O Guía de Herramientas Google para Periodistas: búsqueda e investigación, lançado pelo Google em 2010, a partir de oficinas com 300 profissionais da área jornalística tem sido, de fato, um "guia" importante sobre o que é possível fazer com a ferramenta. 

Ele é simples e fácil de compreender, agregando valor ao que é possível fazer no meio desse "caos informacional". Mas é importante entender que, apesar de agregar valor, é necessário um direcionamento. Não é apenas "decorrar" o que é possível fazer e, "voilà", temos um jornalista. Já discutimos em outras postagens sobre que competências formativas são necessárias e, voltamos a reforçar: elas são extremamente importantes, não sendo fruto apenas de um exercício "casual" da profissão, mas de uma elaboração teórica consistente, resultado de uma formação inicial. Daí, técnica e teoria, reforçam a práxis jornalística e permitem o desenvolvimento de um profissional competente. 

Simples? De jeito nenhum. O negócio é mais complicado. Não sabemos ao certo, apesar dos vários cursos e formações, qual ou quais os perfis necessários, como desenvolvê-los, o que de fato é competência profissional, etc. São questões complexas e há muitas "versões" do que é melhor nos processos de formação, sendo defendidas por centenas de profissionais e universidades. O que é certo e parcialmente aceito: não podemos reduzir o jornalismo a técnica apenas, retirando seu potencial téorico-intelectual.

Um guia, como o do Google, é uma ferramenta e não o "todo" formativo necessário. Talvez o seja para os "jornalistas de fim de semana", leigos ao processo formativo e ávidos por metodologias simples. Quanto aos riscos de se desperceber isso, a caricatura da revista espanhola El Jueves (2008), reproduzida no guia,e disponibilizada pelo colega Féliz Bahón, retrata bem os perigos de uma "Google jornalista". Reflita sobre ela.



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