Como nem todo mundo é de "ferro", as postagens que faço no Blog do Gipo entram hoje em recesso e somente retornam depois do dia 15.01.2011, quando chegarei ao Brasil novamente e terei arrumado a bagunça da viagem.
Nesse tempo, aproveite para relembrar outras postagens e visite as seções do blog. De repente encontrará informações úteis.
Último domingo do ano, última indicação de animação do ano. No decorrer de 2010 foram muitas as indicações, reflexões e risadas com o que se tem produzido na área.
A história se passa com um homem que está prestes a sofrer um acidente e possivelmente morrer, mas é salvo por um padre que tenta vender uma máquina de entrada no céu. Todo o desenvolvimento mostra as peripécias do padre na busca da venda ao cliente, até que algo inesperado acontece. A qualidade da produção é excelente, tendo levado 18 meses para ficar pronto. Não é sem motivo, que foi indicado ao Oscar de animação em 2008. Bom domingo!
Agora é possível ter seu próprio jornal/periódico na internet, sem muito esforço. Uma experiência chamada Paper.li, organiza e apresenta em forma de jornal as conexões que você possui no Twitter e no Facebook. O Paper.li, em versão alpha, é uma iniciativa da Swiss Federal Institute of Technology EPFL, em Laussane (Suiça) e foi fundada por Edouard Lambelet e Pols Iskander.
Tele simples e rápida
De forma simples e rápida, os seus tweets e os RT realizados (por você e por aqueles que acompanha) viram notícia em "caderno" específico. O modelo é padrão e disponibiliza todas as seções de um jornal na rede, que são mais citadas em seu Twitter ou Facebook.
É possível ainda criar o jornal partindo de uma tag específica ou mesmo de uma determinada lista, de forma descomplicada.
Criei uma para experimentar como funciona, partido do meu endereço no Twitter (@gilporto). Veja o resultado a seguir e, após, o gadget para acesso on-line a página, criado pelo próprio sítio:
A situação da profissão, pós decisão do STF, é revelada no quantitativo de registros, segundo os dados do Ministério do Trabalho (2010).
Dos sete estados - Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondonia, Roraima e Tocantins - que compõe a região norte, tivemos em 2010, o total de 402 registros profissionais para atuação como jornalista.
No gráfico a seguir, tem-se uma visão, por estado da região norte, dos percentuais de concessão de registro profissional para o exercício do jornalismo:
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 2010
Segundo observado no gráfico, o estado do Pará responde por 43% do total de registros realizados na região, sendo que destes, 111 foram de jornalistas profissionais e 60 de jornalistas - Decisão STF. Na posições subsequentes de atribuição de registros da região, vem o estado do Amazonas com 16%, Rondônia com 14%, Tocantins com 12%, Acre com 7% e, Amapá e Roraima com 4% cada um, respectivamente.
Quanto a situação do registro, o gráfico a seguir dá uma idéia dos registros, por condição de formação:
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 2010
Como se observa, 62% ou 249 registros, foram realizados pelo Ministério do Trabalho para jornalistas profissionais, isto é, os que possuem formação em curso superior de comunicação e/ou jornalismo e, 38% ou 153 registros para jornalistas - Decisão STF, isto é, aqueles que não possuem formação acadêmica, mas desejam exercer (ou já exerciam) a profissão.
Na região norte, os estados do Acre, Rondonia e Roraima apresentaram uma situação nada agradável, já que, nesses estados, o registro de jornalistas - Decisão STF foi maior do que a de jornalistas profissionais. Em Rondônia, por exemplo, 67% dos registros realizados pelo Ministério do Trabalho, foi feito a pessoas que não possuiam formação universitária na área de comunicação social/jornalismo.
Fonte: Informações estatísticas brutas do Ministério do Trabalho (2010), repassados a jornalista Izabela Vasconcelos (Repórter - Portal Comunique-se).
O 1º Encontro Gaúcho de Ensino de Jornalismo (1º EGEJ) e 1º Fórum Sul-brasileiro de Professores de Jornalismo (1º FSPJ), iniciou suas inscrições no último dia 15 de dezembro e segue até 30 de janeiro de 2011, para aqueles que desejam apresentar trabalhos.
