Retornando do Aeroporto, consultei os blogs que regularmente leio e encontrei um post intitulado "A redação mais cara do mundo", publicado pelo Webmanario, mantido pelo jornalista Alec Duarte. O post trazia um vídeo bem interessante de uma "redação do futuro", que já não é tão distante de nós, como pensamos.
O vídeo foi produzido com o intuito de simular o trabalho realizado pelo NewsPlex. A NewsPlex é um projeto iniciado em 2000 pela organização WAN-IFRA. Esta organização foi criada pela fusão da World Assocation of Newspapers e a IFRA, a organização de pesquisa e prestação de serviços na indústria dos editores de jornais. A WAN-IFRA, sediada em Paris (França), e em Darmstadt(Alemanha), com sucursais em Singapura, Índia, Espanha, França e Suécia. Representa mais de 18.000 publicações, 15.000 sítios na internet e mais de 3.000 empresas em mais de 120 países.
Daí porque, o vídeo fazer muito sentido. O NewsPlex tem como filosofia "utilizar as possibilidades e potencialidades dos diferentes canais para atingir o público em qualquer lugar, e em determinado momento através da mídia mais adequada". Para tornar isso realidade, a mega-empresa jornalística, criou dois centros de pesquisa e treinamento para as estratégias de redação de jornalismo e mídia convergente, sendo um na Universidade da Carolina do Sul (Estados Unidos) em 2002 e o outro, em Darmstadt (na Alemanha), em 2005. Isso sem contar os consultores contratados na Alemanha, França, E.U.A., Reino Unido, Suécia, Austrália e Áustria.
Com toda essa mega estrutura, fazer jornalismo convergente é muito 'fácil'. Com 15.000 sítios na internet, um "código robô", vasculha as informações e escolhe as mais "quentes", como se vê em um dos trechos da simulação. Esse modelo, de jornalismo convergente e quase todo "automatizado" já é uma realidade, não para nós aqui no Brasil, mas para quem paga muito bem por esses serviços. Se será a tendência mundial? Provavelmente.
Veja a "redação do futuro" que já existe no presente. A simulação é com uma "crise global" no sistema aéreo.