Em seu sítio, o repórter fotográfico Chico Terra aponta para a precarização e o não respeito aos direitos autorais do trabalho jornalístico por parte das empresas jornalísticas no Amapá.

Segundo Terra, "os jornais locais se apropriam dos textos e fotos dos assessores do Estado [do Amapá], sem sequer citar seus nomes em matérias e fotos". Essa é uma prática comum em, praticamente, todos os espaços que produzem informação. É claro que, com a internet, muita coisa ficou mais evidente, pela facilidade do acesso.

Com a difusão dessa prática, o trabalho jornalístico e fotográfico fica precarizado. "Dá a entender ao leitor que compra o jornal, que há uma equipe escrevendo e fotografando, quando na verdade os veículos se valem do trabalho dos assessores do Estado, deixando suas redações vazias de profissionais que a todo ano são lançados no mercado de trabalho", alerta Chico Terra.

E o que parece ser pior: o espaço e criação do repórter fotográfico e mesmo do jornalista fica "tolhido" a uma única visão. A imagem, que poderia ser captada por diversos ângulos, torna-se a "imagem oficial", única.

É o que conclui Terra:
[...] os jornais deixam de contratar profissionais para realizar o trabalho que chega gratuito e redondo nas redações. E o contraponto? Onde fica? O outro lado, a visão do veículo? Esta última simplesmente não existe, exceto nas colunas de opinião, quando este passa a publicar apenas o que é conveniente aos ouvidos do governante de plantão, para não ferir a relação comercial em detrimento da própria verdade, ou o que se aproxima dela.

Está aqui um problema que merece a atenção de todos os profissionais envolvidos na produção de notícias. Vale a atenção dos órgãos representativos.

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