O evento, que ocorrerá em Santa Cruz do Sul (RS), nos dias 8 e 9 de abril tem como tema central "A formação superior como elemento constitutivo e legitimador do campo do jornalismo". O evento terá seis grupos de pesquisa/trabalho, a saber:
1. Atividades de Extensão
Coordenadora: Prof. Dr. Sandra de Deus sandra.deus@ufrgs.br
2. Ensino de Ética e de Teorias do Jornalismo
Coordenador: Prof. Dr. Sérgio Luiz Gadini sergiogadini@yahoo.com.br
3. Pesquisa na Graduação Coordenador: Prof. Dr. Marcos Santuário santuario@feevale.br
4. Produção Laboratorial – Eletrônicos
Coordenadora: Prof. Dr. Cárlida Emerim carlidaemerim@gmail.com
5. Produção Laboratorial – Impressos
Coordenador: Prof. Dr. Demétrio de Azeredo Soster dsoster@uol.com.br
6. Projetos Pedagógicos e Metodologias de Ensino
Coordenador: Prof. Ms. Edelberto Behs edelbertob@unisinos.br
Já está marcado o Encontro Mineiro de Professores de Jornalismo, que acontece na Universidade Federal de Viçosa (UFV) nos 8 e 9 de abril de 2011. O tema central do evento é “A formação superior como elemento constitutivo e legitimador do campo do jornalismo”.
As inscrições para o encontro estão abertas do dia 20 de dezembro e se encerram no dia 31 de janeiro de 2011. Além de professores universitários, também podem se inscrever alunos de graduação e pós-graduação.
Os trabalhos podem ser inscritos em quaisquer dos seis grupos de pesquisa a seguir:
GP 01 – Atividades de Extensão
Coordenador: a definir
GP 02 – GP de Ética Jornalística
Coordenador: Professor Paulo Roberto Figueira Leal (UFJF)
Estão disponíveis para download materiais produzidos pelo Observatorio de la Ilustración Gráfica, organização que congrega ilustradores profissionais na Espanha.
O observatório é mantido pela FADIP, Federación de Asociaciones de Ilustradores Profesionales, que é composta pelas associações de ilustradores da Cataluña (APIC), Galicia (AGPI), Madrid (APIM), País Vasco (APIE-EIEP) e Valencia (APIV).
Autor(es): FADIP (Federación de Asociaciones de Ilustradores Profesionales)
Relatório que tem como foco a posição dos profissionais da ilustração face as mídias digitais e os impactos no processo de ensino. Também aponta para estudos de caso, que permite observar o que vem ocorrendo nessa área no mundo.
Autor(es): FADIP (Federación de Asociaciones de Ilustradores Profesionales)
O livro é um esforço de apresentar o estado da arte da profissão na Espanha. Aponta para o desenvolvimento da área, um pouco da história e a promoção da profissão em um mercado competitivo.
Na conta da FENAJ e dos Sindicatos, são esses os 16 indecisos: Marina Silva (PV/AC), Augusto Botelho (PT-RR), Almeida Lima (PMDB/SE), Regis Fichtner (PMDB/RJ), Maria do Carmo Alves (DEM/SE), Efraim Moraes (DEM/PB), Heráclito Fortes (DEM/PI), Alfredo Cotait (DEM/SP), Jayme Campos (DEM/MT), Gilberto Goellner (DEM/MT), João Tenório (PSDB/AL), Mário Couto (PSDB/PA), Papaléo Paes (PSDB/AP), Acir Gurgacz (PDT/RO), Magno Malta (PR/ES) e Roberto Cavalcante (PRB/PB).
Também nessa conta, a FENAJ aponta outros quatro senadores que são contra a PEC do diploma, a saber: Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), Demóstenes Torres (DEM-GO), Fernando Collor (PTB-AL) e Raimundo Colombo (DEM-SC).
Enquanto isso, apesar da PEC 33 ter sido aprovada pela comissão especial em julho deste ano, a matéria não entrou na pauta do plenário da Câmara dos Deputados. A votação prevista para o dia 14.12, não ocorreu. Para ser aprovada, a proposta precisa do voto favorável de 3/5 dos deputados (308) em dois turnos, seguindo depois para votação no Senado Federal.
