Uma infinidade...
Muito já tem sido publicado sobre as tecnologias aplicadas aos processos de leitura. Algumas delas, apontam apocalipticamente para o fim do livro. Pelas visões e argumentos, pode até ser que, os neoleitores tenham outros caminhos em mente.

Encontrei, nesse sentido, alguns vídeos que mostram a linha de defesa do livro. Argumentos bem fortes e uma linha direta de vantagem é apontada para a manutenção desta tecnologia, para muitos, ultrapassada.

Vamos ver a luta épica de titãs e quem sobreviverá! Enquanto esse resultado não sai, assista as defesas....


Guia do livro




A história do livro




Um sátira da evolução do livro



Cena do descongelamento em Tolerantia
Nesses tempos de falta de tolerância, uma animação produzida na Bósnia retrata como a intolerância tem resultados catastróficos. A animação foi produzida por Ivan Ramadan e é intitulada “Tolerantia”, sendo premiada como "Melhor Curta Europeu" pela European Film Academy em 2008. Ela está disponível no Vimeo.

A história é bem simples: um homem pré-histórico é descongelado na idade do gelo e começa a construir a sua nova sociedade, dando destaque ao sol. Só que outro homem pré-histórico tem a mesma idéia, porém decidindo que adoraria, o que parece ser, a noite. Nem precisa falar o que vai acontecer. Bom domingo!


Tolerantia - a short animated film by Ivan Ramadan from Ivan Ramadan on Vimeo.


Nota da Direção sobre equívoco
Não é sempre que se vê uma disputa em torno de uma notícia publicada ter impactos tão rápido. Mais ainda, quando se convoca uma coletiva para desmentir a manchete e, além disso, quando o jornal reconhece um erro grosseiro.

Pois foi o que aconteceu nessa semana, aqui nas terras lusitanas. Um dos principais jornais portugueses, O Público, noticiou na terça-feira, dia 23, que o  “passivo financeiro de Lisboa aumenta 275 milhões”. O presidente da Câmara convocou uma coletiva para explicar o "erro grosseiro" de compreensão contábil dos jornalistas. O vídeo, a seguir, apresenta os argumentos da Câmara de Lisboa:


Passivo da Câmara vai baixar em 353 milhões de euros em 2011 from Câmara Municipal de Lisboa on Vimeo.


Em nota, ainda no dia 23.11, o jornal O Público, retratou-se:
O PÚBLICO escreveu nesta terça-feira, em manchete da primeira página, que o “Passivo financeiro de Lisboa aumenta 275 milhões”. Lemos mal os documentos oficiais. Na verdade, a Câmara Municipal de Lisboa prevê baixar em 353 milhões o passivo em 2011. Nos quadros “Resumo do orçamento por capítulo económico” de 2010 e 2011 lemos na rubrica “passivos financeiros” dois números: 77,9 milhões para 2010 e 353,5 para 2011. Subtraímos 77,9 aos 353,5 e chegámos a 275 milhões de euros. A leitura correcta, porém, é que os 353,5 milhões são o valor que a câmara prevê amortizar da sua actual dívida. Não gostamos de falhar e de dar a informação errada aos leitores. E também não gostamos de não assumir os erros. Pedimos por isso desculpa ao Presidente da Câmara de Lisboa e aos nossos leitores.
O pior nessa notícia não é ver o equívoco, mas é compreender que, do ponto de vista formativo, temos uma imensa lacuna para entender gráficos e dados em nossa formação. Também, que o erro de compreensão de conceitos contábeis passou desapercebido por toda uma equipe que avaliava o artigo. A construção coletiva de uma matéria (ou melhor, a falta dela), que em um caso como esse "respinga" sobre toda a empresa, deveria ser estopim para se repensar os processos de gestão editorial.


Dezenas de títulos de revistas a disposição
Revistas, revistas, revistas.... a lista parece interminável. Quando vou a uma banca de jornal (coisa cada vez mais rara de se ver - em Palmas, na rua, só conheço uma), não canso de olhar infindáveis capas e títulos.

Pois é, as revistas tem uma história própria no Brasil, de muita diversidade. Um programa da série Histórias do Brasil, traz um resumo da história das revistas no Brasil.  O programa é bem trabalhado, com a presença das capas das revistas e um histórico detalhado.

