Tomada do Forte de Copacabana (1964) pelo novo regime
Em 31 de março de 1964, grupos sociais tradicionais ligados a militares, após anos de ensaio, resolveram iniciar o que, na visão "oficial", ficou conhecido como Regime de Responsabilidade.

Esses grupos militares, apoiados por setores tradicionais da sociedade brasileira, transformaram o descontentamento provocado pela renúncia de Jânio Quadros, a posterior parlamentarização do Brasil e o desenvolvimentismo sindical de João Goulart (Jango), em motivos para deflagar um movimento de mudança social.

Na visão de Roberto Campos, o Golpe Militar de 1964 foi resultado de “[...] uma crise sistêmica. Uma perda de eficiência e um colapso da disciplina, seja sindical, seja militar. Marchávamos para uma situação caótica... ”.

Na visão das facções militares era necessário tomar as rédeas do país e combater o avanço do comunismo, que tinha como figuras ilustres membros destacados do governo Jango.  Pela história oficial, neste dia 31 de março, iniciou-se uma verdadeira revolução em prol de um estado de responsabilidade nas mãos dos miliares.

Nos vídeos a seguir, o discurso "oficial" é repassado a população e reforçado até hoje por facções políticas ligadas aos remanescentes dos governos militares. Por meio das imagens, percebe-se para que vieram essas facções.

Imagens e músicas do período - 1964 a 1989


Questão Social


Educação no Regime Militar



Formação jornalística EaD: funciona?
A educação a distância (EaD) é uma realidade em muitos países. Diversas áreas, por meio de centros de excelência e universidades, têm disponibilizado seus cursos em plataformas abertas, permitindo que o conhecimento seja socializado. Dessa forma, já se fala em EAD, isto é, Educação e Aprendizagem a Distância, em contraposição a apenas educação a distância (EaD).

No Brasil, a educação a distância (ainda EaD) tem crescido, apesar de imbróglios ocorridos em diversas instituições por todo o território nacional. Normalmente, se ofertam cursos das áreas voltadas a formação docente, com foco nas licenciaturas. Porém, vê-se o crescimento dos bacharelados nos últimos anos.

No campo da comunicação e especialmente do jornalismo, essa formação a distância ainda não é uma realidade aqui no Brasil. Mas na Argentina, já podemos ver o despontar dessa prática formativa. A Unión de Trabajadores de Presa de Buenos Aires tem divulgado um conjunto de capacitações/formações com foco na atividade jornalística. No mínimo, a experiência é bem interessante, mas aponta para uma área em desenvolvimento.

Veja alguns dos cursos ofertados para início em abril/2011 são:
Entrevista Periodística
Periodismo Cultural y de Espectáculos
Periodismo de Opinión
Inglés para periodistas
Prensa y Difusión
Redacción Periodística
Edición de Sonido: Sound Forge y Vegas
Periodismo de Investigación
Periodismo Deportivo
O público alvo são produtores, jornalistas, estudantes e todo indivíduo interessado e envolvido com comunicação. Vale conhecer mais.

Situação difícil da profissão. Crédito foto.
Que a desregulamentação da profissão de jornalista iria produzir rupturas na forma de se tratar a profissão, já era esperado. Mas não proveniente de uma instituição de ensino que mantém um curso de graduação em Comunicação Social/Jornalismo. Foi o que parece ter ocorrido no Centro Universitário UnirG, em Gurupi (TO).

Rodrigo Fernandes Martins, que preside o Centro Acadêmico (CA) de Comunicação Social da UnirG, publicou hoje no jornal comunitário tocantinense "A boca do Povo" uma nota de repúdio onde indica que a assessora de comunicação da casa, jornalista diplomada, foi trocada por um advogado.

