Ken Doctor, autor do livro Newsonomics, escreveu o artigo intitulado "The still-evolving Newsonomics of digital transition" para o Nieman Journalism Lab (Harvard University) onde desenvolve algumas noções preliminares dos custos envolvidos na transição para o modelo online. 

Doctor aponta que as empresas jornalísticas poderiam iniciar os cortes de orçamento na faixa dos "60%". Com que estes custos poderiam ser reduzidos? Ele é direto e sem rodeios: "[...] os custos... com produção gráfica, impressão, circulação e despesas de distribuição, juntamente com os postos de trabalho que seriam eliminados".

E os 40% restantes? Para Doctor, o restante seria direcionado em "cerca de 20 por cento  para a redação, e 10-15 por cento destinado as vendas de anúncios". Será essa "a fórmula" do sucesso? Dificilmente. "Não há nenhum modelo e não há fórmulas que possam ser compartilhadas. A estrada da transição é muito escura e instável neste momento, sem mapa ou GPS", reforça Doctor.

Repercutindo sobre essa visão de Doctor,  o sítio Flip Side aponta que essa é apenas parte da equação. Segundo o sitio,

A outra parte da equação tem que ser uma mudança no modelo do negócio. O verdadeiro problema é que os jornais ainda dependem de estruturas de vendas orientadas em torno de um modelo de negócios enraizados na década de 1950: esperar o telefone tocar, em seguida, colocar um representante de vendas em um carro até o cliente, criar uma meia dúzia de anúncios, fazer o cliente assinar um contrato, [...]. As organizações locais de todos os tipos de mídia precisam começar a experimentar formas mais agressivas de inovações, para reduzir os custos de captação e gestão de unidade e de novas fontes de receita.
Seja qual for a equação - se é que teremos uma tão cedo - uma coisa é certa: não é possível ficar passivo frente as demandas atuais da possível crise que passam alguns dos grandes veículos no mundo. Vamos ver quem melhor apresenta caminhos.

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