Um  destaque do vídeo, disponível no You Tube, é a presença das propagandas. As revistas usaram e abusaram desses espaços durante o século XX no Brasil.




Mapa interativo da EJC
A European Journalism Centre (EJC) é uma organização sem fins lucrativos, independente, que desenvolve ações para promover o jornalismo de alta qualidade por meio da formação profissional, principalmente no contexto europeu.

Em uma pesquisa intitulada "Media Landscape", disponibilizou informações sobre a situação da mídia em 44 países da Europa, África e Oriente Médio. Por meio de um mapa, se escolhe o país que se deseja conhecer. Os textos foram elaborados por correspondentes nos países, grande parte, envolvido com ensino e atuando na área de jornalismo. O forte nos textos é a visão ampla (exploratória) que se dá sobre os países, contextualizando as fontes existentes, as formas de mídia atuantes no país e organizações, bem como focando as políticas e recursos existentes.

Essa é uma ferramenta importante para quem está estudando e realizando estudos comparativos sobre a mídia em outros países.

Photo tagging: fim do anonimato

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 06:56 0 Comments

Foto tirada no Times Square em 1945
O ato de conhecer/saber quem foi alguém era um evento que levava tempo, em alguns casos, meses ou até anos. Como o caso da famosa foto da enfermeira, vestida de branco, beijando um marinheiro, que ficou conhecida mundialmente.

A fotografia foi tirada na Times Square de Nova Iorque, em 1945. As identidades (dela e dele) demoraram muito para ser de conhecimento geral. Com as tecnologias, as distâncias se encurtaram e também o anonimato, que antes revestia as pessoas.

A figura pública, não é mais apenas do famoso. Qualquer um o pode ser e, depois da criação das marcações digitais (photo tagging), aí é que ninguém estará oculto.

A marcação digital ou photo tagging constitui-se no processo de reconhecer as fisionomias e atribuir-lhes identidade. No Facebook e no Flickr isso já é uma realidade, permitindo que o(a) autor(a) da foto, informe quem são os membros daquela foto, além de seus contatos.

Em que isso contribui? Em muito: do ponto de vista profissional, a marcação digital permite localizar facilmente os envolvidos em algum evento específico, diminuindo o tempo gasto nos processos; do ponto de vista historiográfico, se cria um "história das fotografias" ou mesmo facilita a "história das pessoas" que circundam determinado sujeito, em certo período histórico, contribuindo para a percepção do pesquisador que estuda a situação.

Por exemplo, se daqui a algumas décadas, um historiador e/ou outro curioso quiser estudar uma cena cotidiana, como uma partida de futebol ou um show musical, esse poderá consultar as marcações e localizar pessoas que estiveram presentes naquele momento específico. Parece longe da realidade? Mas não é!

Maior marcação digital de foto
Veja, por exemplo, a foto do Glastonbury Festival, que quebrou o recorde como a maior tag de imagem online, com 9.249 espectadores (até o momento) que se identificam na foto. Pense no potencial de histórias e memórias. E isso só está começando.


Imagem: Wikipédia
Ontem, 21 de novembro, o Jornal do Tocantins (JTO), trouxe uma matéria sobre a morte de um jornalista que ficou impune. Não foi a primeira morte que caiu no esquecimento, mas é, com certeza uma das mais antigas no Brasil.

Trata-se da morte de Giovanni Battista Líbero Badaró, médico italiano e editor do jornal Observador Constitucional. Badaró era uma das vozes contra o reinado de D. Pedro I e defesor da liberdade de imprensa. Ele faleceu no dia 21 de novembro de 1830, em consequência dos ferimentos causados pelo tiro de pistola, disparado pelo imigrante alemão Henrique Stock, a mando do desembargador Candido Ladislau Japi-Assú.

O mandante do crime foi julgado e absolvido na cidade do Rio de Janeiro, bem distante dos movimentos contestatórios que ocorreram em São Paulo pelo ocorrido. Segundo Carlos Alves Müller da ANJ, que assina a matéria,
Esta é a história de um assassinato. Um caso de intolerância política, pistolagem, cumplicidade das autoridades, foro privilegiado do mandante e impunidade de todos os envolvidos. A vítima, como tantas vezes no Brasil, era jornalista. Mas esse não foi um crime como qualquer outro. Foi o primeiro desse tipo na história do País.
Essa é uma de tantas situações que tem ocorrido e que, pelo que registra a história, ficará apenas na lembrança como mais uma impunidade. Até quando?