Segundo a nota,
O cargo de Assessor de Comunicação da Fundação UnirG, que era ocupado pela jornalista Giselle Raffi, formada na casa, agora é ocupado pelo advogado Heráclito Suitter. Nada temos contra o referido advogado, mas não podemos ficar calados diante de tamanho desrespeito e desvalorização que a UnirG está tendo com o próprio curso que oferece. Enquanto outras instituições de ensino lutam pela valorização do diploma do Curso de Jornalismo, a UnirG, com esta atitude, deixa a entender que concorda com a lei aprovada em 2009. Entendemos que se trata de um cargo de confiança e que sempre quando há mudança de presidente na instituição é feita também a mudança de vários gestores, mas a UnirG deve tomar cuidado para não dar um tiro no próprio pé. O Centro Universitário deve zelar pela imagem de todos os cursos que oferece. Tendo um Curso de Comunicação Social na casa é inconcebível que os cargos da área não sejam ocupados por jornalistas. Isso é declarar que o curso não tem serventia, o que é um absurdo, pois trata-se de um serviço prestado pela própria instituição.
De fato, é uma lástima que uma instituição formadora prefira optar por alguém que não é da área. Mais ainda, quando pensamos em avaliação institucional, perde-se nessa quando um egresso, anteriormente valorizado, é substituído. Além disso, o próprio corpo discente da instituição começa a colocar em dúvida a usabilidade de sua formação, como se percebe na nota de repúdio do CA. Vamos esperar os desdobramentos e ver se o Sindicato dos Jornalistas do Tocantins irá se manifestar.

Contra o tempo: Um dia comum na vida do jornalista
Uma série de pequenos vídeos sobre a ação jornalística, muito interessante, está sendo produzida pelo College of Journalism, da BBC.

Eles abordam temas dos mais variados tipos, indo desde a notícia e ações ligadas a ela, como a produção de gráficos e documentários, até a forma como essa deve ser transmitida, seja no rádio, TV e/ou outros espaços.

No vídeo a seguir, temos os bastidores do trabalho da jornalista Fiona Bruce no Six O'Clock News. Veja como é o clima no meio da "bagunça" organizada de uma redação, que trabalha contra o relógio.



Na entrevista, Fiona Bruce destacou algo importante para a ação jornalística. Segundo ela, o trabalho do jornalista/âncora/apresentador
[...] não é apenas apresentar a notícia ao final do processo, mas também compreender as histórias de forma adequada, ler todos os fios condutores, discutindo com o editor e com o repórteres em algumas ocasiões, como estar dizendo a história.
Outros elementos poder ser vistos no vídeo, tais como a discussão que ela faz do uso da notícia por vários veículos em dias consecutivos, tais como o terremoto no Haiti e o uso das imagens, bem como os possíveis impactos das histórias sobre a audiência.

O vídeo agrega mais informações sobre a prática jornalística e, claro, sobre a ação ética envolvida nas notícias. Vale a pena ver. Se gostou do vídeo, você poderá ver outros a seguir:

News graphics producer por Rob Shergold
Entertainment news presenter por Tasmin Lucia Khan
Online sports reporter por Damian Derrick
Radio breakfast show producer por Sophie Woodcock.

Imagem e notícia

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 13:33 0 Comments

Imagem: quantas ideias
Quem trabalha com informação, sabe o peso de uma boa imagem no processo de construção da notícia. Uma "boa" imagem amplia o potencial da noticiabilidade, permitindo uma retenção maior, por meio visual, do que se quer transmitir. Daí a necessidade de se gastar tempo de qualidade em se escolher a imagem que fará parte da notícia publicada.

Como a imagem ao lado. Ela foi criada/fotografada por Anna Neizvestnova, da República Russa e é intitulada "Siamese twins". Fez parte do Festival Internacional da Imagem - Festimage 2010, que é realizado pela Câmara Municipal de Chaves, cidade situada no norte de Portugal.

