com tantas ferramentas ao nosso favor, pegar exemplos como o Jacek Utko, especialista em designe de jornais, é importante para nos reavaliar e definir uma área da Comunicação e buscar nos capacitar nela. Sempre coloco em questão os sites de informação que temos como referência no Tocantins, inclusive um que está tão perto de todos nós (o site da universidade) e Utko reforça essa ideia ao afirmar que “Não basta melhorar a aparência, mas melhorar o produto como um todo, mudando a rotina de trabalho dentro do jornal”.

  5. A discussão sobre uma possível repaginada no jornal impresso é um ponto que pode ser positivo ou não. Pois de acordo com o direcionamento do veiculo o público se difere, em sexo e principalmente idade. Idade porque pessoas mais conservadoras podem preferir um jornal mais tradicional sem as vertentes do mundo globalizado. Já um público jovem procura cada vez mais dinamismo e praticidade devido a falta de tempo. Pensando por esse lado, o sucesso da repaginação do jornal com elementos de design aplicados, pode fazer toda diferença para um jornal caso a população do local onde ele circula seja maioria de jovens. Elementos gráficos e visuais aliados ao bom texto. De modo geral, as pessoas atualmente costuma preferir agilidade de informação, e aí se encontra a falta de tempo para ler um jornal impresso. Um jornal bem feito com alguns recursos, além do design aliados entre si, são sim um passo para um alavanque ao "consumo" dos jornais, porém tudo precisa de um planejamento prévio e com responsabilidade.

  6. Diferentemente de Jacek Utko, acredito que o jornal impresso ainda vá pendurar por um bom tempo, lógico que com muitas inovações, e uma delas e formato das noticias. Hoje em dia as pessoas não estão dispostas a ler textos logos, então a tendência é noticias rápidas e diretas, com imagens e link de vídeos. Vivemos a era da imagem, então o fotojornalismo é a tendência, ou seja, a foto por si só vai explicar o fato, as legendas serão curtas, e os leitores poderão opinar. Na verdade acredito que o leitor é quem irá direcionar o jornal, tipo “O que nos interessa é isso”, “Essa matéria merece mais explicação”. O jornal será dotado de imagens, gravuras e infográficos, onde o leitor se sentirá diante de uma vitrine e poderá fazer sua seleção de acordo com o que lhe interessa. O jornal para sobreviver terá de atender todas as classes sociais, cada uma a seu modo.

  7. No vídeo acima, Utko conta como o design, parte de um processo de melhoria do produto jornalístico, possibilitou o crescimento de vendas de alguns jornais do leste europeu. Mas me parece que ele fala apenas de versões impressas desses jornais.
    Atualmente grande parte dos jornais possuem versões online que podem ser visualizadas pelo computador, tablet, celular e etc. O design, nesse sentido, aplicado ao produto jornalístico, estaria presente em ambas às versões, com a peculiaridade de que na versão online é possível haver a interação direta do leitor (características da web 2.0), infográficos mais dinâmicos, vídeo, áudio e etc o que torna essa versão mais atrativa.
    Por isso eu não creio que o design salvaria o jornal impresso.. Assim como algumas tecnologias passadas foram substituídas por outras, mas não ‘desapareceram’ totalmente (como no caso do disco de vinyl) o mesmo irá acontecer com o jornal impresso. O jornal online é mais barato, mais interativo e mais chamativo aos olhos do leitor. O design pode revolucionar o produto jornalístico, mas eu não acredito que possa salvar o jornal impresso de se tornar obsoleto.
    Stephanie

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