Interação com Realidade Aumentada
No final de semana, estive em Belmonte (Portugal) para conhecer a "Terra de Cabral". Na companhia da família Palacios (Marcos, Annamaria e Davi), fui oficialmente apresentado ao Museu dos Descobrimentos. Apesar das interpretações sobre o "Novo Mundo" e da "descoberta" serem questionadas pelos historiadores brasileiros, fiz uma descoberta pessoal muito interessante.

Essa consistiu, para minha felicidade, de ver que a realidade aumentada já é uma prática nessa localidade. Em vários espaços do museu é possível interagir com os diversos objetos e, deles, retirar uma interação instrutiva. Por exemplo, no espaço "produtos brasileiros" o visitante 'conhece' a proposta de uma feira tipicamente bahiana e, tem a possibilidade de interagir com frutas típias do norte-nordeste do Brasil.  

Vale a visita. Um vídeo, disponível no YouTube, a seguir mostra outros detalhes do museu:




Imagem da animação
Ontem conversava no jantar sobre a notícia da vinda de Barack Obama à Portugal e a fragilidade que seu governo teve nesse tempo. A promessa de um Nobel da paz, que fosse ativo, esvaiu-se em perspectivas discursivas e não em ações.

Lembrei-me de uma animação feita por Jib Jab em 2009 com o título "He's Barack Obama". Ela está disponível no You Tube. Na animação, Obama é tratado como super-herói, que resolveria todos os problemas norte-americanos causados por governos anteriores, inclusive a saída do Afeganistão. Vamos lembrar, e só!



Extrato do mapa
A TeleGeography, divisão da PriMetrica Inc., associada ao grupo Rogers Communications Inc., disponibilizou um mapa com as informações globais do tráfego de dados. As informações apontam para um aumento na troca de informações, sobretudo via VoiP, que ficou em 27% sobre 2009 e Skype, que aumentou 12% em relação a 2009 (Isso significa, de acordo com o mapa, 33 bilhões de minutos).

Veja outras informações interessantes (ampliar):



Matrioshka
Quando o assunto é atrair visitantes, parece que o Museu do Comunismo, na cidade de Praga, na República Checa se superou. Eles lançaram uma campanha para atrair novos visitantes. Essa campanha é composta por vários itens, inclusive a "matrioshka" com feições nada convencionais (que se compra na loja virtual por 2,05 Euros). Um dos cartazes, que tem chamado a atenção dos que o visualizam, tem como protagonista, nada menos, do que Karl Marx.

Mas o que há de novo, é que o Marx mostrado, não é aquele "Marx épico", com  ar imponente, de intelectual fervilhando de idéias. É um Marx, em sua intimidade, que poucos conheceram. Ele está de roupas mais leves e corta as unhas! A proposta do museu é atrair pessoas e mostrar que os grandes personagens também foram comuns, como todas as outras pessoas.

Não se sabe se a campanha "Get intimate with history" (Ficar íntimo da História, português) surtiu resultados, mas que a cena é bastante revaladora, isso é. Veja o cartaz a seguir:


Papel, caneta e memórias
Não é sempre que encontramos um livro que vale a pena ser lido. De fato, poucas vezes disse isso, apesar de ter lido um "pouquinho" em minha vida acadêmica. Já faz algum tempo que li esse livro, mas não tinha tido tempo de escrever sobre ele.

Ao rememorar algumas coisas a tarde, bateu a vontade de partilhar algumas dessas sensações sobre o livro "Vozes Roubadas – diários de guerra" (São Paulo, Cia. das Letras, 2008). Ele é uma dessas poucas jóias raras do sofrimento humano. E não estou me referindo ao sofrimento auto-imposto, em uma versão moderna de Kierkegaard. Em Vozes Roubadas, uma coletânea de diários pessoais, desconhecidos de diversos tempos históricos, desde a Primeira Guerra Mundial, passando pela Guerra da Bósnia até o fiasco que foi a Guerra do Iraque, traçam um fio condutor: a dor humana de ser privado de um valor extremo, a liberdade.