Não me canso de visitar o sítio, que é um verdadeiro passeio pelas artes fotográfica e digital. Veja algumas imagens que selecionei:


Foto: Darina / País: Ucrânia / Título: The Clown




Foto: Debashis / País: Índia / Título: Tribal Mother & Child



Foto: Sudipto Das / País: Índia / Título: Journey




Esse ou aquele?
Algumas decisões não são nada fáceis. Tem horas que parece que o "disco rígido" cerebral trava e não conseguimos acertar nas decisões ou até mesmo processá-las de forma rápida.

Na animação Zerebrale Dichotomie, disponível no Vimeo, essa dificuldade é "explicada" de forma bem divertida e criativa. Imagine se isso fosse assim mesmo, quanta disputa!  Mas a animação me fez lembrar uma situação similar quando tive que escolher comer ou não um sanduíche em uma praça! Bom domingo.


Zerebrale Dichotomie from motiphe on Vimeo.



O Centro de Documentação e Memória da Educação de Jovens e Adultos – Pólo Tocantins faz parte de uma rede interinstitucional, coordenada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), tendo como participantes a Universidade Estadual do Pará (UEPA), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e a Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS).

Em janeiro último, postamos o lançamento oficial do blog, com modificações realizadas. Leia mais.

Veja o que planejamos e já iniciamos:




Programa: aonde iremos chegar?
Paul Glewwe, do Department of Applied Economics (University of Minnesota) e, Ana Lúcia Kassouf, do Departamento de Economia (Esalq/USP) publicaram um estudo sobre os impactos do Programa Bolsa Família na educação.

Os pesquisadores reconhecem que, no campo da redução da pobreza e da desigualdade de renda, o programa teve um grande impacto. "Em 2007, mais de 11 milhões de famílias foram beneficiadas, isto é, cerca de 46 milhões de pessoas, um quarto da população brasileira", afirmam os pesquisadores. Em 2011, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, esse número atende mais de 12 milhões de famílias.

Porém, que dizer do impacto na educação? Será que o programa aumentou o número de matrículas escolares, reduzindo as taxas de abandono escolar e melhorando os índices de aprovação?.

Segundo os autores,
[...] após contabilizar os efeitos cumulativos, que o Bolsa Família tenha aumentado as taxas de matrícula em cerca de 5,5 pontos percentuais da 1ª à 4ª série e cerca de 6,5 pontos percentuais da 5ª à 8ª série. Eles também descobriram que o programa reduziu as taxas de abandono escolar em cerca de 0,5 ponto percentual no caso de crianças da 1ª à 4ª série e cerca de 0,4 ponto percentual, no caso de crianças da 5ª à 8ª série. O programa aumentou as taxas de aprovação em cerca de 0,9 ponto percentual para crianças da 1ª à 4ª série e 0,3 ponto percentual para crianças da 5ª à 8ª série.
Apesar dos resultados encontrados, os autores concluem:
Embora esses impactos favoreçam o Bolsa Família, cálculos simples com base nos impactos sobre a matrícula sugerem que os prováveis benefícios, em termos de aumentos salariais, não devem exceder os custos do programa. Seu efeito em longo prazo parece ser o aumento das taxas de matrícula dos participantes em cerca de 18 pontos percentuais, o que significa que 82 por cento dos beneficiários teriam sido matriculados na escola mesmo sem o Bolsa Família. A transferência de renda, no entanto, só poderia ser vista como benefício em razão de sua distribuição. Isto suscita a seguinte questão: será que o Bolsa Família pode ser canalizado para aquelas famílias que não teriam matriculado seus filhos se o programa não existisse? Responder esta pergunta é uma tarefa importante para futuras pesquisas.
O estudo está disponível no Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo, da Organização das Nações Unidas (ONU). Um resumo expandido da pesquisa também está disponível no International Policy do Centro do mês de março/2010.

Mapas da comunicação no Brasil

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 17:17 0 Comments

Uma iniciativa muito boa é o projeto "Mapas temáticos sobre o Brasil". Trata-se de um projeto desenvolvido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), junto com o Laboratório de Geoprocessamento para o Curso de Geografia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Geolab) e The Canadian Foundation for the Americas (Focal).

