"Guardiões da cultura do jornalismo"? É isso mesmo. Esse é o papel defendido por Elliot King, da Loyola University Maryland, no artigo intitulado "The challenge we face today". King é professor de comunicação e fundador do Laboratório em Mídia Digital e co-autor do The Online Journalist (2000).

A proposta pode até assustar, mas King defende que os professores nas universidades são "os únicos que agora podem posicionar-se para ter uma visão a longo prazo do que foi o jornalismo, do que é  e do que deve ser".  Por que essa postura?  King critica a defesa de que as competências formativas ocorrem na prática, com uma "mochila nas costas e uma câmera". Para ele, tal tempo está bem distante do que vivenciamos na atualidade.  

A posição é clara: a academia tem um fundamental papel no processo de capacitação. Para defender isso, ele cita que a prática atual no mercado tem sido incentivar os jovens a fazerem um 'mestrado em jornalismo', para desenvolverem outras competência necessárias em um mercado competitivo. 

Mas King reconhece:
Ironicamente, a academia não está tão bem posicionada para ensinar as novas competências técnicas que lhe são demandas. Assim que tivemos condições de começar um curso sobre Webdesign nos livros, logo tivemos que nos preocupar com blogs e Twitter. Tão logo tivemos suites de edição não-linear, nós tivemos que nos preocupar com os dispositivos móveis. 
Isso é certo: a velocidade da tecnologia não é sentida na academia da mesma forma. As competências formativas são percebidas de formas múltiplas e, nem sempre, compatíveis com teorias fortemente estruturadas entre os docentes. É claro que não podemos atribuir culpabilidade a alguém. A "culpa" é de "todos nós", por queremos estruturar nossa sociedade dentro de uma "matriz rígida".


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