As organizadoras, Zlata Filipovic e Melanie Challenger, são especialistas na temática. Filipovic por que sobreviveu ao massacre da Bósnia e, publicou sua vida em outro livro "O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra", conhece em primeira mão esse sofrimento. Ao todo são quatorze diários de conflitos, todos escritos por crianças ou jovens, da Primeira Guerra Mundial à mais recente invasão do Iraque.

Segue a lista das histórias de jovens de várias gerações, que nos ensinam a valorizar a existência e a paz:
Piete Kuhr, na Alemanha, com 12-15 anos, entre 1914-18;
Nina Kosterina, na Rússia, com 15-20 anos, entre 1938-41;
Inge Pollak, na Áustria/Inglaterra, 12-15 anos, entre 1939-42;
Willian Wilson, na Nova Zelândia, 21 anos, em 1941;
Hans Stauder, na Alemanha, 21 anos, em 1941;
Sheila Allan, em Cingapura, 17-21 anos, entre 1941-45;
Stanley Hayami, nos Estados Unidos, 17-19 anos, entre 1942-44;
Yitskhok Rudashevski, na Lituânia, 13-15 anos, entre 1940-42;
Clara Schwarz, na Polônia, 15-17 anos, entre 1942-44;
Ed Blanco, dos Estados Unidos, 19-20 anos, em 1968 , Guerra do Vietnã;
Zlata Filipovic, na Bósnia-Herzegovina, 11-13 anos, entre 1992-93;
Shiran Zelikovich, em Israel, 15 anos, em 2002 durante a Intifada;
Mary Masrieh Hazboun, Palestina 2002-2004 (17-19 anos);
Hoda Thamir Jehad, no Iraque, 18-19 anos, entre 2003/04.

Se você quiser saber o que une a todas essas histórias, gaste algumas horas lendo esse livro. Uma resenha escrita sobre o livro pode ser lida aqui.

Prof. João Canavilhas e profa. Annamaria Palacios.
A profa. Dra. Annamaria Jatobá Palacios fechou as atividades da mesa redonda "Discursos mediáticos", coordenada pelo prof. João Canavilhas (UBI), com o trabalho "Modos de dizer da publicidade e do jornalismo para públicos seniores, em Portugal: marcas de intertextualidade entre duas práticas sócio-discursivas".

Na apresentação, profa. Annamaria apontou para as propagandas que tem como foco os idosos em Portugal. Para isso, selecionou uma amostra de quatro jornais portugueses e durante 30 dias, acompanhou as publicações de notícias e publicidades que tinham foco na terceira idade. Durante a apresentação, foi apontado uma possível compreensão, por meio de uma tipologia criada para analizar as intertextualidades nos diversos grupo.

Ouça a apresentação da profa. Annamaria Palacios e dos aspectos de contato entre publicidade e jornalismo:





Prof. Canavilhas (E) e Prof. Serra (D)
Paulo Serra, professor  do Departamento de Comunicação e diretor da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior (UBI), apresentou nas IV Jornadas Pragmática, Comunicação Publicitária e Marketing uma interessante visão sobre a ironia nas imagens publicitárias. Essa apresentação é parte da mesa redonda "Discursos mediáticos", coordenada e moderada pelo prof. Dr. João Canavilhas (UBI).

A ironia está presente no nosso dia-a-dia. Por ironia,  entende-se "dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos".  Paulo Serra destacou algumas noções de ironia presentes em propagandas publicitárias. Utilizou para isso, extratos do pensamento de Aristóteles e outros autores clássicos e, chegando a Pessoa (1928).