No momento, estão disponíveis mapas sobre educação, hominícios, eleições, população e meios de comunicação  a partir de dados do IBGE Censo 2000 e contagem da população 2007.

Os mapas podem ser utilizados para fins jornalísticos, conforme esclarece o sítio. Vamos esperar novos mapas quando o novo censo for concluído e, desde já, parabenizo o trabalho. Veja alguns dados interessantes sobre a comunicação jornalística no Brasil para fins de futura comparação:





Novo jornalismo
Em uma entrevista polêmica e ao mesmo tempo esclarecedora no Programa Roda Viva, o jornalista americano Gay Talese faz uma série de análises sóbrias e corajosas sobre a fragilidade da profissão e da atuação do jornalismo norte-americano.

Talese tem credenciais para falar das fragilidades. Trabalhou no New York Times, na Esquire, no The New Yorker, na Newsweek e na Harper's Magazine. Vivenciou períodos turbulentos da política estadunidense e grandes escândalos.

Rememorando a fragilidade do poder da mídia e do que vivenciou, Talese aponta para os momentos em que a mídia tem força e é fraca ao não se posicionar contra os abusos do poder, sobretudo após o 11 de setembro. É dentro desse "pacto do silêncio" que Talese afirma que "a busca por poder leva a destruição da integridade da mídia", quando para não perder acesso ao poder (e aos atores envolvidos), jornais e jornalistas preferem calar-se.

Vale a pena rever esses momentos da discussão com Talese. O trecho está a seguir, mas o programa completo pode ser visto no You Tube:



Vida(s) de jornalista

Postado por Gilson Pôrto Jr. às 11:27 0 Comments

Stillman: várias vidas
Qual o peso de uma vida profissional? Que impactos esta pode ter sobre os processos políticos e sociais em certo momento histórico? Lembro-me que essas eram questões que tínhamos quando li a primeira biografia de um jornalista.

Essa experiência ocorreu pelos idos de 1990, quando na graduação lemos a biografia do jornalista paulista Samuel Wainer, que fundou o jornal Última Hora. Na época, não tinha o enfoque de pensar na vida do indivíduo Samuel, mas no impacto da ação profissional desse jornalista para a história do Brasil.

De lá para cá, toda biografia de jornalista que tive acesso, ficava recheada desses questionamentos e dos possíveis impactos que a ação profissional poderia ter na(s) história(s) cotidiana(s). Percebi que não tínhamos uma vida apenas, mas vidas que se entrecruzavam constantemente e até de forma antagônica!

A pouco, encontrei uma outra "vida" bastante interessante. Trata-se da biografia do jornalista e fotógrafo americano William James Stillman, que viveu no século XIX. Stillman foi correspondente do The Times em Atenas e Roma e, um crítico extremo da condição política italiana. Em sua autobiografia temos detalhes interessantes, pelo que percebi em uma rápida olhada, do dia-a-dia da conturbada profissão de jornalista como correspondente.

Sua biografia intitulada "Autobiography of a Journalist" está disponível em dois volumes (vol. 1 / vol.2) no sítio ManyBooks. Lá você poderá optar por fazer o download em 23 formatos diferentes, dependendo de sua tecnologia. Vale a leitura!

Caminho(s)?
Por que você é jornalista? O que espera da profissão? Essas são questões que estão em pauta desde que "perdemos (ou nos foi tirado, não sei bem o que fica melhor)" o estatuto da obrigatoriedade da formação superior para exercício da profissão. Seja qual for a situação, algo pelo menos parece me confortar: por mais que a obrigatoriedade tenha sido retirada, os veículos de comunicação e sua força de trabalho não perderam a importância.  Percebi isso na semana passada, quando estava voltando de Belém (PA) em um voo da TAM, depois de uma reunião com um grupo de pesquisa da UFPA.