Essa é uma pergunta que constantemente me faço, já que tenho tão pouco tempo de olhar para o céu. De dia é quase impossível fazer o exercício que Aristófanes fez seu personagem Sócrates, na obra As Nuvens, desenvolver: olhar para o céu simplesmente e imaginar. A noite, nem se fala, poucos são os momentos que superamos a luz dos grandes centros e vemos a beleza dos céus estrelados.
Mas, a pouco, recebi uma belíssima indicação via Twitter do colega José Man. Fernandes (@JMF1957). Trata-se da gravação do eclipse lunar, disponibilizado por William Castleman. O vídeo está disponível no Vimeo. A cena gravada ao longo do evento é deslumbrante. Aproveitei e vi outras produções que Castleman disponibiliza. Veja. Pelo menos a êxtase, produzida pela imagens e a música, colaboram para a "experiência".
Eclipse lunar de 21.12, vista na Flórida(Estados Unidos)
O WikiLeaks, organização de mídia sem fins lucrativos, tornou-se a polêmica mais importante de 2010. Polêmica, pois graças aos 'vazamentos' promovidos por WikiLeaks, novas leituras estão sendo feitas de situações nacionais e internacionais.
Seu principal divulgador, Julian Assange, tornou-se a pessoa mais odiada em 2010 e, ao mesmo tempo, mais aclamada, devido ao sucesso desse tipo de 'jornalismo investigativo'. O sítio tornou-se um sucesso midiático, ao ponto de existirem já mais de 1424 espelhos, que garantem a continuidade das informações.
Para quem ainda não sabe o que significa WikiLeaks na área do jornalismo investigativo, vale assistir ao documentário WikiRebels, produzido na Suécia em 2010. Ele está disponível no YouTube, com legendas em Português.
Como destaca seu diretor, Emir Suaiden, o IBICT tem "como parte de sua missão [ser] promotor e facilitador de acesso à informação científica e tecnológica, [com] diferentes ações orientadas a pensar prospectivamente nessas questões e demandas, como um dos atores que contribuem na construção de espaços públicos para o desenvolvimento reflexivo e democrático da sociedade brasileira."
Autor(es): GONZÁLEZ DE GÓMEZ, Maria Nélida; LIMA, Clóvis Ricardo Montenegro.
A coletânea é produto de um dos seminários realizados pela Coordenação de Ensino e Pesquisa do Ibict e parte de sua proposta de estágios de pós-doutorado. Nesta obra, inclusão, rede e formações digitais dão visibilidade discursiva à dimensão informacional e epistêmica de questões atuais da ética e da democracia.
O livro trata das 'novas epistemologias virtuais', tendo como foco discutir algumas 'novidades' no campo da reconstrução do conhecimento, tomando como referência maior a trajetória da Wikipédia como marco mais evidente da assim dita web 2.0. O livro desenvolve a hipótese de que, em que pese o êxito estrondoso da Wikipédia (e das plataformas da web 2.0, em especial de blogs), ela chega ao final de sua primeira década de vida (começou em 2001) engasgada em problemas próprios da “politicidade” do conhecimento.
Depois da verdadeira revolução que foi o compartilhamento de informações e vídeos na rede, o grande desafio tem sido a qualidade do que é partilhado. Nem sempre quantidade de produções quer dizer qualidade de produções. Nesse sentido, espera-se que as produções tenham melhor qualidade, na medida em que, os equipamentos tornem-se melhores.
Visando melhorar esses processos, o Vimeo, sítio de disponibilização de vídeos dos mais variados níveis de qualidade, tenta ambiciosamente melhorar o que se tem disponibilizado.
Para isso, lançou o Vimeo Video School, iniciativa importante que oferece de forma gratuita e dirigida a utilizadores com vários graus de conhecimentos, aulas, dicas e tutoriais para melhorar a qualidade dos processos. As indicações são atuais e de qualidade, inclusive com sugestões de materiais produzidos pela própria pessoa.