Para concretizar suas observações, Serra fez menção dos aportes teóricos de Sperber e Wilson (1981, p.295), que defendem uma concepção tradicional, semântica, da ironia. Esses autores defendem uma "teoria ecóica", que destacam, na visão de Serra, quatro elementos:
a) Distinção entre uso e menção de uma expressão;
b) Ironia é uma menção “ecóica”;
c) O enunciador manifesta uma certa atitude;
d) O alvo da ironia será a fonte, real ou imaginada, o objeto da menção ecóica.
"Mas o que tem a ver a ironia com a publicidade?", indaga Serra. Ele destaca que Gibbs e Colston (2007) colocam a ironia como parte das publicidades visuais.  Também Jacques Durand (1970) fala sobre retórica e imagem publicitária. Dessa forma, essa é inerente a ação criativa. Exemplificando isso, apresenta propagandas de carros que demonstram o uso da ironia, como por exemplo as da marca subaru, audi, dentre outras.

Essa apresentação me fez lembrar de algumas propagandas brasileiras, algumas novas, outras antigas, mas que usavam a ironia para despertar atenção. Seguem algumas delas:








Profa. Annamaria (E), prof. Paulo Serra e profa. Milagros (D)
Covilhã - Um frio de 4 graus no entorno da Universidade da Beira Interior (Covilhã, Portugal) não impediu que as IV Jornadas Pragmática, Comunicação Publicitária e Marketing tivessem início. Na abertura, o prof. Dr. Paulo Serra, diretor da Faculdade de Artes e Letras deu boas-vindas aos presentes, seguido pela profa. Dra. Annamaria Jatobá Palacios, organizadora das IV Jornadas.

A conferência de abertura foi realizada pela profa. Dra. Maria de los Milagros Del Saz Rubio, da Universidade Politécnica de Valência, Espanha. A temática desenvolvida pela profa. Milagros versou sobre a análise pragmático-linguística das estratégias de cortesia linguística na publicidade televisiva.

O foco da apresentação foram os anúncios publicitários, com o recorte para os anúncios de absorventes femininos (45 em língua inglesa e 45 em língua espanhola). A defesa da palestrante foi centrada nas noções de cortesia linguística. Segundo a profa. Milagros, essa noção pode ser entendida de duas formas: a primeira negativa, quando entendida como estratégia de minimização e/ou prevenção da ameaça ou confronto e, a segunda positiva, quando é entendida como recurso ou estratégia para manter as relações sociais entre falantes.

Mas por que aplicar essas noções ao discurso publicitário? Pelos menos por quatro motivos, defende a profa. Milagros: 1. Manter o equilíbrio social na interação com a audiência, 2. Manter a cordialidade e harmonia com o interlocutor, 3. Estabelecer relações e vínculos, estreitando laços de união e, 4. Função informativo a serviço da persuasão.

A conferência abordou ainda as questões de formato e exemplos de como a cortesia linguística está presente nessas propagandas. Vamos acompanhar e disponibilizar outras partes do evento.


Fonte: UNESCO
A filosofia está presente no dia a dia das pessoas. Ela faz parte, mesmo que o indivíduo não a perceba, da forma como ele se comporta, se posiciona e critica uma certa situação. Nessa amplitude, a prática jornalística não pode esquecer que, em seu cerne, a filosofia é uma aliada importante da construção de competências.

Aproveitando que hoje é o Dia Mundial da Filosofia, que é lembrado toda terceira quinta-feira de novembro desde 2002, disponibilizo a mensagem que a UNESCO deixa nesta data:

Mensagem da Sra. Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO, por ocasião do Dia Mundial da Filosofia, 18 de novembro de 2010.

Todo ano o Dia Mundial da Filosofia representa uma oportunidade única de reunir a comunidade filosófica internacional e estimular a reflexão sobre questões contemporâneas. Segundo sua Constituição, a UNESCO se esforça para promover o livre pensamento e o diálogo por meio de suas atividades no campo de educação, cultura, ciência e comunicação. Como a defesa da paz deve ser construída na mente dos seres humanos, é nosso dever trabalhar para fortalecer essas mentes por meio do pensamento crítico e do entendimento mútuo.

Em 2010, o Dia Mundial da Filosofia também se inscreve no marco do Ano Internacional para a Aproximação das Culturas e, portanto, é revestido de suma importância. De fato, a filosofia ensina lições de diversidade por meio de suas múltiplas escolas de pensamento em todas as épocas e todos os continentes.