Na cadeira ao lado da minha, estava o Ministro Gilmar Mendes (STF), o mesmo que teceu comentários, ao que parece, nada amistosos sobre o fazer do profissional do jornalismo e a obrigatoriedade do diploma da área. Durante todo o percurso de um pouco mais duas horas, ele não ficou um instante sem ler as páginas dos jornais. Por meio de seu iPAD, passou pela Folha, pelo Estadão e ficou um bom tempo "folheando" o Valor Econômico, além de revistas correntes. Fiquei pensando se a "confiança" que o ministro tinha ficou (ou ficará) abalada no que é expresso nas páginas dos periódicos.

É claro que demorará para os efeitos serem sentidos (se é que serão nessas grandes empresas jornalísticas, com profissionais cristalizados em suas editorias).  Esses efeitos serão sentidos com mais propriedade nos rincões do Brasil. Mas do ponto de vista formativo, já o sentimos: cursos sendo fechados (pelo menos aqui no Tocantins), perda do entusiasmo pela carreira (que já sofria desgastes), falta de perspectiva financeira, etc.

De qualquer forma, achei bastante interessante, a posição do jornalista Antoni María Piqué, no vídeo a seguir, que falando sobre a formação em jornalismo e a ação profissional soltou uma "pérola". Segundo Piqué: "25 años después ninguno de los periodistas buenos que conozco se ha hecho millonario, pero todos son felices”. Concordo que milionário são poucos (e na realidade de Piqué, nenhum), mas felizes, já é uma outra coisa. De fato, muitos estão felizes com a profissão. Resta saber se é suficiente para atrair novos atores para a área.

Veja o vídeo com as posições de diversos colegas sobre o ser jornalista. Ele foi disponibilizado pelo sítio Los 1001 Medios:



Capa do livro
Está disponível para download o livro Jornalismo e convergência: Ensino e práticas profissionais organizado por Claudia Quadros, Kati Caetano e Álvaro Larangeira. Trata-se de mais uma iniciativa do LABCOM Books, mantido na Universidade da Beira Interior e coordenado pelo prof. Antonio Fidalgo.

O livro faz parte da pesquisa interinstitucional (UFBA, UFSC, USP e Tuiuti) que tem o apoio do Procad/Capes  intitulada "O ensino do Jornalismo na era da convergência tecnológica. Metodologias, planos de estudo e demandas profissionais".

Participam na coletânea pesquisadores do Brasil, Espanha, Portugal e México, que discutem novas propostas teórico-metodológicas para o ensino do jornalismo digital. Entre os nomes conhecidos, estão: João Canavilhas, Elizabeth Saad Corrêa e Santiago Calvo.


A Revista Brasileira de Ciência Política, publicada pelo Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), abriu chamada para composição do dossiê "Mídia, política e democracia". Os artigos podem ser enviado até 31 de março, para o e-mail rbcp@unb.br, e as normas da revista se encontram no sítio

Segundo os editores, professores Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli,
Neste dossiê, a Revista Brasileira de Ciência Política dará destaque a artigos que discutem as relações entre meios de comunicação e política, em seus diversos aspectos. O funcionamento dos meios de comunicação e seu impacto para a democracia, a conformação da agenda pública, as transformações no discurso político e a importância da visibilidade na produção do capital político, os processos de produção das preferências e da opinião pública, a atuação dos diferentes veículos em contextos eleitorais e as formas de participação e delimitação do debate público estão entre os temas que o dossiê pretende abarcar. 
A edição deve ser lançada em outubro de 2011, sendo uma boa oportunidade para quem desenvolve estudos na área.

A Organização dos Estados Americanos, por meio de seu Departamento de Desenvolvimento Humano, Educação e Cultura, torna público a oferta de bolsas de pós-graduação em período integral e/ou pesquisa conducente a um título, para o processo seletivo 2012-2013.