As aulas são rápidas, de 5-10 minutos em média, com excelente produção e extremamente bem-humoradas. Faça uma visita e confira. De repente você poderá aprender algo novo ou mesmo participar como instrutor, já que é possível participar enviando sugestões produzidas.
Veja um exemplo a seguir, sobre o enquadramento, onde Eric D. Franks apresenta a regra dos terços, muito utilizada nas produções:
Recebi uma sugestão de vídeo de Daniela Oliveira (@kallaw) para o dia. Trata-se de uma propaganda da Migros, um conglomerado de empresas suíças que operam no setor de supermercados. O comercial foi dirigido por Björn Rühmann e Matthew Branning.
A propaganda tem o foco no respeito ao descanso no dia de domingo. Todos os animais da fazenda participam na difícil tarefa de fazer suas atividades sem atrapalhar o descanso do dono da casa. Muito engraçada e bem estruturada. Bom domingo!
E, sem retirar a graça do comercial, segue os bastidores da preparação do comercial (veja o trabalho que deu para fazer o galo seguir as ordens!):
Quem se interessa pela área dos Estudos Culturais (Cultural Studies), não pode perder a oportunidade de fazer download de quatro livros disponibilizados em formato e-book pela editora Autêntica.
Os Estudos Culturais são um campo de pesquisa/investigação de caráter interdisciplinar, dessa forma explora as formas de produção ou mesmo a criação de significados, utilizando-se do arcabouço teórico de várias áreas.
Os livros fazem parte do catálogo da editora, mas que encontram-se esgotados, mas que ainda são procurados pelo público. Para o acesso, é necessário um pequeno cadastro no sítio da editora. Veja a seguir a sugestão, mas outros títulos poderão ser acessados:
Um leitura bem interessante e esclarecedora, o livro apresenta um levantamento teórico e bibliográfico dos principais teóricos de Estudos Culturais da Europa e suas relações com os principais autores dessa área na América Latina.
O livro é uma coletânea de importantes autores sobre a constituição do sujeito frente às representações do próprio ser humano pelo cinema, pela imaginação, pelas relações entre sujeito e objeto. Os autores articulam textos teóricos e reflexão para rastrear vestígios e indícios de conhecimento e cognição na eterna busca pela identidade
Autor(a): José Gil , Ian Hunter , Jeffrey Jerome Cohen , Tradução e organização: Tomaz Tadeu , James Donald
O livro apresenta um conjunto de ensaios que analisam a ficção sobre monstros, chamando a atenção para o caráter problemático da natureza da subjetividade pressuposta na teoria pedagógica — sobretudo na teoria pedagógica crítica. Segundo a sinopse do livro, "a “pedagogia dos monstros” recorre aos monstros para mostrar que o processo de formação da subjetividade é muito mais complicada do que nos fazem crer os pressupostos sobre o “sujeito” que constituem o núcleo das teorias pedagógicas — críticas ou não.”
O livro apresenta mais de 200 verbetes originados de campos tão diversos como a Filosofia, Teoria Literária, Estudos Culturais, Psicanálise e Sociologia. Segundo a sinopse da editora, o livro vem preencher uma lacuna existente, já que "ao ler, nos últimos anos, textos de Teoria Educacional, quem não se deparou com termos como “metafísica da presença”, “sujeito”, “performatividade”, “binarismo”, “episteme”, falagocentrismo”, entre muitos aparentemente estranhos às preocupações das teorias pedagógicas e curriculares? Essa proliferação, na teorização educacional, de termos tomados de empréstimo à teorização social e cultural, demonstra seu amplo caráter intertextual".
Uma outra utilização, muito importante, da realidade aumentada, é na educação. De fato, o potencial para facilitar a compreensão de conteúdos muito abstratos, tem sido o forte desta tecnologia. Em uma dessas utilizações, Hans Rosling, que é médico e pesquisador, apresenta 200 anos de história em 200 países, em apenas pouco mais de 4 minutos de vídeo.
O assunto é complexo: expectativa de vida e renda no mundo nos séculos 19 e 20. No vídeo, ele mostra que a expectativa de vida e renda no mundo todo era menor em 1810, mas também como e para onde essa situação evoluiu ao longo do tempo. Veja a seguir o vídeo que está disponível no You Tube:
Quando se fala em educação, qualquer que seja (de crianças, de jovens, de adultos ou mesmo de idosos), sempre partimos da idéia de que "ainda há tempo". Tempo para recuperar o que não se teve na época certa (quando se fala em educação de adultos), tempo para rever ações e práticas, tempo para renovar e aprender.
