Já fazia algum tempo que queria partilhar essa temática por aqui, mas a ocasião não havia chegado. Trata-se de um vídeo produzido pelo TED.
Para quem não conhece, TED é uma organização sem fins lucrativos que começou em 1984 como uma conferência reunindo pessoas de três "mundos"/áreas: tecnologia, entretenimento e design. De lá para cá, são cada vez mais comuns as palestras curtas, muitas vezes polêmicas, mas extremamente atuais.
Para quem não conhece, TED é uma organização sem fins lucrativos que começou em 1984 como uma conferência reunindo pessoas de três "mundos"/áreas: tecnologia, entretenimento e design. De lá para cá, são cada vez mais comuns as palestras curtas, muitas vezes polêmicas, mas extremamente atuais.
Uma delas, intitulada "After your final status update", foi ministrada por Adam Ostrow que é editor-chefe da Mashable e, trata sobre a vida no mundo virtual, mesmo quando o indivíduo já deixou de existir "nas bandas de cá". Já aviso que a proposta dela não é a de uma vida pós-morte no ambiente virtual, coisa bem futurista e longe de nossa atual compreensão. A discussão de Ostrow está no campo da produção de informação e memória. Segundo ele, "[...]todos nós atualmente estamos criando arquivos. E isso é algo completamente diferente do que qualquer coisa que já tenha sido criado por qualquer outra geração anterior". Sua perspectiva está na possibilidade da apropriação pela tecnologia desse conteúdo produzido.
Dito de outra forma: o que há de interessante nesta palestra de menos de 6 minutos, é a possibilidade que Ostrow vê desse conteúdo produzido em vida pelo indivíduo continuar ativo e ser utilizado. Segundo Ostrow,
[...] Eu acho que com a capacidade das máquinas de entender a linguagem humana e como o processo de análise de vastas quantidades de dados continua a melhorar, será possivel analisar o conteúdo de uma vida toda -- os Tweets, as fotos, os vídeos, as postagens em blogs -- tudo que estamos produzindo em tão grande quantidade. E penso que assim que isso acontecer, será possível para a nossa persona digital continuar interagindo no mundo real por muito tempo depois que morrermos graças à quantidade de conteúdo que estamos criando e a capacidade da tecnologia de dar sentido a tudo isso.
Muito futurista? Talvez nem tanto, visto que isso começa a se tornar um negócio. De qualquer forma, escute a palestra e visite o sítio da IfiDie.org, que já tenta construir possibilidades em torno dessa proposta, com disponibilização de mensagens que somente serão entregues depois da morte do indivíduo. Assim como eu, também deverá ficar cheio de indagações. Outras experiências podem ser acessadas aqui.
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