Segundo a OEA, 

As bolsas são outorgadas por um período não superior a dois (2) anos acadêmicos e a renovação para o segundo ano acadêmico será aprovada se houver fundos disponíveis e se a renovação for necessária para continuar o programa de estudos ou pesquisa para o qual a bolsa foi inicialmente outorgada. O valor total da bolsa da OEA não deverá exceder US$ 30.000,00 por ano acadêmico, incluídos o valor da matrícula, outros benefícios da bolsa e custos administrativos. A OEA/DDHEC não oferece bolsas para estudos no campo das ciências médicas, nem para a aprendizagem de novas línguas.

No comunicado da OEA ainda são expressos os tipos de Bolsas:

• Auto-colocados: Candidatos solicitam admissão diretamente às universidades ou instituições educativas de sua própria escolha. O número de bolsas do tipo auto-colocadas que a OEA/DDHEC vai oferecer é somente uma (1) bolsa auto-colocada por país. Por tanto, os candidatos que elejam este tipo de bolsa terão menos probabilidade de receber uma bolsa da OEA.

• Colocadas pela OEA: A OEA procura colocação dos candidatos selecionados em universidades ou instituções educativas dentro do Consórcio de Universidades da OEA, levando em consideração, da melhor forma possível, os países de preferência declarados pelo candidato.


Requisitos básicos de Elegibilidade:

1. Ser cidadão ou residente permanente legal de um Estado Membro.
2. Ter um título universitário ao momento de apresentar a postulação ao Organismo Nacional de Enlace (ONE).
3. Encontrar-se em bom estado de saúde física e mental para completar o programa de estudo.
4. Dominar o idioma do país e/ou do programa de estudos.
5. Os candidatos a programas presenciais devem se comprometer a voltar ao país patrocinador para permanecer por um período mínimo de 24 meses depois de haver terminado o programa de estudos para o qual receberam a bolsa. Os candidatos a programas de ensino a distância (online) devem se comprometer a permanecer no país patrocinador pelo mesmo período de tempo.

Mais informações podem ser obtidas pelo Portal das Américas. Já o formulário de solicitação de bolsa online pode ser acessado no endereço: https://www.oas.org/fms/Announcement.aspx?id=294&Type=1&Lang=spa

Essa é a imagem da Islândia? Descubra.
Propaganda é a chave? Professores da área dirão, muito provavelmente, que sim. Alguns afirmam que por meio de uma boa propaganda podemos ter chances reais de convencimento. Pois parece que isso fica evidente nesse vídeo de divulgação. 

O vídeo apresenta a Islândia e seus potenciais. Até aí nada de novo, poderia pensar. Qualquer vídeo de turismo faz isso. É, mas não com a classe desse. Veja as indicações positivas com a música ao fundo (e uma "dançinha" esquisita), que apontam para o potencial e a liberdade que o turista pode ter.

Como diz o colega português Pedro, no seu blog ContraFactos e Argumentos, de onde vem a dica, esse vídeo é uma mostra de "como se vende um país". Bom domingo.


Inspired by Iceland Video from Inspired By Iceland on Vimeo.

Encenação e autógrafos. Foto de Katie Sokoler
Pode parecer uma brincadeira, mas é sério. O grupo Improv Everywhere se especializou em ações teatrais em lugares públicos. 

Desde 2001, o grupo criado por Charlie Todd, vem realizando "missões" com pessoas comuns disfarçadas. O grupo já contabiliza mais de 100 missões. 

Uma delas, recentemente divulgada, ocorreu no Metropolitan Museum of Art (New York), em torno de um quadro de Velázquez de 400 anos. A idéia do grupo, que partiu de um leitor/ator, era fazer um momento de autógrafos com o rei Filipe IV de Espanha. Já que o autor tem semelhança com a foto, as cenas ficaram bem interessantes. Veja o vídeo a seguir:



Para variar, a segurança do local não teve a mesma percepção. No vídeo, percebe-se o potencial de interação com os visitantes que queriam trocar informações (mesmo com a dificuldade linguística em alguns casos), além de receber a fotografia assinada pelo "Rei Filipe IV de Espanha".