Essa matéria tão complexa, o tempo, é evocada com a perspectiva de termos um futuro positivo. A educação pressupõe essa positividade (bem, a grande maioria!) e, a escola, como instituição, eclode como defensora dos valores sociais para uma sociedade melhor.
Mas qual escola? Quais práticas? Que competências e habilidades desenvolvemos nas escolas atuais? São essas competências e habilidades voltadas para a sociedade que sonhamos (verde, protetora dos ecossistemas)? Dificilmente. Alguns diriam que essa escola, totalmente verde, ou melhor, que foge dos padrões modernos (de sociedade e, até de arquitetura) não existe.
Espaços coletivizados e conectados
De fato, teria de concordar até assistir a palestra no TED de John Hardy, um designer de jóias que junto com a esposa resolveu pensar uma escola verde. Essa iniciativa, criada na Ilha de Bali, mostra um pouco do que todos os educadores sonham em perspectiva: uma escola includente, conectada com os problemas ambientais e sociais, renovável e crítica.
Assista a apresentação. Ela está legendada em português e mais outras nove línguas. O palestrante John Hardy é um sujeito simples. Não impressiona pela oratória, mas impressiona pelo exemplo de que ainda há tempo para se criar um escola diferente.
A história da África e de seus povos era desconhecido da maioria das pessoas, praticamente de todos, que só tinham conhecimento de "pedaços" e "retalhos". Ações como a Lei 10.639/2003, que preconiza o ensino das relações étnico-raciais nas salas de aulas brasileiras, diminuíram esse abismo histórico. Mas a presença do hiato, continuava: não tínhamos conhecimento dessa história e, tampouco os livros permitiam que essa história eclodisse, com todas as suas formas e cores.
Pois é, não tínhamos! Em uma parceria, a UNESCO e a SECAD publicaram e disponibilizaram para download a coleção História Geral da África. Essa é composta de oito livros e está disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili.
Essa coleção permitirá que compreendamos o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações. Segundo a UNESCO, "a coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos".
Aproveite e faça o download de cada um dos oito volumes, bem como do guia de utilização da coleção para sala de aula.
Um mundo tecnológico, máquinas pensantes e controle a cada passo da vida. Novidade? Não, mas vale o reforço da temática. Esse é o forte da animação Nothing To Fear, criada por Simon Russell. Ela está disponível no Vimeo.
A história reforça a noção de que, mesmo com a tecnologia e apesar dela, a completude humana se faz com o outro(a). Vale a reflexão e a discordância, caso queira. Bom domingo!
A revista é aberta a todos os pesquisadores envolvidos no campo das ciências da informação e da comunicação, sendo publicada desde 1996 pela l’École supérieure de journalisme de Lille (França) e co-editada com o Département d’information et de communication de l’Université Laval (Québec) desde 1999.
Neste número, coordenado por Colette Brin e Bernard Delforce, o tema central é a formação em jornalismo. As indicações dos resumos parecem boas e merecem atenção.
Para os interessados, segue o sumário:
Les Cahiers du journalisme N° 21
Journalisme et formation
Além dos aspectos do ensino de jornalismo, esse blog também procura por elementos que possam ser utilizados em sala de aula, gerando discussão e algum tipo de aprendizagem. Vez por outra, cedo ao pedido dos amigos que leem o blog para ser menos "acadêmico" nas escolhas.
Segue, atendendo a esses pedidos, uma coletânea de propagandas sobre o "mundo da cerveja", que recolhi. Todas são muito engraçadas e úteis na discussão sobre a construção de um espaço de aprendizagem, utilizando o humor.