A complexidade dos problemas atuais nos convida a aproveitar essa riqueza para construirmos nossa capacidade de analisar a realidade. A intensificação de todos os tipos de intercâmbio encerra uma grande promessa de oportunidades de compartilhar, mas também envolve o risco de mal-entendidos e tensão. É necessário redobrar os esforços coletivos para garantir a todos uma educação de qualidade e um ambiente favorável, onde cada homem e mulher possa expressar suas ideias e enriquecer o debate público, promovendo a justiça e a paz.

Para tanto, os organismos internacionais, especialmente a UNESCO, devem desempenhar um papel fundamental, como o apoio de todos os agentes acadêmicos, científicos e culturais e o envolvimento das universidades, da mídia, da sociedade civil e dos governos. A filosofia é uma das exigências de nossa época, e sua consolidação é um eixo primordial de meu compromisso com o novo humanismo.

Por ocasião deste Dia Mundial da Filosofia, a UNESCO reunirá filósofos, cidadãos ilustres ou pessoas simples, com mentes inquiridoras, em mesas redondas, conferências e simpósios para aprofundar nosso entendimento sobre as questões contemporâneas: Como podemos conciliar a universidade de valores e a diversidade de culturas? Qual o papel da filosofia na aproximação dos povos? Oitenta eventos internacionais serão realizados no mundo inteiro, com apoio de nossos parceiros, das Cátedras UNESCO, das Comissões Nacionais e redes de peritos, como a Rede Internacional de Mulheres Filósofas, para que este exercício de questionamento, que é o primeiro passo para a sabedoria, possa ser difundido ao máximo.


Ponto de partida da fotografia 360º em Noumea
Alguns anos atrás falar de fotografia 360º era quase uma coisa de ficção científica. Custava para colegas da área entenderem que, o receptor não quer mais ficar olhando para um espaço, isto é, apenas para uma dimensão.

De fato, nesse mundo tecnológico, queremos interagir com a foto, olhar detalhes não provocados pelo fotográfo em sua atividade. São esses detalhes, que muitas vezes, escapam ao autor da fotografia, mas não ao receptor da imagem.

A fotografia 360º vem satisfazer essa vontade de conhecer pequenos espaços antes envoltos na imaginação. Com essa tecnologia, consegue-se olhar a diante, aproximando, girando, extasiando-se com a imagem do outro, faltando apenas a possibilidade de transformá-la. Quem sabe veremos isso em breve. Mas enquanto isso não vem, é possível ter algumas boas iniciativas de fotografia 360º, entre elas, está o sítio 360Cities.

O 360Cities é uma iniciativa de fotógrafos que publicam, licenciam e distribuem uma das maiores coleções de fotografias 360º. Para isso eles contaram com o apoio da Fujitsu Technology Solutions, que auxiliou a criação da proposta. Veja algumas das belíssimas experiências do grupo. Você poderá brincar com cada uma delas, mas sugiro que amplie a tela e reserve, pelo menos, 30 minutos, para passear por cada uma. Outras sugestões de passeio, estão disponíveis na página do sítio.


Ile Aux Canards Coral Reef Noumea in Noumea


Golden Palace in Wudang Mountains, Hubei,World Heritage in China


Venice skyline - the magic view in Veneza

UNESCO
A UNESCO disponibilizou para download os 4 (quatro) relatórios da pesquisa "Indicadores da Qualidade da Informação Jornalística”. Trata-se de um estudo realizado em 2009 por pesquisadores brasileiros para reconhecer o estado atual da indústria jornalística brasileira no que tange seus esforços para a busca da excelência técnica e a qualidade de seus serviços e produtos.

Segundo o resumo, a pesquisa teve três eixos: a) levantamento das visões dos jornalistas profissionais sobre qualidade; b) sistematização das posições dos gestores das empresas do setor sobre qualidade; c) reflexão, discussão e concepção de uma matriz de indicadores para aferir a qualidade jornalística.

Esses eixos são discutidos e ampliados nos relatórios disponibilizados. São eles:


Indicadores da qualidade no jornalismo: políticas, padrões e preocupações de jornais e revistas brasileiros
Autor: Christofoletti, Rogério



Jornalistas e suas visões sobre qualidade: teoria e pesquisa no contexto dos Indicadores de Desenvolvimento da Mídia da UNESCO
Autor: Rothberg, Danilo



Sistema de gestão da qualidade aplicado ao jornalismo: uma abordagem inicial
Autor: Guerra, Josenildo Luiz



Qualidade jornalística: ensaio para uma matriz de indicadores
Autor: Cerqueira, Luiz Augusto Egypto de

Capa do livro
Está disponível para download os dois volumes do livro "O Pensamento Jornalístico Português: das Origens a Abril de 1974". Os livros foram escritos pelos professores Jorge Pedro Sousa (Coord.), Mário Pinto, Ricardo Jorge Pinto, Gabriel Silva, Nair Silva, Carlos Duarte, Eduardo Zilles Borba, Mônica Delicato, Patrícia Teixeira e Patrísia Ciancio. Estão disponível por meio do LabCom, da Universidade de Beira Interior.

O volume 1, com 534 páginas, apresenta a contextualização da história e do pensamento jornalístico português e, o volume 2, com 1240 páginas, traz os apêndices com indicadores de produção bibliográfica portuguesa.

Segundo Jorge Pedro Sousa, coordenador da obra:
A ambição fundamental do projecto foi, para além da publicação destelivro, a construção de uma biblioteca on-line de acesso livre de resumos de livros sobre jornalismo publicados em Portugal até 1974, com algumas informações sobre a respectiva localização em bibliotecas e os seus autores, e de textos interpretativos sobre as obras encontradas. Em acréscimo aos contributos teóricos ao Jornalismo resultantes deste trabalho, pensa-se que os resultados da presente pesquisa podem  ser relevantes para a investigação futura em campos como a história,sociologia, comunicação política, etc. e ajudam a compreender a evolução e o momento presente do jornalismo português e da profissionalidade dos seus intérpretes: os jornalistas portugueses.
Estamos certos de que essa contribuição, inestimável para a história da área, já conquistou um espaço nas discussões e pesquisas, tanto em Portugal, quanto no Brasil.


Tele de acesso ao SRMO da Sage Research
A SAGE, editora de dezenas de periódicos científicos internacionais, lançou uma nova ferramenta de pesquisa a "Sage Research Methods Online (SRMO)", versão beta.

Esssa ferramenta de pesquisa permite, por meio de mapas conceituais, diversas conexões com formas de pesquisa, além de disponibilizar mais de 500 títulos de livros, textos, seis dicionários, além de vídeos sobre métodos de pesquisa.

Essa ferramenta tem acesso gratuito para teste até 31.12.2010, quando passará a ser cobrada.  Você pode cadastrar o acesso gratuito ao SRMO em http://srmo.sagepub.com/, e ter acesso sem custo até o final de 2010. Aproveite o espaço de pesquisa!


Quem disse que humor não ensina!

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 05:57 0 Comments


Educação escolarizada
 A aprendizagem é fruto de muitos movimentos. Correntes mais modernas da pedagogia já compreendem que nem todo ato de ensinar gera aprendizagem e, que nem toda aprendizagem vem de um ensino sistematizado e escolarizado.

Compreendendo isso, que a educação é um ato imanente, que necessariamente depende do outro (de seu desejo, vontade e, até libido), não há como negar que aprendemos muito pelo humor. Com cenas cômicas, abstrai-se conhecimentos complexos e, que quando "ensinados" em algum momento do processo de escolarização, não foram compreendidos e internalizados pelo alunado. Diversos trechos de filmes mostram momentos cômicos recheados de "conteúdo", normalmente considerado, pelos alunos, como chato. Vejam algum deles:









Cartaz de Monty Python
Noite de sábado em Covilhã (Portugal). Choveu, ou melhor, como dizemos "serenou" o dia inteiro e, agora a noite, o termômetro (que ganhei de Marcos e Anamaria Palacios) marca 12 graus no alto da residência docente da UBI. Uma leva brisa torna esse frio um pouco mais acentuado, propício a um vinho e um bom filme.

Encontrei a pouco um vídeo do grupo Monty Python. O grupo encenou um programa de televisão que foi ao ar pela primeira vez em 5 de outubro de 1969. Como série televisiva, consistiu de 45 episódios divididos em 4 temporadas. O trecho a seguir, apresenta três cenas da famosa "Inquisição Espanhola". Vale a pena lembrar desse humor irreverente que foi inspirador para diversos grupos espalhados pelo mundo.