De qualquer forma, essa situação me fez lembrar uma outra bastante interessante que vivenciei quando visitava um museu na cidade do Porto (portugal). Trata-se do Museu Nacional Soares dos Reis. No mesmo tom dos atores do Improv Everywhere, uma trupe teatral realiza dentro do museu uma peça que encenava a vida e obra de muitos dos quadros que ali eram expostos, inclusive com a idéia do quadro-vivo. 

Uma das sala do Museu: espaço de (des)construção.
Segundo a equipe do Museu, o quadro-vivo era uma armação semelhante a moldura em que os atores conversavam com os expectadores que visitavam o museu. Infelizmente, não consegui assistir ao espetáculo, que acontecia dentro do museu entre 21:30-23:30 h e que era destinada aos seletos 30 primeiros que conseguiam ingressos. 

De qualquer forma, somente essa possibilidade já me fez imaginar muito. Pensei no potencial de trocas, de percepções e mais ainda da capacidade do diálogo com um "outro" distante. Essas trocas, sejam virtuais ou não, permitem o desenvolvimento e a ampliação do potencial formativo. 

Pena que no caso do Metropolitan Museum of Art, a visão tenha sido tão pequena. Mas parabéns a equipe do Museu Nacional Soares dos Reis, em Portugal, pela dessacralização do espaço do museu e da percepção que esse espaço público pode e deve ser um espaço de uma e talvez até muitas histórias vivas.

Blog: novas discussões no ar!
Uma dica bem importante para quem pesquisa o jornalismo foi dada pelo prof. Marcos Palacios no Blog do GJOL. Trata-se do blog Metodologias de Pesquisa, criado e mantido pelo Prof. Elias Machado, co-fundador do GJOL e atual coordenador do Lapjor, na Universidade Federal de Santa Catarina.

Segundo Machado, em sua postagem de retomada de atividades no último dia 08.03.2010,
Depois de mais de dois anos inativo, em paralelo às atividades que desenvolvo relacionadas ao ciberjornalismo no Laboratório de Pesquisas Aplicadas em Jornalismo Digital (LAPJOR), neste semestre retomarei as postagens no blogue. Como começo um novo projeto de pesquisasobre Metodologias de Pesquisa em Jornalismo e ministarei a disciplina Técnicas de Projetos no Curso de Jornalismo da UFSC vou aproveitar para manter as leituras em dia. Espero que possamos manter uma boa discussão e uma interlocuação ativa daqui para frente.
Esse é um espaço que vale a pena ser visitado regularmente, já que o debate sobre formação estará em foco. Boas leituras. 

Salaverría: diferentes perfis formativos
Ramón Salaverría, que é professor e diretor do departamento de Proyectos Periodísticos da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra (Espanha), concedeu uma entrevista sobre o jornalismo digital e alguns dos desafios contemporâneos. Entre esses desafios, abordou as questões relacionadas a perfil editorial, modelos de negócio e credibilidade informacional.

Na entrevista, Salaverría aponta também para perfis formativos dos jornalistas que atuam na área de jornalismo digital, indicando para a hiperespecialização que vem ocorrendo com o desenvolvimento da área. Veja outros pontos no vídeo a seguir:



Aos domingos, posto sempre uma animação. Mas hoje resolvi fazer algo diferente e colocar à disposição dos leitores um editorial que achei bem pertinente. Trata-se do "sucesso" relâmpago do Twitter nas últimas horas. Não é a trilha sonora de carnaval de uma escola de samba, nem uma marchinha. Muito menos um Axé. Trata-se de um editorial de jornal semanal. Editorial? É isso mesmo.

Nas últimas horas, um editorial da jornalista Rachel Sheherazade falando do Carnaval ganhou repercussão nacional justamente por destacar não a folia e alegria efêmera do carnaval, mas as mazelas que esse acaba por alargar. Vale ouvir ou ler.