Estão disponíveis para download 07 livros sobre comunicação. Eles abordam aspectos ligados a mídia, a web, a história e política jornalística e ao ciberespaço. Todos foram disponibilizados pela OAPEN - Open Access Library. Veja alguns dos títulos que garimpei:
Nessa obra, Donato reconstrói as circunstâncias que deram origem ao moderno sistema de comunicação científica, e as ferramentas qualitativas e quantitativas para a avaliação científica. Para isso, a se concentra na filosofia, história e arquitetura da Web desde o seu início até os mais recentes desenvolvimentos (Semantic Web e Web 2.0).
Editora/Ano: Editora Amsterdam University Press, 2009
Autor (es): Bardoel, Jo , Vos, Chris , Vree Frank van, e Wijfjes, Huub
O livro aborda o jornalismo cultural na Holanda. Aborda os aspectos históricos e políticos envolvidos na consolidação de um chamado "jornalismo cultural", bem como a aproximação com as novas mídias. Também aponta para perspeticvas desse jornalismo cultural face ao novos modelos de democracia.
Autor (es): Wetenschappelijke Raad voor het Regeringsbeleid; The Netherlands Scientific Council for Government Policy
O livro aponta para as dificuldades que os Países Baixos sofreram por causa das longas discussões sobre a futura estrutura de apenas um setor da mídia, de difusão de programas públicos, através de rádio e televisão. Os resultados abordados no livro apontam para a produção de documentos, discursos e teorias, mas pouco na maneira de fazer política.
Autor(es): Boomen, Marianne van den, Lammes, Sybille, Lehmann, Ann-Sophie, Raessens, Joost; Schäfer, Mirko Tobias
O livro aponta para uma análise das três décadas de alinhamento sociais e culturais das novas mídias e a produção de uma série de inovações, provações e problemas, acompanhada por um discurso popular e acadêmico. A cristalização de uma área de New Media Studies em uma disciplina acadêmica, levanta a questionamentos: onde estamos agora? Que novas questões estão surgindo? A cultura digital contemporânea é realmente um caminho para a aproximação com o leitor? Essas são apenas algumas das questões do livro.
O que pode Roger Rabbit nos dizer sobre a segunda guerra do Golfo? O que pode uma mulher casada nos dizer sobre o Muro de Berlim e sobre pós-humanismo e inter-subjetividade? O DJ Shadow pode nos dizer algo sobre o fim da história? O que pode a nossa rota de ônibus local nos dizer sobre a fortificação do Ocidente? Estas são apenas algumas das questões instigantes levantadas nesta coleção de ensaios inter-relacionados ao mediascape postmillennial.
O livro examina a forma como as mulheres chinesas negociam a Internet, transformando-a em uma ferramenta de pesquisa e também em uma estratégia para a aquisição de informações, bem como para fins de redes sociais. Mulheres chinesas e Ciberespaço discute o impacto da tecnologia da Internet cada vez mais disponíveis sobre a vida e o estilo de vida de mulheres chinesas, analisando questões mais amplas, como por exemplo, de como as mulheres tornam-se os capitães de seus domínios e dos objetos eletrônicos de exploração, tudo isso em um mundo sem rosto, online.
Autor(es): Neef, Sonja; Dijck, José van; Ketelaar, Eric
O livro apresenta uma série de artigos de diferentes áreas, que vão desde os estudos culturais e mídia para filmes, literatura e arte, de estudos de filosofia, ao direito de informação e estudos de arquivamento. Questões abordadas neste livro são: O manuscrito desaparecer na era da nova (digital)? O que acontece com importantes conceitos culturais e legais, como cópia e original, a autenticidade, a reprodutibilidade, a singularidade e interatividade?
A Proposta de Emenda Constitucional 33/09 acrescenta o art. 220-A à Constituição Federal, para dispor sobre a exigência do diploma de curso superior de comunicação social, habilitação jornalismo, para o exercício da profissão de jornalista.
Ela foi protocolada no Senado Federal em 02.07.2009 e remetida na mesma data para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, sendo publicada em 03.07.2009 no Diário do Senado Federal (Pág. 29045-29050). A proposta pode ser visualizada a seguir:
Nessa proposta, apontava-se diretamente no caput que "o exercício da profissão de jornalista é privativo do portador de diploma de curso superior de comunicação social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação".