Sítio do Submarino.com
O Submarino, loja virtual, lançou uma proposta bem diferente: utilizar a realidade aumentada para testar as obras de arte que são vendidas no sítio da loja.  Agora o cliente pode vivenciar se um determinado quadro ficará bem em sua sala, antes de comprar.

A proposta é bem simples: o cliente entra no sítio da loja pelo computador com câmera, imprime a tag para visualizar a obra e, começa a "diversão" da possível compra das obras disponibilizadas.

Gostou da idéia? Experimente. Caso queira fazer você mesmo um exercício com a realidade aumentada, o Blog do Gipo já indicou ferramentas gratuitas para gerar as tags. Veja também outras postagens sobre o assunto.

Veja um pequeno vídeo com a utilização da AR que o Submarino disponibilizou.




Fonte: Fotosearch
Nomenclaturas é o que não faltam no espaço da produção científica. Algumas de fácil compreensão e utilização caem logo no jargão acadêmico e passam a fazer parte do vocabulário comum. Outras nem tanto. Esse talvez seja o caso das palavras Datalimits, Dataholics e Dataspecialists.

Elas são resultado de uma pesquisa realizada pela agência de publicidade Giovanni DraftFCB para seu cliente Infoglobo, utilizando a ferramenta Mind & Moods. A proposta da agência na pesquisa era mapear como as pessoas se direcionam dentro do "caos informacional" que existe na web. Esse direcionamento, é claro, é fruto do interesse e dos hábitos cotidianos de quem 'consome' (ou seria melhor, 'consumido pela'!?) a internet.

Segundo a agência, três grupos surgem: os datalimits, os dataholics e os dataspecialists.

Os datalimits são pessoas geralmente mais maduras, que compreendem a impossibilidade de absorver tudo que a internet tem a ofertar e, dessa forma, são seletivos quanto aos conteúdos. Prioridade é a palavra de ordem desse grupo, que infelizmente, segundo a pesquisa, ainda tem certo receio quanto ao que é publicado na internet. Esse perfil é bem parecido ao que já conhecemos como "imigrantes digitais".

Quanto ao segundo grupo, os dataholics, a pesquisa inclui os mais jovens (os chamados nativos digitais) nesse agrupamento. São esses que usam a internet para praticamente tudo e que querem ter acesso as informações em tempo real.

Já o terceiro grupo, o dos dataspecialists, são aqueles que, com maior critério, buscam e tratam as informações na internet. Assim como o grupo anterior, eles também têm necessidade de se inteirar de tudo o que está acontecendo, mas tem cuidado ao escolher as fontes de informação e de divulgar aquilo que leem, por meio de seus espaços coletivos.


Brasão da UBI
Aviso aos leitores do Blog do Gipo que, devido ao meu deslocamento para estágio doutoral no Departamento de Comunicação da Universidade de Beira Interior - UBI (Covilhã, Portugal), durante os meses de novembro e dezembro/2010, as postagens poderão sofrer pequenos atrasos devido aos ajustes que tenho de fazer a nova realidade.

Nesse período, estou sob orientação do prof. Antonio Fidalgo, do LABCOM.

Informo também que partilharei as discussões e atividades relacionadas ao ensino de jornalismo, que é foco de minha estada na UBI e, alguns momentos e espaços de minha estada nas terras lusitanas, como as a seguir:




Logo da campanha do GRAACC
O GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) é uma instituição sem fins lucrativos, criada em 1991 para garantir o acesso de crianças e adolescentes de baixa renda ao tratamento do câncer.

O hospital do GRAACC já conta com mais de 400 voluntários, realizando mensalmente cerca de 2.500 atendimentos, entre sessões de quimioterapia, consultas médicas, procedimentos ambulatoriais, cirurgias, transplantes de medula óssea e outros.

A campanha “Sou Fã de Criança” tem o objetivo de atrair mais visibilidade e divulgar a luta contra o câncer infanto-juvenil. Os bastidores de um flash mob (“flash mobilization”, mobilização rápida) realizado no aeroporto de Congonhas, mostra a movimentação em torno da campanha. Leia o manifesto da campanha.  A campanha conta com a realização da agência AVESSO, parceira do Blog do Gipo.