Blakley: fim do gênero?
Essa é uma das afirmações feitas por Johanna Blakley que trabalha para o Norman Lear Center (NLC) da University of Southern California. No vídeo intitulado "Social media and the end of gender" (A mídia social e o fim do gênero), disponível no TED, Blakley aponta que as as companhias de mídia e propaganda ainda usam velhos dados demográficos para entender as audiências, que se tornam cada vez mais complexas de compreender devido ao mundo virtual e as relações online.

Uma das estatísticas apresentadas: mulheres na frente
No vídeo, Blakley explica quais serão as mudanças para o futuro da mídia e aponta claramente que as mulheres superam os homens no uso das mídias sociais. Uma verdadeira revolução de gênero. Algumas idéias são bem interessantes, já que Blakley aponta para mudanças no ecossistema jornalístico, sobretudo entre a "velha mídia" e no enfoque dos produtos midiáticos.

O vídeo está legendado em 17 idiomas, sendo disponibilizado em língua portuguesa. Para legendá-lo, basta clicar em "view subtitles" e escolher o idioma.





A Revista Famecos, publicada pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUC-RS, abriu chamada de artigos para dossiê especial sobre “Cinema, televisão, história: perspectivas teóricas e empíricas”.

A Revista FAMECOS aceita artigos inéditos sobre comunicação, em língua portuguesa, inglesa, espanhola ou francesa, de pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior com titulação mínima de Doutores e/ou Doutorandos (casos especiais serão analisados pelo Conselho Editorial), considerando as diversas abordagens teórico-metodológicas ao campo.

Os textos devem ser enviados até o dia 31 de março de 2011 para revistadafamecos@pucrs.br. Mais informações no sítio da revista.


Portas abertas para a história
Encontram-se abertas as inscrições para apresentação de trabalhos no I Congresso Internacional de História, Literatura e Arte no Cinema Espanhol e Brasileiro, que ocorrerá em Salamanca, Espanha, nos dias 28 a 30 de junho de 2011. O evento receberá comunicações até 16 de maio de 2011.

Segundo os organizadores, o evento envolve "algumas instituições espanholas, com ênfase para a Associação Americana de Professores de Espanhol e de Português e o Departamento de Sociologia e de Comunicação da Universidade de Salamanca".

Uma prévia da programação pode ser vista a seguir:



DIA 28 DE JUNHO:

09.30 // Recepção e entrega da documentação

10.00 // Abertura

10.30 // Conferência inaugural: Dra. Gloria Camarero Gómez

Universidad Carlos III de Madrid, Espanha

11.30 // Intervalo

12.00 // Apresentações e mesas de trabalho

14.00 // Almoço

16.00 // Apresentações e mesas de trabalho

18.00 // Intervalo

18.30 // Apresentações e mesas de trabalho


DIA 29 DE JUNHO:

09.30 // Apresentações e mesas de trabalho

11.30 // Intervalo

12.00 // Apresentações e mesas de trabalho

14.00 // Almoço

16.00 // Apresentações e mesas de trabalho

18.00 // Intervalo

18.30 // Apresentações e mesas de trabalho


DIA 30 DE JUNHO:

09.30 // Apresentações e mesas de trabalho

11.30 // Intervalo

12.00 // Conferência de encerramento: D. Nelson Pereira dos Santos

Diretor de cinema, Brasil

13.00 // Encerramento

13.30 // Almoço em homenagem aos congressistas

20.30 // Concerto – Jovem Orquestra “Ciudad de Salamanca”

Além do endereço oficial do Congresso (http://www.congresocinesalamanca.com), mais informações estão disponíveis nos endereços / e-mails seguintes:

1. TWITER = http://twitter.com/CongresoCine

2. FACEBOOK = http://www.facebook.com/pages/I-Congreso-Internacional-cine-espanol-y-portugues/188417504515013?ref=sgm

3. comunicaciones.cine@usal.es

4. info.congresocine@usal.es

A informação foi dada pela colega Maria das Graças Targino, da Comissão Organizadora, Setor de Divulgação.