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Papel, caneta e memórias |
Não é sempre que encontramos um livro que vale a pena ser lido. De fato, poucas vezes disse isso, apesar de ter lido um "pouquinho" em minha vida acadêmica. Já faz algum tempo que li esse livro, mas não tinha tido tempo de escrever sobre ele.
Ao rememorar algumas coisas a tarde, bateu a vontade de partilhar algumas dessas sensações sobre o livro "
Vozes Roubadas – diários de guerra" (São Paulo, Cia. das Letras, 2008). Ele é uma dessas poucas jóias raras do sofrimento humano. E não estou me referindo ao sofrimento auto-imposto, em uma versão moderna de
Kierkegaard. Em Vozes Roubadas, uma coletânea de diários pessoais, desconhecidos de diversos tempos históricos, desde a Primeira Guerra Mundial, passando pela Guerra da Bósnia até o fiasco que foi a Guerra do Iraque, traçam um fio condutor: a dor humana de ser privado de um valor extremo, a liberdade.
As organizadoras,
Zlata Filipovic e Melanie Challenger, são especialistas na temática. Filipovic por que sobreviveu ao massacre da Bósnia e, publicou sua vida em outro livro "O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra", conhece em primeira mão esse sofrimento. Ao todo são quatorze diários de conflitos, todos escritos por crianças ou jovens, da Primeira Guerra Mundial à mais recente invasão do Iraque.
Segue a lista das histórias de jovens de várias gerações, que nos ensinam a valorizar a existência e a paz:
Piete Kuhr, na Alemanha, com 12-15 anos, entre 1914-18;
Inge Pollak, na Áustria/Inglaterra, 12-15 anos, entre 1939-42;
Ed Blanco, dos Estados Unidos, 19-20 anos, em 1968 , Guerra do Vietnã;
Se você quiser saber o que une a todas essas histórias, gaste algumas horas lendo esse livro. Uma resenha escrita sobre o livro
pode ser lida aqui.