Segundo o autor da PEC, senador Antonio Carlos Valadares, o acolhimento desta se fazia necessário, pois:
Não se podem desconsiderar os benefícios que advieram para a profissão com a exigência da formação universitária específica na área de comunicação. Um jornalista não é um mero escritor, um mero emissor de opiniões. Isso é papel dos articulistas, contratados pelos órgãos de imprensa para esse fim específico, e dos quais não se exige, nem nunca se exigirá, diploma de jornalista. A principal atividade desenvolvida por um jornalista, no sentido estrito do termo, é a apuração criteriosa de fatos, que são então transmitidos à população segundo critérios éticos e técnicas específicas que prezam a imparcialidade e o direito à informação. Isso, sim, exige formação, exige estudo, exige profissionalismo.
Exigir formação acadêmica para a realização de uma atividade profissional específica, sensível e importante como o jornalismo, não é cercear a liberdade de expressão de alguém. É razoável exigir que as pessoas que prestam à população esse serviço sejam profissionais graduados, preparados para os desafios de uma atividade tão sensível e fundamental, que repercute diretamente na vida do cidadão em geral.
Em 08.07.2009 a PEC é distribuída ao Senador Inácio Arruda, para emitir Relatório. Em 26.08.2009 a PEC é devolvida pelo Relator, Senador Inácio Arruda, em virtude do Requerimento nº 70, de 2009-CCJ, aprovado na 31ª Reunião Ordinária, na mesma data, de autoria do Relator e do Senador Antonio Carlos Valadares.
Em 30.09 a 01.10.2009, na 40ª Reunião Ordinária é realizada Audiência Pública destinada à instrução da matéria, conforme Requerimento nº 70, de 2009-CCJ, de iniciativa dos Senadores Antonio Carlos Valadares e Inácio Arruda. No dia 01.10.2009, ocorre a audiência com a presença dos seguintes convidados: Sérgio Murillo de Andrade, Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ);Edson Spenthof, Presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ); Carlos Franciscato, da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor); Raimundo Cezar Britto Aragão, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB);Osvaldo Pinheiro Ribeiro Junior, Assessor Juridico da OAB. Também convidados, mas não estavam presentes (justificaram ausência): Daniel Pimentel Slavieiro, Presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT); Judith Brito, Presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) Tarcísio Olanda, Mauricio Azêdo, representante da Associação Brasileira de Imprensa.
Depois da audiência pública, o texto retorna ao relator que, em 04.11.2009, dá voto favorável a Proposta nos termos da Emenda Substitutiva. Em 06.11.2009, a PEC é incluída na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal.
Na 49ª Reunião Ordinária, realizada em 11.11.2009, a Presidência concede vista coletiva, nos termos regimentais e em 02.12.2009, na 54ª Reunião Ordinária, o Senador Inácio Arruda reformula a Emenda Substitutiva apresentada como conclusão do Relatório, sendo então aprovada nos termos da Emenda nº 1-CCJ (Substitutivo). Veja a seguir:
Em 08.12.2009, a PEC com o susbtitutivo aprovado é encaminhada a SubSecretaria de Coordenação Legislativa do Senado Federal (SSCLSF) para prosseguimento da tramitação e juntada de documentos.
Em 11.12.2009 é incluída na pauta do dia e ocorre a leitura do Parecer nº 2.414, de 2009, da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, proveniente do Relator Senador Inácio Arruda, pela aprovação da proposta, nos termos do Substitutivo.
De 11.12.2009 até 06.07.2010, a PEC aguardava a inclusão na Ordem do Dia do Senado Federal. Nesta data, é lido e aprovado o Requerimento nº 687, de 2010, subscrito pelos líderes partidários, solicitando calendário especial para apreciação da matéria em primeiro e segundo turnos. A matéria foi apresentada nas quatro sessões, porém não houve oradores interessados na discussão.
Em 07.07.2010, a PEC retornou a Ordem do Dia, para discussão. Porém, não foi apreciada pelos senadores, sendo transferida para o dia 08.07.2010. Depois disso, em sucessivas transferências, a PEC voltaria em mais 24 sessões, sendo a última prevista para o próximo dia 14.12.
O que mudou?
O quadro a seguir, elaborado pelo Serviço de Redação da Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal, faz um comparativo das mudanças: